Hilab | 11 jan 2022
Embora a pandemia da COVID-19 seja o assunto do momento nos últimos meses, há pouco mais de uma década, o mundo enfrentava a primeira pandemia do século 21: a da influenza H1N1, também conhecida como “gripe suína”. Além da doença continuar à solta por aí, o surgimento de um novo vírus – o H3N2 – reacendeu o alerta sobre o perigo das gripes.
Como os sintomas de uma gripe comum podem ser facilmente confundidos com os da COVID-19 ou da H1N1 e da H3N2, é bom entendermos a diferença entre cada enfermidade, bem como é feito o diagnóstico e tratamento de cada uma delas.
Influenza é o nome do vírus que causa a gripe, uma infecção aguda do sistema respiratório que tem grande potencial de transmissão e pode ser fatal, especialmente em grupos de alto risco.
Este vírus possui uma capacidade de mutação muito grande – o que significa que existem incontáveis versões do vírus da gripe. Alguns são mais perigosos, outros menos, mas é fato que praticamente todos eles são capazes de propagar-se com facilidade, podendo levar a elevadas taxas de hospitalização
Para fins de estudo e catalogação, o vírus influenza foi dividido em três grandes categorias, que contemplam suas várias mutações de acordo com a transmissibilidade entre diferentes espécies. Os tipos de influenza são:
Nesta categoria, estão as mutações do vírus que não infectam apenas seres humanos, podendo ser encontrados em suínos, equinos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias, aliás, acabam carregando mutações para diferentes territórios, contribuindo com a disseminação das doenças.
Atualmente, os subtipos de vírus influenza A são os que mais preocupam os profissionais da saúde. É neste grupo que estão os vírus da gripe A (H1N1)pdm09 e A(H3N2), responsáveis por infectar milhares de pessoas e fazer vítimas em diversos países, incluindo o Brasil.
Aqui estão as mutações do vírus que afligem especificamente seres humanos e são inofensivas para os animais. Existem duas linhagens diferentes: B/ Yamagata e B/ Victoria. Na prática, embora tenham características genéticas distintas, todas se comportam de maneira similar e podem apresentar os mesmos sintomas.
Neste grupo estão as cepas do vírus capazes de infectar humanos e suínos. São bem pouco recorrentes, e geralmente causam infecções leves, que não iniciam pandemias nem comprometem a saúde pública.
A gripe H1N1, que foi apelidada de gripe suína, é uma doença causada por uma mutação no vírus da gripe. O apelido se deve ao fato de que esta anomalia foi identificada primeiro em porcos, e só depois passou a infectar seres humanos.
A influenza A H1N1 assusta porque é muito transmissível, e pode evoluir para um quadro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Por conta das similaridades sintomáticas, é muito difícil diferenciar a gripe H1N1 de uma gripe causada por outra cepa de Influenza.
O que muda é o fato de ambos serem subtipos do vírus da Influenza A, ou seja, são duas mutações genéticas distintas de um mesmo vírus. No organismo do paciente infectado, os efeitos de cada cepa são bem parecidos: segundo reportagem da BBC, infectologistas confirmam que as manifestações sintomáticas da H1N1 e da H3N2 não diferem muito.
Então, o paciente não tem como saber se foi contaminado pelo H1N1 ou pelo H3N2 apenas pelos sintomas apresentados. Um exame laboratorial mais detalhado será necessário para identificar qual das cepas está presente no organismo.
Apesar disso, há indícios de que a pneumonia (inflamação dos alvéolos pulmonares) causada pelo H3N2 afetaria mais crianças e idosos, enquanto a causada pelo H1N1 seria mais perigosa para outros grupos de risco, como gestantes e obesos. Em ambas, porém, o diagnóstico tardio pode ser fatal.
Por ser, basicamente, uma mutação do vírus da gripe, a transmissão do vírus influenza H1N1 acontece da mesma maneira, ou seja, por meio do contato com secreções respiratórias ou gotículas de saliva de pessoas infectadas, que podem ficar suspensas no ar quando a pessoa tosse, espirra ou fala.
Além disso, o vírus da gripe suína pode permanecer ativo por até 8 horas em determinadas superfícies, então uma pessoa pode contrair a doença através do contato com superfícies contaminadas. Higienizar superfícies e objetos de uso comum e lavar as mãos regularmente são hábitos que acabam reduzindo o risco de infecção.
