Hilab | 12 jan 2022
A pandemia da COVID-19 está entrando em seu terceiro ano, com a vacinação da população avançando em diversos países. No entanto, o surgimento de novas variantes, como a Delta e a Ômicron, mantém a urgência no combate à doença, bem como no desenvolvimento de formas de tratamento da COVID-19.
Infelizmente, ainda não existe nenhum tratamento contra a COVID-19, de forma que, quando uma pessoa é infectada, o tratamento envolve o controle dos sintomas, até que o paciente eventualmente esteja curado, após um período de isolamento. Há medicamentos sendo testados, mas ainda deve levar um tempo até eles estarem devidamente homologados e disponíveis para a população.
Ou seja, até o momento, o tratamento do paciente com COVID-19 é inteiramente dependente do nível de gravidade da infecção. Vamos conhecer melhor como são esses tratamentos e saber mais sobre o tratamento precoce e a importância da vacinação.
Como não existe tratamento específico para a COVID-19, o que tem sido feito desde o início da pandemia é a administração de medicamentos para amenizar os diferentes sintomas causados pelo novo coronavírus.
Em casos leves da doença, os sintomas mais comuns são dor no corpo, febre, tosse e dificuldade de respiração. Os sintomas de dor e febre são tratados com o uso de analgésicos e antitérmicos. Já a tosse e a respiração obstruída são tratadas com o uso de xaropes antitussígenos e medicamentos de desobstrução das vias nasais.
Algo importante a se mencionar é que o uso de antibióticos não é recomendado para o tratamento de casos leves. Estudos recentes não foram capazes de identificar melhorias significativas do uso de antibióticos no tratamento de pacientes infectados.
Casos graves de infecção da COVID-19 são marcados por insuficiência respiratória e possível Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) , o que torna necessária a internação do paciente para tratamento imediato, uma vez que os pulmões podem ficar severamente comprometidos, prejudicando a oxigenação de todo o organismo.
O tratamento é feito através da monitoração dos sinais vitais do paciente acamado, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. Os cuidados para tratar a falta de ar envolvem diferentes suplementos de oxigênio, que ajudam os pulmões a cumprirem sua função. Dependendo do estágio da infecção, a suplementação pode ocorrer por cateter nasal ou por meio de ventilação mecânica – quando o paciente é conectado por um tubo à uma máquina que realiza a respiração artificial.
A pneumonia é outra complicação que pode decorrer da COVID-19. A doença é causada por bactérias que aproveitam a vulnerabilidade do sistema respiratório causada pelo vírus. Nesses casos, além do oxigênio suplementar, o tratamento é complementado com antibióticos específicos para combater a infecção bacteriana.
Vale ressaltar que o uso de antibióticos, nesses casos, é para o combate de outras infecções, como a já citada pneumonia. Reforçamos que o uso de antibióticos não têm eficácia contra o vírus SARS-CoV-2 e, por isso, não são recomendados para tratamento da COVID-19.
Como já dito, não existe nenhum medicamento capaz de combater o vírus SARS-CoV-2, o que consequentemente significa que tratamentos precoces não funcionam para o combate ao COVID-19.
Na verdade, os tratamentos precoces não só não funcionam, como podem ser perigosos para o paciente, por conta dos efeitos adversos que são causados pelo uso de medicações de forma não recomendada. Um desses medicamentos é a hidroxicloroquina que, junto da ivermectina, andou sendo usado de forma indiscriminada e sem comprovação científica de sua eficácia.
Estudos conduzidos pela Associação Médica Brasileira (AMB) comprovaram que não há diferença na incidência de pacientes hospitalizados e em tratamento, por usarem ou não a hidroxicloroquina. Ou seja, o medicamento não possui qualquer eficácia no tratamento da COVID-19, além de aumentar os riscos de efeitos adversos, como dores de cabeça, problemas de visão, náuseas, diarreia, vômito e comprometimento do sistema imunológico.
No caso da ivermectina, estudos conduzidos na Austrália identificaram uma possível redução da carga viral quando o medicamento foi posto em contato direto com o vírus in vitro. No entanto, o estudo não recomendou o uso da ivermectina no tratamento da COVID-19, pois não há nenhuma comprovação de sua real eficácia ao ser administrado fora do ambiente controlado de um laboratório.
