Hilab | 14 mar 2022
Por conta da vacinação contra COVID-19, a vacina da gripe perdeu um pouco da atenção do público e da mídia. Contudo, a proteção imunológica se tornou ainda mais importante no cenário atual de pandemia e disseminação de uma nova cepa do vírus Influenza, o H3N2.
Por outro lado, todo esse ambiente de incertezas gerado pela pandemia criou ainda mais dúvidas acerca de vacinas, com a da gripe não foi diferente. Quem pode tomar? Quais são as reações? A vacina protege contra quais vírus da gripe?
Para responder a todas essas dúvidas, preparamos um artigo explicando como é a vacina da gripe, quais as suas reações, quem pode tomá-la e qual a eficácia. Boa leitura!
A vacina da gripe é indicada para todas as pessoas a partir de 6 meses de idade. Entretanto, na rede pública de saúde, a campanha de imunização segue a ordem de prioridade para alguns grupos, como:
A vacina da gripe conta somente com duas contra indicações:
A vacina da gripe é oferecida anualmente pelo SUS, na Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Para quem faz parte dos grupos prioritários ou de risco basta procurar postos e unidades de saúde durante o período de campanha.
Se você não se enquadra em nenhum dos grupos, o mais indicado é buscar clínicas privadas, que não são obrigadas a seguir os critérios do SUS. Logo basta o paciente buscar um estabelecimento de sua preferência para a aplicação.
As vacinas contra influenza são consideradas seguras e, em geral, contam com reações adversas consideradas leves. As mais comuns são:
Para amenizar esses sintomas, recomenda-se repouso e hidratação. Se as dores forem muito intensas ou a febre causar muito desconforto, pode-se fazer o uso de analgésicos, desde que indicados por um médico.
Caso você apresente qualquer sintoma que possa ser atribuído a gripe, recomenda-se adiar a vacinação até que as manifestações tenham desaparecido. O intuito dessa espera é não se atribuir à vacina as manifestações da doença.
É importante lembrar que a vacinação protegerá seu corpo de uma nova possível infecção pelo Influenza.
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Segundo o informe técnico da 23ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, de 2021, do Ministério da Saúde, é recomendado um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas.
Essa indicação se deve a escassez de estudos de coadministração para a vacinação contra influenza e COVID-19.
Sim. A vacina trivalente aplicada pelo SUS, e fabricada pelo Instituto Butantan, é composta por fragmentos inativados de três cepas do vírus influenza. São elas:
Nas clínicas privadas, geralmente a vacina administrada é tetravalente e protege contra mais uma variante do Influenza B.
A vacina da gripe não confere proteção contra nenhum coronavírus, incluindo o SARS-CoV-2, causador da COVID-19.
Neste caso são indicadas as vacinas aplicadas pelo SUS contra a doença: Coronavac, Janssen, Astrazeneca e Pfizer.
Embora seja considerada muito eficaz, a vacina de Influenza deve ser aplicada no máximo a cada 12 meses. Isso se deve ao fato de os vírus da gripe passarem por mutações muito rápidas. E quanto maior a concordância do imunizante com a variante circulante do vírus, maior será a proteção da população.
A vacina de influenza costuma fazer efeito já entre a 2ª e 3ª semana após a aplicação. Em crianças, por exemplo, a eficácia varia de 30 a 90%. Outro exemplo da eficácia são os resultados da vacinação de gestantes. Estudos acompanhando bebês de mães vacinadas durante a gestação demonstraram que a proteção contra influenza foi maior que 60% nos primeiros seis meses de vida.
Ministério da Saúde. Informe Técnico da 23ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza Brasília, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/marco/16/informe-tecnico-influenza-2021.pdf> Acesso em: 14/03/2022
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