Gabriele Alves | 04 out 2022
O exame de sangue fornece informações importantes sobre o estado geral de saúde dos pacientes e, por isso, é o mais solicitado pelos médicos no mundo todo. Quando chega o resultado, as pessoas sempre ficam curiosa para ver o laudo, mas geralmente não sabem como interpretar hemograma.
Antes de tudo, é importante dizer que os valores do resultado são interpretados pelos profissionais da saúde, de acordo com padrões de referência estabelecidos a partir de estudos clínicos. Estes valores podem variar entre diferentes laboratórios, de acordo com a metodologia de testagem.
Descubra, a seguir, o que é, para que serve e como é realizado o hemograma completo. Veja também como interpretar o hemograma e o que pode significar um resultado alterado, de acordo com as características individuais de cada paciente.
O hemograma completo é um exame de sangue que analisa informações de diferentes grupos celulares e pode ser dividido em três grupos de informações, de acordo com os seus componentes:
As possibilidades de utilização do hemograma completo são inúmeras. Trata-se de um exame de rotina ambulatorial que serve para auxiliar no diagnóstico e acompanhar a evolução de doenças que causam alterações no sangue. O exame é essencial na triagem para diversas doenças hematológicas, deficiências de nutrição, infecções, emergências médicas, cirurgias, traumatologia, quimioterapia e outros tratamentos clínicos.
Algumas das principais condições clínicas nas quais o acompanhamento clínico é feito, parcialmente ou totalmente, por meio do exame de hemograma completo, incluem:
Com as metodologias mais modernas de testagem, não é necessário fazer jejum para medir os componentes sanguíneos do exame. Em alguns casos específicos, um jejum de 4 a 8 horas pode ser solicitado, de acordo com orientações médicas. De qualquer forma, se indicado, o jejum para esse exame nunca deve ultrapassar 14 horas.
O hemograma completo, em um laboratório convencional, é realizado da seguinte forma: com a solicitação do médico para a realização do exame em mãos, o paciente se desloca até um laboratório para a coleta de uma amostra de sangue venoso, que é então analisada por um método analítico que envolve impedância e microscopia. O exame é feito, geralmente, por equipamentos que apresentam limitações para uso em ambiente ambulatorial e os laudos podem demorar dias para serem entregues aos pacientes, gerando demora no diagnóstico e acompanhamento clínico.
A Hilab desenvolveu um kit diagnóstico rápido para o hemograma completo. O exame contabiliza o número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos (diferencial em quatro partes) e plaquetas, além dos níveis de hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio (VCM) e hemoglobina corpuscular média (HCM).
Com uma metodologia moderna e confiável, o hemograma completo da Hilab é realizado de forma remota, por punção digital, sem a utilização de seringas. As análises são feitas pelos equipamentos portáteis Hilab Lens e Hilab Flow, que utilizam microscopia e colorimetria para as análises. Os resultados são liberados de forma digital por um profissional habilitado, com apoio de ferramentas de inteligência artificial, em até 30 minutos.
O hemograma completo é um exame composto por diferentes analitos, geralmente solicitado em conjunto com outros exames laboratoriais para fins diagnósticos. Como saber se os resultados apresentados em laudo estão dentro dos padrões de normalidade?
Para entender o significado de qualquer alteração em um ou mais parâmetros analisados, é preciso levar em consideração a idade e o sexo, além do histórico clínico do paciente. A interpretação dos resultados, portanto, deve sempre ser feita pelo profissional médico que fez a solicitação do exame.
Entenda, a seguir, a importância de cada uma das análises que compõem o hemograma e quais são os valores de referência clinicamente estabelecidos.
Os testes que compõem o eritrograma são: hemácias, hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio, hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina corpuscular média e amplitude de distribuição de hemácias.
As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são as células presentes no sangue responsáveis por transportar oxigênio no organismo.
Valores de referência eritrócitos:
Eritrócitos (milhões/mm³) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
0 - 2 anos | 2,6 | 6,4 | 2,6 | 6,4 |
2 - 6 anos | 3,5 | 5,3 | 3,5 | 5,3 |
6 a 18 anos | 3,93 | 5,54 | 3,93 | 5,54 |
18 a 59 anos | 4,4 | 5,8 | 3,9 | 5,1 |
60 anos ou mais | 4 | 5,6 | 3,8 | 5,1 |
↓ Uma baixa concentração dessas células pode indicar um quadro de hemorragia, anemia por deficiência nutricional ou hemólise.
↑ Uma concentração acima dos valores de referência sugere policitemia, insuficiência respiratória, desidratação ou sepse.
