Micheli Pecharki | 23 jul 2020
O rastreamento em saúde é essencial para a população uma vez que envolve a identificação de indivíduos que ainda não foram diagnosticados com a doença.
O farmacêutico, por ser o profissional de saúde mais próximo das pessoas que ainda não desenvolveram sintomas, é um dos profissionais mais importantes na provisão deste serviço.
Dislipidemia, Diabetes mellitus tipo II e Hipertensão arterial sistêmica são alguns exemplos de condições que podem ser rastreadas. Para realizar o rastreio dessas condições, o farmacêutico pode fazer a aferição de parâmetros clínicos, além de oferecer e realizar Testes Laboratoriais Remotos.
Saiba o que fazer para oferecer o serviço de rastreamento em saúde na sua farmácia.
O rastreamento em saúde é um serviço que pode ser feito por diferentes profissionais de saúde e visa prescrever medidas de prevenção ou encaminhar casos suspeitos a outros profissionais de saúde para a conclusão do diagnóstico.
O rastreamento não é, portanto, o diagnóstico definitivo.
Segundo o Conselho Federal de Farmácia, o rastreamento é um “serviço que possibilita a identificação provável de doença ou condição de saúde, em pessoas assintomáticas ou sob risco de desenvolvê-las, pela realização de procedimentos, exames ou aplicação de instrumentos de entrevista validados, com subsequente orientação e encaminhamento do paciente a outro profissional ou serviço de saúde para diagnóstico e tratamento”.
Não são todas as condições que podem ser rastreadas. A doença deve atender a determinados critérios:
Quando uma pessoa exibe sinais e sintomas de uma doença e um teste é realizado, este não representa o rastreamento em saúde porque o indivíduo já apresentou os sintomas.
No caso do rastreamento, os exames são aplicados em pessoas saudáveis, que não apresentam sintomas. No rastreamento, um exame positivo não implica em diagnóstico, uma vez que os exames selecionam as pessoas com maior probabilidade de apresentar a doença. O rastreamento, portanto, identifica doenças na fase pré-clínica.
Segundo o U.S. Preventive Task Force (USPSTF), o rastreamento das dislipidemias é recomendado a partir dos 35 anos para homens e 45 anos para mulheres.
Na farmácia, você também pode realizar o rastreamento em homens com idade entre 20 e 35 anos e mulheres com idade entre 20 e 45 anos que apresentem algum fator de risco cardiovascular como diabetes; história prévia de doença coronariana ou doença aterosclerótica não coronariana; história familiar de doença cardiovascular em homens abaixo dos 50 e mulheres abaixo dos 60 anos de idade; tabagismo; hipertensão arterial sistêmica; obesidade; gordura abdominal.
Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, ainda que assintomáticos, a presença de fatores de risco já impõe rastreamento para diagnóstico precoce da doença.
O rastreamento é indicado para:
O rastreamento da hipertensão arterial está recomendado para todos os indivíduos adultos (acima de 18 anos), sem o conhecimento de que sejam hipertensos.
Segundo o Ministério da Saúde, um em cada quatro brasileiros adultos dizem ter diagnóstico médico de hipertensão. Esta condição atinge principalmente indivíduos idosos, que estão entre os maiores frequentadores de farmácias.
Para fazer o rastreamento da Hipertensão Arterial Sistêmica você deverá possuir um aparelho digital validado para medir a pressão arterial (braço).
A Portaria do INMETRO deve ser seguida: é necessário verificar a calibração de 6 em 6 meses nos laboratórios indicados pelo INMETRO. Os aparelhos utilizados devem estar sempre devidamente verificados e calibrados. Manguitos e fita métrica também são necessários.
Para o rastreamento das dislipidemias e do DM2, o ideal é utilizar procedimentos de baixo custo, de fácil utilização e pouco invasivos, como os Testes Laboratoriais Remotos. Assim, a aceitabilidade do paciente será muito maior.
O rastreamento não implica somente na realização de testes. Ao atender um paciente que está passando por um rastreamento é necessário fornecer as orientações adequadas. Por isso é importante estar atento à todas as recomendações em relação aos possíveis resultados.
O controle do colesterol, da glicemia e da pressão arterial traz grandes benefícios para a saúde, pois contribui para a redução da aterosclerose, do risco de infarto e de morte por doença coronariana e do diabetes.
Para reduzir ou controlar essas doenças, não deixe de orientar o seu paciente em relação às mudanças no estilo de vida. O paciente deve adotar uma rotina de atividade física regular e uma alimentação saudável. Ele deve dar preferência a grãos integrais, vegetais crus ou cozidos, peixes magros e consumir alimentos grelhados ou cozidos no vapor.
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Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Junior, Sérgio Vencio. – São Paulo: Editora Clannad, 2017. Vários autores. Vários coordenadores.
Ministério da Saúde. Diagnóstico. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/component/content/article/817-assuntos/atencao-especializada-e-hospitalar/40674-diagnostico>. Acesso em: 23 de julho de 2020.
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Micheli é Bióloga. Acredita que transformar o conhecimento técnico em algo acessível é essencial para que as pessoas saibam como cuidar mais da própria saúde e vivam, assim, com mais qualidade de vida.
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