Infelizmente, a disseminação de fake news incentivou as pessoas a tomarem medicações de forma indiscriminada, com o suposto intuito de prevenir ou tratar precocemente o coronavírus. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) desencoraja este comportamento, e pede que esses medicamentos não sejam usados contra a COVID-19 por não possuírem eficácia comprovada.
O tratamento precoce também é considerado um dos grandes responsáveis por muitos óbitos causados pela COVID-19: além de não terem êxito para combater a infecção, os efeitos adversos das medicações usadas de forma incorreta tornam a infecção ainda mais perigosa e difícil de ser tratada em casos graves.
Um exemplo disso é o uso indiscriminado de antibióticos. Antibióticos não fortalecem o corpo para impedir infecções futuras: pelo contrário, seu uso indevido pode causar aceleração da resistência antimicrobiana, tornando bactérias mais resistentes a medicamentos e consequentemente tornando estes invasores muito mais perigosos tanto para o paciente quanto para as pessoas com quem ele teve contato.
Para piorar, muitas pessoas que realizaram tratamentos precoces questionáveis acreditaram que estavam totalmente seguras e acabaram se expondo a maiores riscos. Quando contraíram a doença e foram atendidas em hospitais, precisaram de cuidados mais intensos, o que demandou mais recursos e comprometeu o sistema de saúde.
Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA) emitiu uma autorização de uso de emergência para o Molnupiravir, antiviral da Merck Sharp & Dohme (MDS), no tratamento da COVID-19 com gravidade leve a moderada em adultos com resultados reagentes no teste viral, e que estão em alto risco de progressão para a forma grave da doença, incluindo hospitalização ou óbito, e para quem as opções de tratamento autorizadas nos Estados Unidos não são acessíveis ou clinicamente adequadas. O medicamento atua introduzindo erros no código genético do vírus, impedindo a replicação viral.
Segundo um estudo global feito pela MDS, com 1.433 participantes em 170 países, a administração do fármaco reduziu em 30% as hospitalizações e mortes por COVID-19 em pacientes sintomáticos com pelo menos um fator de risco para evolução desfavorável da doença. No Brasil, o pedido de uso emergencial do medicamento foi recebido pela Anvisa no final de novembro e está em análise pela agência.
Outro medicamento antiviral autorizado recentemente pelo FDA foi o Paxlovid da Pfizer (PF-07321332; ritonavir), uma combinação de nirmatrelvir e ritonavir. O medicamento é usado no tratamento de COVID-19 com gravidade leve a moderada em adultos e crianças acima de 12 anos de idade, com resultados positivos no teste viral e que estão em alto risco para progressão da COVID-19.
Segundo monitoramento da Biotechnology Innovation Organization, 264 medicamentos antivirais contra o vírus que causa a COVID-19 estão em desenvolvimento no mundo atualmente.
A melhor forma de combater o coronavírus é através da vacinação e das várias medidas preventivas que já conhecemos: distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel.
A vacinação é capaz de proteger as pessoas de contraírem infecções mais graves da COVID-19, além de diminuir a chance de contágio em geral, graças à produção de anticorpos contra o vírus. Isso significa que uma pessoa vacinada, ainda que possa contrair a doença, correrá muito menos perigo, o que evita internações e superlotação de hospitais, além de diminuir consideravelmente a chance de óbito.
Infelizmente, o vírus tem sofrido diversas mutações, causadas, entre outros motivos, por falhas na vacinação em diferentes regiões do mundo. Afinal, quanto mais tempo um vírus permanece circulando na população, mais tempo ele tem para acumular mutações.
Por isso, não devemos relaxar nas medidas preventivas, que se tornam ainda mais importantes diante do perigo das novas cepas:
Se você suspeitar que está infectado com COVID-19, o mais indicado é procurar imediatamente serviços médicos para a realização de exames que confirmem a infecção. Além disso, siga todas as recomendações sanitárias já mencionadas. É importante também comunicar às pessoas próximas sobre a suspeita, alertando àqueles com quem se teve contato recentemente.
Há diferentes exames que podem ser feitos para confirmar a infecção, desde exames realizados em hospitais, postos de saúde e clínicas, até mesmo testes rápidos que podem ser realizados em farmácias, estabelecimentos de saúde e outros locais de fácil acesso. Enquanto alguns exames levam alguns dias para entregar resultados, os avanços da tecnologia permitem que equipamentos de Testes Laboratoriais Remotos (TLRs) gerem diagnósticos rápidos e confiáveis em poucos minutos.