A hemoglobina é uma proteína presente nas hemácias do sangue, que dá a cor vermelha ao sangue e liga-se a moléculas de oxigênio para transportá-las pelo organismo.
Valores de referência hemoglobina:
Hemoglobina (g/dL) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
0 - 2 anos | 9,0 | 14,7 | 9,0 | 14,7 |
2 - 6 anos | 11,21 | 14,1 | 3,5 | 14,1 |
6 a 18 anos | 11,1 | 14,0 | 3,93 | 14,0 |
18 a 59 anos | 13,1 | 16,9 | 3,9 | 14,8 |
60 anos ou mais | 12,4 | 16,8 | 3,8 | 15,1 |
↓ Uma baixa concentração de hemoglobina, de acordo com outras características clínicas do indivíduo, pode sugerir gravidez, anemia por deficiência de ferro, anemia megaloblástica, talassemia, câncer, desnutrição, doença hepática ou lúpus.
↑ Um aumento de hemoglobina pode ser associado a policitemia, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares e deslocamento para altitudes elevadas.
O hematócrito, também conhecido como Ht ou Hct, indica a porcentagem de hemácias no volume total de sangue e é proporcional, portanto, à quantidade de hemoglobina na amostra.
Valores de referência hematócrito:
Hematócrito (%) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
0 - 2 anos | 26 | 75 | 26 | 75 |
2 - 6 anos | 34 | 40 | 34 | 40 |
6 a 18 anos | 35 | 45 | 35 | 45 |
18 a 59 anos | 39,9 | 52,1 | 35,4 | 45,9 |
60 anos ou mais | 38 | 51,4 | 35,1 | 46,7 |
↓ Quando o hematócrito está baixo, pode haver diminuição de hemácias ou de hemoglobina no sangue, o que sugere um quadro clínico de anemia, perda excessiva de sangue, doença renal, deficiência de ferro e de proteínas ou sepse.
↑ Quando alto, indica desidratação, policitemia e sepse.
O volume corpuscular ou globular médio indica o tamanho médio das hemácias. A análise desse parâmetro deve ser feita em conjunto a outras análises do hemograma.
Valores de referência VCM:
VCM(fL) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
0 - 2 anos | 68 | 137 | 68 | 137 |
2 - 6 anos | 72 | 88 | 72 | 88 |
6 a 18 anos | 71 | 99 | 71 | 99 |
18 a 59 anos | 81,5 | 100,2 | 81,0 | 100,1 |
60 anos ou mais | 83,6 | 101,8 | 82,2 | 100,7 |
↓ Em caso de diminuição do VCM, pode haver um quadro de anemia por deficiência de ferro ou de origem genética.
↑ O VCM alto indica alguns tipos de anemia, alcoolismo ou alterações na medula óssea.
A hemoglobina corpuscular ou globular médica é um parâmetro que indica a concentração total de hemoglobina por meio da análise do tamanho e coloração das hemácias. Em conjunto com outros analitos do hemograma, esta análise ajuda a identificar o tipo de anemia que a pessoa possui: hipercrômica, normocrômica ou hipocrômica.
Valores de referência HCM:
HCM (pg) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
0 - 2 anos | 27 | 34 | 27 | 34 |
2 - 6 anos | 23,8 | 34,2 | 23,8 | 34,2 |
6 a 18 anos | 71 | 99,6 | 71 | 99,6 |
18 a 59 anos | 26,9 | 32,5 | 26,3 | 32,3 |
60 anos ou mais | 27,6 | 33,1 | 26,3 | 32,6 |
↓↑ Alterações de HCM e HGM podem ocorrer por anemia ferropriva, talassemia, consumo elevado de álcool, uso de alguns medicamentos, alterações de tireoide ou deficiência de vitamina B12 e ácido fólico.
Este cálculo é realizado indiretamente a partir de outros parâmetros do hemograma e demonstra a concentração da hemoglobina por hemácia.
Valores de referência CHCM:
CHCM (g/dL) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
Até 7 meses | 30 | 36 | 30 | 36 |
8 meses a 13 anos | 31 | 36 | 31 | 36 |
14 anos ou mais | 31,4 | 36 | 31,4 | 36 |
↓ Valores baixos de CHCM sugerem quadros de anemia, insuficiência cardíaca, hipotireodismo ou interação medicamentosa.
↑ Valores altos de CHCM estão relacionados a um consumo elevado de álcool ou problemas na glândula tireoide.
Este índice descreve a porcentagem de variação de tamanho entre as hemácias de uma amostra de sangue.
