Aferição da glicemia: como fidelizar seus clientes?

Micheli Pecharki | 14 fev 2020

A aferição da glicemia é um dos serviços farmacêuticos mais comuns nas farmácias e drogarias. Apesar de ser um serviço relativamente simples, pode gerar um grande impacto para a farmácia e para a população que frequenta aquele estabelecimento.

De acordo com pesquisas, uma pessoa com diabetes frequenta a farmácia 8 vezes mais do que um paciente que não tem a doença. Além disso, segundo Mônica Lenzi – Farmacêutica Educadora em Diabetes, especialista no atendimento do paciente diabético – este paciente possui o maior ticket médio do varejo farmacêutico, girando entre R$ 350,00 e R$ 1.500,00 mês.

Desta forma, o farmacêutico que consegue identificar alterações nos níveis de glicemia conquista um cliente que poderá frequentar a farmácia constantemente, seja para comprar os insumos necessários para o tratamento, seja para fazer o acompanhamento da doença com os exames laboratoriais.

Exames necessários para o rastreamento do diabetes 

Para fazer o rastreamento do diabetes, você poderá oferecer dois tipos de testes no seu estabelecimento: o teste de glicemia e a hemoglobina glicada.

No caso da glicemia, você poderá comprar um glicosímetro ou contratar um serviço de Testes Laboratoriais Remotos (TLR), que oferece um resultado mais confiável. A realização do exame de Hemoglobina Glicada só é possível com um TLR.

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Teste de glicemia 

O exame de Glicemia detecta os níveis de glicose no sangue. O  teste pode ser utilizado para auxiliar o diagnóstico do Diabetes mellitus (fins de rastreamento) bem como para acompanhamento da doença em pacientes já diagnosticados.

Hemoglobina Glicada 

O termo hemoglobina glicada refere-se a um conjunto de substâncias formadas com base em reações entre a hemoglobina A (HbA) e alguns açúcares. Existem vários subtipos de  HbA1, entretanto a fração HbA1c, também denominada A1C, é a que se refere à hemoglobina glicada propriamente dita.

A hemoglobina glicada reflete os níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e corresponde à meia-vida das hemácias. Para a determinação da A1C não é necessário estar em jejum.

Quando maior a glicemia do indivíduo, maior será a concentração de A1C.

Quais as diferenças entre os dois exames? 

Os dois testes são importantes para rastreamento do diabetes, no entanto apresentam algumas diferenças. A diferença entre os dois reside no fato de que o exame de glicemia reflete os níveis glicêmicos do momento da coleta e o exame de hemoglobina glicada reflete a média de glicose dos últimos 3-4 meses, que corresponde à meia vida das hemácias.

Atendendo o paciente: possíveis resultados

Após realizar o exame no seu paciente, é essencial fornecer as orientações adequadas. Caso você tenha feito o teste com um glicosímetro, deverá preencher a declaração de serviço farmacêutico, em formato papel e/ou digital.

No entanto, já existe no mercado um serviço que oferece para o cliente um laudo assinado por profissionais de saúde, pronto para levar ao médico. Assim você precisará se preocupar somente com as orientações.

Hipoglicemia 

Um resultado de glicemia inferior a 70 mg/dL indica que os níveis de glicose no sangue estão abaixo dos níveis da normalidade (hipoglicemia).  Você deve orientar o paciente a levar o resultado imediatamente ao médico para conduta adequada e conclusão diagnóstica.

Neste caso, para tratamento imediato, recomenda-se o consumo de uma colher de açúcar dissolvida em água ou alimentos/bebidas açucaradas. Uma nova análise pode ser feita após 15 minutos.

Pré-diabetes e diabetes 

Segundo a diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes, os critérios diagnósticos para o pré-diabetes e para risco aumentado de diabetes são os seguintes:

  • Glicemia em jejum entre 100 mg/dL e 125 mg/dL = ou =
  • A1C entre 5,7% e 6,4%

Por isso, na presença de qualquer um dos parâmetros acima, você deve orientar o seu paciente a buscar atendimento médico. Além disso, também é importante orientá-lo em relação às mudanças no estilo de vida, uma vez que o diabetes pode ser evitado, ou pelo menos retardado, com mudanças na alimentação e adoção de uma rotina de exercícios físicos.

Para o diagnóstico de diabetes, os critérios propostos são os seguintes:

  • A1C ≥6,5% = ou =
  • Glicemia em jejum ≥126 mg/dL = ou =

Nestes casos, também é essencial orientar o seu paciente a buscar atendimento médico para que exames complementares sejam realizados e ele possa obter o diagnóstico final.

Não deixe o seu paciente sem orientação! 

Pré-diabetes

Se você verificou que o seu paciente pode estar com pré-diabetes, é importante deixar claro que a doença pode ser prevenida por meio de alterações no estilo de vida:

  • Prática de atividade física – no mínimo 150 minutos por semana;
  • Alimentação saudável;
  • Caso apresente sobrepeso ou obesidade, redução de menos 7% do seu peso inicial.

Além dessas medidas, o médico do seu paciente também poderá indicar um tratamento medicamentoso, dependendo do caso.

Diabetes

Neste caso, também é importante orientar o paciente em relação às mudanças no estilo de vida. Encaminhe o paciente para o médico, para que ele possa ser diagnosticado.

Marque o retorno 

Após realizar o exame, é essencial marcar o retorno do seu cliente. Caso o seu paciente já tenha sido diagnosticado com diabetes pelo médico, a frequência dos exames dependerá da orientação fornecida por ele.

No entanto, não deixe de entregar um cartão e deixar claro que a farmácia sempre estará disponível para a realização de exames.

Além de oferecer as orientações adequadas e marcar o retorno, lembre-se de ser empático e acolhedor. Receba o seu paciente de forma amistosa e, sempre que possível chame-o pelo nome. Um bom atendimento aumenta as chances de retorno.

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Micheli Pecharki

Micheli Pecharki

Micheli é Bióloga. Acredita que transformar o conhecimento técnico em algo acessível é essencial para que as pessoas saibam como cuidar mais da própria saúde e vivam, assim, com mais qualidade de vida.

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