Se não existe tratamento da COVID, pelo menos existem vários exames diferentes para detecção do vírus no organismo de um paciente. Eles diferenciam-se pela metodologia utilizada, pelo tipo de amostra coletada e pela época em que devem ser realizados. Entre os principais tipos de exames para identificar o novo coronavírus, os mais comuns são o PCR-LAMP, Antígeno e Sorologia.
Para as pessoas que estão nos primeiros dias da infecção, existem diferentes tipos de exames: os que detectam o material genético – como o PCR, RT-PCR, LAMP e RT-LAMP e aqueles que detectam os antígenos virais, ou seja, as proteínas do nucleocapsídeo do vírus. A coleta do material para realizar esses tipos de exames é feita com a utilização de um swab, haste flexível de algodão que alcança a nasofaringe ou orofaringe na garganta, trazendo as secreções a serem examinadas.
O exame que detecta os anticorpos produzidos pelo organismo para combater a infecção é conhecido como exame sorológico. Esse exame utiliza uma amostra de sangue para detectar os anticorpos IgM – produzido na fase inicial da infecção – e IgG – produzido na fase tardia.
A Hilab oferece exames de RT-LAMP, antígeno e sorológico em equipamentos de Testes Laboratoriais Remotos que podem ser encontrados em farmácias e estabelecimentos de saúde por todo o Brasil. A coleta de material genético é rápida e indolor, e nossa exclusiva metodologia de dupla verificação garante um diagnóstico de alta confiabilidade em questão de minutos.
Associação Médica Brasileira. Hidroxicloroquina (HCQ) Profilática e na COVID-19 leve. Disponível em <https://amb.org.br/wp-content/uploads/2021/06/HIDROXICLOROQUINA-COVID-19-LEVE-FINAL-07.06.2021-2-1.pdf>. Acessado em 6 de janeiro de 2022.
Associação Médica Brasileira. Antibióticos da profilaxia da COVID-19 ou Tratamento da COVID-19 leve. Disponível em <https://amb.org.br/wp-content/uploads/2021/10/ANTIBI%C3%93TICOS-NA-PROFILAXIA-DA-COVID-19-LEVE-FINAL-07.07.2021.pdf> Acessado em 6 de janeiro de 2022.
BBC News. Coronavírus: Chefes de UTIs ligam ‘kit covid’ a maior risco de morte no Brasil. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56457562>. Acessado em 7 de janeiro de 2022.
Viva Bem UOL. ‘Kit covid é ilusão’: os dados que apontam riscos e falta de eficácia do tratamento precoce. Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/bbc/2021/01/27/kit-covid-e-kit-ilusao-os-dados-que-apontam-riscos-e-falta-de-eficacia-de-tratamento-precoce.htm>. Acessado em 7 de janeiro de 2022.
PEBMED. Covid-19: orientações de manuseio do paciente com pneumonia e insuficiência respiratória. Disponível em <https://pebmed.com.br/covid-19-orientacoes-de-manuseio-do-paciente-com-pneumonia-e-insuficiencia-respiratoria/>. Acessado em 7 de janeiro de 2022.
Revista Pesquisa Fapesp. Novas drogas contra o vírus. Disponível em: <https://revistapesquisa.fapesp.br/novas-drogas-contra-o-virus/>. Acesso em: <https://revistapesquisa.fapesp.br/novas-drogas-contra-o-virus/>. Acesso em: 12 de janeiro de 2021.
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Casos leves de COVID-19: Entenda como funciona o tratamento. Disponível em <https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/157-tratamento-casos-leves-covid19>. Acessado em 6 de janeiro de 2022.
Somos especialistas em Point-of-Care Testing. Criamos dispositivos para exames PoCT, realizados com apenas algumas gotas de sangue e resultados entregues em poucos minutos. Nosso propósito é democratizar o acesso à saúde.
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Estou com COVID posso tomar azetromecida e nimesulida ?
Olá, Sabrina!
A Azitromicina é um antibiótico, isso significa que este medicamento é utilizado para infecções bacterianas. A COVID-19 é causada por um vírus.
Os antibióticos em caso de COVID-19 não são indicados, a não ser que o médico verifique que você também está com alguma infecção bacteriana além da COVID-19. Procure atendimento médico para que ele possa avaliar os seus sintomas e indicar um tratamento adequado.
Qualquer dúvida, estamos à disposição. ?
Equipe Hilab.