Valores de referência RDW:
RDW (%) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
Todas as idades | 10 | 16 | 10 | 16 |
↓↑ Caso haja alteração de RDW na amostra, o exame poderá vir alterado, o que pode ser uma pista para o início de anemias por deficiência de nutrientes, doenças hepáticas, alguns cânceres ou uso de certos medicamentos.
O leucograma é a parte do hemograma que analisa os leucócitos, células de defesa subdivididas em diferentes tipos, de acordo com a morfologia e a função: neutrófilos, bastonetes, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos.
A avaliação dos leucócitos é importante para verificar a como o organismo da pessoa consegue reagir a processos infecções e inflamações.
Valores de referência leucócitos totais:
Leucócitos (mm³) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
0 - 2 anos | 5.000 | 34.000 | 5.000 | 34.000 |
2 - 6 anos | 4.400 | 17.000 | 4.400 | 17.000 |
6 a 18 anos | 3.900 | 10.700 | 3.900 | 10.700 |
18 a 59 anos | 2.844 | 9.403 | 2.908 | 10.047 |
60 anos ou mais | 2.818 | 9.675 | 2.971 | 9.424 |
↓ Uma redução dos leucócitos, conhecida como leucopenia, pode ser causada por medicamentos, quimioterapia ou outras condições clínicas.
↑ Valores aumentados de leucócitos, conhecido como leucocitose, podem acontecer devido a infecções ou doenças, como a leucemia.
Os neutrófilos são as células da primeira linha de defesa imunológica do nosso corpo. No hemograma, os neutrófilos absolutos representam a contagem de neutrófilos, enquanto os neutrófilos relativos são o percentual de leucócitos compostos por neutrófilos na amostra.
Valores de referência neutrófilos:
Neutrófilos absolutos (mm³) e relativos (%) | |||||
Analito | Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | ||
Neutrófilos absolutos (mm³) | 0 - 2 anos | 700 | 23.500 | 700 | 23.500 |
2 - 6 anos | 1.500 | 6.900 | 1.500 | 6.900 | |
6 a 18 anos | 1.500 | 6.200 | 1.500 | 6.200 | |
Neutrófilos relativos (%) | 0 a 18 anos | 18 - 69 | 18 - 69 | ||
Neutrófilos absolutos (mm³) | 18 a 59 anos | 552 | 5.909 | 597 | 6.557 |
60 anos ou mais | 724 | 6.332 | 728 | 6.005 | |
Neutrófilos relativos (%) | 18 anos ou mais | 40 - 75 |
↓ Uma baixa quantidade de neutrófilos pode indicar deficiência de vitamina B12, anemia falciforme, uso de esteroides, período de recuperação pós-cirurgia ou púrpura trombocitopênica.
↑ Quando a concentração dessas células é alta, isso sugere um quadro clínico de infecção, inflamação, câncer, trauma, estresse, diabetes ou gota.
Os bastonetes são as células de defesa do organismo que dão origem aos neutrófilos e possuem as mesmas atividades imunológicas destes.
Valores de referência bastonetes:
Bastonetes absolutos (1000/mm³) e relativos (%) | |||
Analito | Idade | Limite inferior | Limite superior |
Bastonetes absolutos (mm³) | 1 - 3 anos | 0,1 | 0,6 |
4 -14 anos | 0,1 | 0,4 | |
Acima de 14 anos | 0,1 | 0,4 | |
Bastonetes relativos (%) | 1 - 3 anos | 0 | 8 |
4 -14 anos | 0 | 4 | |
Acima de 14 anos | 0 | 4 |
↑ Um número aumentado de bastonetes pode indicar um processo infeccioso agudo.
Os basófilos são células do sistema imunológico e que encontram-se em baixa concentração no sangue.
Valores de referência basófilos:
Basófilos / Eosinófilos absolutos (mm³) e relativos (%) | |||||
Analito | Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | ||
Basófilos/ Eosinófilos absolutos (mm³) | 0 - 2 anos | 0 | 2.000 | 0 | 2.000 |
2 a 6 anos | 20 | 1.190 | 20 | 1.190 | |
6 a 18 anos | 20 | 1.100 | 20 | 1.100 | |
Basófilos/ Eosinófilos relativos (%) | 0 a 18 anos | 0 - 10 | 0 - 10 | ||
Basófilos/ Eosinófilos absolutos (mm³) | 18 a 59 anos | 0 | 649 | 0 | 546 |
60 anos ou mais | 0 | 718 | 0 | 574 | |
Basófilos/ Eosinófilos absolutos (mm³) | 18 anos ou mais | 0 - 6 |
↓ Uma baixa contagem de basófilos está presente em quadros de gravidez, baixa imunidade, hipertireoidismo, infecções agudas, sepse e uso de alguns medicamentos.
