Hilab | 17 nov 2021
Algumas mulheres podem ficar com a pressão alta na gravidez, mesmo que nunca tenham apresentado sintomas de hipertensão antes. Esse aumento acontece quando a pressão arterial está acima de 140/90 mmHg.
Quando esse problema não é monitorado e tratado adequadamente, a gestante fica vulnerável a um quadro de pré-eclâmpsia ou até evoluir para a eclâmpsia. Nesses casos, existem riscos à vida da mãe e do bebê.
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a hipertensão na gestação é uma das maiores causas de mortalidade materna e perinatal no Brasil. A incidência de pré-eclâmpsia e eclâmpsia em nosso país é de 1,5% e 0,5%, respectivamente, mas acredita-se que há subestimação dessas estatísticas.
Entretanto, quem já teve ou está tratando essa doença pode passar por uma gravidez sem maiores complicações. Continue a leitura deste artigo, para tirar suas dúvidas sobre as causas, sintomas, o diagnóstico, bem como a prevenção e o tratamento da pressão alta na gravidez.
Apesar de muitas vezes ser uma condição silenciosa, a hipertensão gestacional, em geral, pode apresentar alguns sintomas. São eles:
As causas para estes sintomas podem estar relacionadas ao estilo de vida da grávida, a malformações da placenta e condições de saúde anteriores à gestação. Em todo caso, é fundamental que a gestante faça o acompanhamento médico, por meio do pré-natal.
E se algum desses sinais se apresentar, o recomendado é consultar o obstetra, que determinará um diagnóstico preciso, além de oferecer as recomendações e o tratamento mais adequado.
Existe uma série de fatores que aumentam o risco de hipertensão na gestação e, consequentemente, de pré-eclâmpsia. Confira os principais:
Para fazer o diagnóstico de pressão alta na gravidez, o médico analisa todos os sintomas e fatores que já mencionamos anteriormente. Além disso, ele pode solicitar exames complementares de urina e de sangue.
Segundo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, os distúrbios hipertensivos durante a gravidez podem ser definidos nas seguintes situações:
De acordo com as mesmas diretrizes, as principais classificações desses distúrbios são:
É observada antes da gravidez, ou antes de 20 semanas de gestação (5 meses). A doença, ainda, pode ser diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez, quando a pressão arterial não se resolve até 12 semanas (3 meses) após o parto.
A hipertensão na gravidez pode ser transitória, ou seja, a pressão retorna ao normal até 12 semanas após o parto. O diagnóstico é definido pela PA maior ou igual a 140/90 mmHg, medida duas vezes em um intervalo de pelo menos 4 horas, sem sinais de proteinúria ou outras complicações.
Neste caso, é necessário afastar pré-eclâmpsia, seguindo as mesmas condutas recomendadas para pré-eclâmpsia.
A pré-eclâmpsia, em geral, ocorre após 20 semanas de gestação. A doença frequentemente é definida pela pressão maior que 140/90 mmHg e proteinúria, com ou sem inchaço causado pelo acúmulo de líquidos nos tecidos (edema).
A grávida pode apresentar também sinais como dor de cabeça e abdominal, sintomas visuais, além de alterações no número de plaquetas no sangue e nos exames de função renal e hepática.
Esta condição ocorre com o surgimento de pré-eclâmpsia em mulheres com histórico anterior de hipertensão ou com pressão alta antes das 20 semanas de gestação.
A eclâmpsia é caracterizada pela presença repetida de convulsões, seguidas de coma, com qualquer quadro de pressão alta, não causadas por epilepsia ou outras doenças convulsivas. Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato.
Se o quadro de hipertensão na gestação evoluir para a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, pode trazer complicações para a mãe e para o bebê. Entre as principais estão:
Como a hipertensão na gravidez pode estar ligada a fatores de risco prévios à gestação, é essencial comparecer a todas as consultas pré-natal. Em todas elas, a sua pressão deve ser aferida. Também é importante prestar atenção em sintomas como dores de cabeça e abdominais e partes do corpo inchadas.
Seguindo rigorosamente todas as orientações médicas, é possível evitar a pressão alta ou suas complicações.
Os tratamentos para pressão alta na gravidez ou pré-eclâmpsia, visam trazer segurança para a mãe e para o bebê. As recomendações variam de acordo com a gravidade e o tempo de gestação, mas em geral envolvem repouso, dieta saudável com diminuição do consumo de sal, restrições a alimentos ultraprocessados e ingestão de 2 a 3 litros de água por dia. Deve-se combater, ainda, os fatores que pioram a hipertensão, como as infecções do trato urinário, obesidade, estresse emocional e o fumo.
O obstetra também pode recomendar o tratamento com remédios para pressão alta. Já nos casos mais graves pode ser necessária a internação para evitar o desenvolvimento de eclâmpsia.
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Agora que você já sabe tudo sobre a pressão alta na gravidez, não se esqueça de consultar seu obstetra e seguir à risca o pré-natal. E conte conosco para fazer os seus exames laboratoriais. Saiba onde encontrar nosso parceiro mais próximo de você e faz um Hilab!
ANAD. Diagnóstico precoce de Diabetes Gestacional está associado com maior incidência de pré-eclâmpsia , taxas de parto prematuro. Disponível em: <https://www.anad.org.br/diagnostico-precoce-de-diabetes-gestacional-esta-associado-com-maior-incidencia-de-pre-eclampsia-taxas-de-parto-prematuro/>. Acesso em: 29 de outubro de 2021.
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Moura, M. D. R.; et al. Hipertensão Arterial na Gestação – importância do seguimento materno no desfecho neonatal. Com. Ciências Saúde – 22 Sup 1:S113-S120, 2011.
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