Por fim, como a origem da enfermidade é o porco, a transmissão também pode ocorrer por meio do contato direto com animais infectados, mas esta não é uma forma muito comum de infecção. Consumir a carne de um animal doente não transmite a doença, pois as altas temperaturas do cozimento inativam o vírus.
Os principais sintomas da H1N1 são:
É importante ressaltar que muitos destes sintomas podem ser confundidos com os da gripe comum, ou mesmo de outras doenças, como a COVID-19. Um teste específico deve ser realizado para saber qual vírus a pessoa carrega.
A gripe H1N1 pode levar a complicações graves, podendo ser fatal. As principais complicações da cepa H1N1 incluem pneumonia viral ou bacteriana, sinusite, e piora de doenças cardíacas ou pulmonares.
As complicações mais perigosas da gripe H1N1 afetam o sistema respiratório das pessoas contaminadas. A já mencionada síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e a lesão pulmonar aguda (LPA) são alguns dos problemas que podem acometer pessoas infectadas. Dependendo da gravidade do quadro, o paciente pode precisar da ajuda de aparelhos para respirar.
Felizmente, nem todos os infectados desenvolvem problemas mais sérios. Porém, o grupo de risco envolve portadores de doenças crônicas, crianças, idosos e gestantes – todos estes indivíduos estão mais propensos a desenvolverem complicações.
Embora ambas as doenças apresentem sintomas de síndrome gripal, existem algumas sutis diferenças na evolução de cada uma. Por exemplo: a H1N1 manifesta sintomas já nos primeiros dias, enquanto a COVID-19 leva cerca de 7 dias para demonstrar indícios perceptíveis.
Claro que isso não torna mais fácil o diagnóstico, de modo que exames laboratoriais especializados devem ser realizados (conforme requisição do médico) para identificar o vírus que cada paciente carrega.
Mesmo os exames são relativamente parecidos. O teste de influenza é um imunoensaio cromatográfico que visa detectar a quantidade de antígenos da Influenza A e B dos vírus da gripe. O objetivo é justamente identificar a doença, descartando outras infecções virais com sintomas semelhantes, a fim de iniciar o tratamento adequado o quanto antes.
O exame é feito com base em amostras da secreção nasal, coletados com um swab (haste flexível de algodão). A Hilab oferece teste de influenza com resultados em até 20 minutos em centenas de farmácias e estabelecimentos de saúde de todo o Brasil por meio de equipamentos de testes laboratoriais remotos (TLRs).
A COVID-19, por sua vez, pode ser clinicamente diagnosticada por meio de diferentes tipos de exames, que utilizam desde uma amostra de sangue até secreções da nasofaringe colhidas com o swab.
Entre os diferentes tipos de exames, existe o RT-PCR, um dos mais conhecidos, que identifica o RNA do vírus, Também existem os testes sorológicos (realizados com base em uma amostra de sangue) e os testes que identificam antígenos (proteínas presentes no vírus) e anticorpos (defesas do organismo).
O teste de antígeno é uma das formas mais rápidas e eficazes de identificar o vírus, além de auxiliar os órgãos de saúde a mapear a propagação do vírus. O teste também pode ser realizado em um dispositivo remoto, e a dupla verificação exclusiva da Hilab garante um resultado rápido e confiável, analisado por uma inteligência artificial e por um especialista, que emite um laudo assinado em cerca de 25 minutos.
A vacina é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por conta da gripe H1N1. A vacina contra gripe é ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e protege contra os três tipos de vírus influenza (A, B e C).
Além da vacina, certos hábitos podem ser adotados para evitar o contágio não só pelo vírus da gripe suína, mas de diversas outras doenças – incluindo a COVID-19. São eles:
A prevenção ainda é a melhor maneira de manter a qualidade de vida e cuidar da saúde. Então, siga estas dicas para evitar não só a gripe H1N1, mas diversos outros tipos de doenças.
Vademecum Influenza. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/influenza_aprender_cuidar_banalizar_superestimar.pdf>. Acessado em 07 de janeiro de 2022.
Fiocruz. H1N1: Sintomas e prevenção. Disponível em <http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/239-h1n1sintomas>. Acessado em 10 de janeiro de 2022.
Somos especialistas em Point-of-Care Testing. Criamos dispositivos para exames PoCT, realizados com apenas algumas gotas de sangue e resultados entregues em poucos minutos. Nosso propósito é democratizar o acesso à saúde.
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