↑ Os basófilos estão aumentados em casos de alergia, inflamação prolongada, após retirada do baço, leucemia mielóide crônica, policitemia, catapora ou doença de Hodgkin.
Os eosinófilos são um tipo de célula de defesa do sangue especialmente importante na defesa contra as infecções parasitárias.
Valores de referência eosinófilos:
Basófilos / Eosinófilos absolutos (mm³) e relativos (%) | |||||
Analito | Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | ||
Basófilos/ Eosinófilos absolutos (mm³) | 0 - 2 anos | 0 | 2.000 | 0 | 2.000 |
2 a 6 anos | 20 | 1.190 | 20 | 1.190 | |
6 a 18 anos | 20 | 1.100 | 20 | 1.100 | |
Basófilos/ Eosinófilos relativos (%) | 0 a 18 anos | 0 - 10 | 0 - 10 | ||
Basófilos/ Eosinófilos absolutos (mm³) | 18 a 59 anos | 0 | 649 | 0 | 546 |
60 anos ou mais | 0 | 718 | 0 | 574 | |
Basófilos/ Eosinófilos absolutos (mm³) | 18 anos ou mais | 0 - 6 |
↓ Ocorre uma redução de eosinófilos com o uso de betabloqueadores, corticoides, estresse, infecção bacteriana ou viral.
↑ Observa-se um aumento deste tipo celular em casos de alergia, verminoses, anemia perniciosa, colite ulcerativa ou doença de Hodgkin.
Os monócitos são células do sangue que fazem parte do sistema imunológico e atuam em infecções, ajudam na remoção de tecidos mortos ou danificados, além de combater células cancerosas e substâncias estranhas.
Valores de referência monócitos:
Linfócitos absolutos (mm³) e relativos (%) | |||||
Analito | Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | ||
Linfócitos absolutos (mm³) | 0 - 2 anos | 1.900 | 13.500 | 1.900 | 13.500 |
2 a 6 anos | 2.200 | 9.400 | 2.200 | 9.400 | |
6 a 18 anos | 1.400 | 4.300 | 1.400 | 4.300 | |
Linfócitos relativos (%) | 0 a 18 anos | 30 - 60 | 30 - 60 | ||
Linfócitos absolutos (mm³) | 18 a 59 anos | 767 | 3.405 | 825 | 3.419 |
60 anos ou mais | 582 | 3.085 | 716 | 3.362 | |
Linfócitos relativos (%) | 18 anos ou mais | 20 - 45 |
↓ Um baixo número de monócitos pode estar relacionado a um quadro de anemia aplásica.
↑ Já um aumento na quantidade destas células pode ser relacionado a leucemia monocítica, doença de armazenamento lipídico, infecção por protozoários ou colite ulcerativa crônica.
Linfócito é um tipo de célula que faz parte da defesa imediata do corpo, atuando contra células cancerígenas e infecções. Alguns tipos de linfócitos produzem anticorpos e atuam nos mecanismos de memória imunológica contra infecções recorrentes por um mesmo agente.
Valores de referência linfócitos:
Linfócitos absolutos (mm³) e relativos (%) | |||||
Analito | Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | ||
Linfócitos absolutos (mm³) | 0 - 2 anos | 1.900 | 13.500 | 1.900 | 13.500 |
2 a 6 anos | 2.200 | 9.400 | 2.200 | 9.400 | |
6 a 18 anos | 1.400 | 4.300 | 1.400 | 4.300 | |
Linfócitos relativos (%) | 0 a 18 anos | 30 - 60 | 30 - 60 | ||
Linfócitos absolutos (mm³) | 18 a 59 anos | 767 | 3.405 | 825 | 3.419 |
60 anos ou mais | 582 | 3.085 | 716 | 3.362 | |
Linfócitos relativos (%) | 18 anos ou mais | 20 - 45 |
↓ A concentração reduzida de linfócitos pode aparecer em casos de infecção ou desnutrição.
↑ Ocorre um aumento na quantidade destas células em casos de mononucleose infecciosa, caxumba, sarampo e algumas infecções agudas.
O plaquetograma é o teste de contagem de plaquetas, que são fragmentos de células sanguíneas. As plaquetas são muito importantes no processo de coagulação e controle de hemorragias.
Valores de referência plaquetas:
Plaquetas (mm³) | ||||
Idade | Masculino | Feminino | ||
Limite inferior | Limite superior | Limite inferior | Limite superior | |
0 - 2 anos | 180.000 | 658.000 | 180.000 | 658.000 |
2 - 6 anos | 209.000 | 455.000 | 209.000 | 455.000 |
6 a 18 anos | 145.000 | 445.000 | 145.000 | 445.000 |
18 a 59 anos | 128.418 | 302.183 | 137.881 | 344.744 |
60 anos ou mais | 128.926 | 283.915 | 126.639 | 331.474 |
↓ Quando as plaquetas estão reduzidas, o risco de sangramentos fica aumentado.
↑ Um aumento na quantidade de plaquetas no sangue exige atenção para a prevenção de coágulos e trombos sanguíneos.
O hemograma é utilizado como exame de rotina, solicitado por médicos para o diagnóstico e o acompanhamento de diversas condições de saúde, agudas e crônicas. Além disso, o hemograma também é feito em processos pré-operatórios, pré-natal e na verificação da ação geral de medicamentos no organismo dos pacientes.
O profissional médico é quem determina a necessidade de realização do exame, de acordo com as condições de saúde de cada paciente. O mais comum é que todas as pessoas, saudáveis ou em tratamento clínico, se beneficiem da realização periódica e regular do hemograma completo.
O hemograma completo é o exame de sangue utilizado para avaliar a concentração dos diversos componentes do sangue, incluindo as hemácias, leucócitos e plaquetas. É importante que todas estas substâncias estejam em equilíbrio, dentro de certos níveis de referência, para que nossa saúde seja preservada.
Por meio de uma inovação tecnológica promovida pela Hilab, hoje é possível realizar o hemograma completo de forma remota, rápida e simples, com segurança e confiança nos resultados. Conheça todos os exames e serviços da Hilab.
BAIN, Barbara J.; BATES, Imelda; LAFFAN, Michael A. Dacie. Lewis: Practical Haematology 12th ed. China. 2017.
HOFFMANN, J.J.M.L.; NABBE, K.C.A.M.; VAN DEN BROEK, N.M.A.. Effect of age and gender on reference intervals of red blood cell distribution width (RDW) and mean red cell volume (MCV). Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (CCLM), vol. 53, n. 12, 2015, pp. 2015-2019. Disponível em: <https://doi.org/10.1515/cclm-2015-0155>. Acesso em 12/09/2022.
GASPARIN, A.T., ARAUJO, C.I.F., SCHMITT, P. et al. Hilab system, a new point-of-care hematology analyzer supported by the Internet of Things and Artificial Intelligence. Scientific Reports. v. 12, n. 10409, 2022. Disponível em: <https://doi.org/10.1038/s41598-022-13913-8>. Acesso em 13/09/2022.
KARAKOCHUK, C.D.; HESS, S.Y.; MOORTHY, D.; NAMASTE, S.; PARKER, M.E.; RAPPAPORT, A.I.; WEGMÜLLER, R.; DARY, O.; Hemoglobin Measurement (HEME) Working Group. Measurement and interpretation of hemoglobin concentration in clinical and field settings: a narrative review. Ann. N.Y. Acad. Sci., vol. 1450, 2019, pp. 126-146. Disponível em: <https://doi.org/10.1111/nyas.14003>. Acesso em 12/09/2022.
KIRK, Susan. Interpreting the CBC and other helpful tips. Texas Children’s Hematology Center. 2019. Disponível em: <https://www.texaschildrens.org>TCHAPP>2019>. Acesso em 15/09/2022.
MALTA, D.C.; BACAL, N.S.; MACHADO, I.E.; CUDER, M.A.M.; FIGUEIREDO, A.W.; DA SILVA, A.G. et al. Valores de referência para exames laboratoriais de hemograma da população adulta brasileira, Pesquisa Nacional de Saúde. Rev. Bras. Epidemiol. 2019; 22 (Suppl 2): e190003.supl.2. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15090/1980-549720190003.supl.2>. Acesso em 12/09/2022.
NAOUM, P.C.; NAOUM, F.A. Interpretação laboratorial do hemograma. São José do Rio Preto, Brasil, 2008. Disponível em: <http://sta.sites.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/interpreta%C3%A7%C3%A3o-de-um-hemograma.pdf>. Acesso em 15/09/2022.
Biomédica (CRBM-6 1921), mestre em Ciências - Bioquímica e especialista em Gestão da Qualidade em Saúde. Faz parte da assessora científica da Hilab. Acredita que o autoconhecimento é um grande aliado do diagnóstico clínico, nos cuidados em saúde.
Que publicação de conteúdo necessário. Espetacular!! Despertando mais meu interesse pela área da saúde/conclusão do técnico em Enfermagem. Gratidão!