Hilab | 29 set 2021
Anemia é uma redução na quantidade de hemoglobina, um pigmento presente nas células vermelhas capaz de carregar o oxigênio pelo organismo, por meio do sangue circulante.
A anemia pode ocorrer devido às mais diversas causas, sendo a principal a deficiência de ferro. A deficiência de ferro é o problema nutricional mais prevalente no mundo, afetando 33% das mulheres não grávidas, 40% das mulheres grávidas e 42% das crianças em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Os sintomas de anemia são diversos. A intensidade do quadro varia de acordo com certos fatores. Dentre estes pode-se citar o uso de medicações, o estado físico do paciente, a rapidez com que se instalou a doença e a capacidade do indivíduo de compensar o déficit de hemoglobina.
Uma vez que a anemia é uma condição de elevada prevalência na população e apresenta sintomas diversos, é importante reconhecê-los e saber quais as principais causas dessa condição. Acompanhe o artigo que preparamos para você e tire todas as suas dúvidas sobre a anemia.
Os primeiros sinais, decorrentes da baixa oferta de oxigênio aos tecidos são:
Além dos sintomas, outras consequências da anemia são: diminuição da produtividade no trabalho, diminuição da capacidade de aprendizado, retardamento do crescimento, apatia, perda significativa de habilidade cognitiva, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal.
A anemia pode ocorrer de maneira aguda ou crônica e devido às mais diversas causas. A aguda denota uma queda súbita das hemoglobinas carreadoras de oxigênio na circulação, geralmente ocasionada por hemorragias ou destruição das células vermelhas sanguíneas (hemácias) em um processo chamado hemólise.
Essas situações decorrem, normalmente, de traumas ou de repercussões ligadas a doenças, como a anemia falciforme e a coagulação intravascular disseminada.
Já as anemias crônicas são as mais comuns e as mais variadas. Elas podem ocorrer como consequência de diversas situações:
Dentre todas as causas de anemia, a principal é a deficiência de ferro. Estima-se que mais de 60% dos casos de anemia em todo o mundo são decorrentes da deficiência desse metal.
O ferro é o metal mais abundante no corpo humano e exerce funções vitais no nosso organismo como constituinte da hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos; de enzimas que participam de mecanismos imunológicos; e da produção de neurotransmissores. Também participa da síntese de DNA e do metabolismo muscular.
A maior fonte de ferro é proveniente do próprio organismo, por meio do sistema de reciclagem de hemácias. Uma pequena parte é proveniente da alimentação, tanto de fontes vegetais quanto de fontes animais.
Nem toda anemia é por deficiência de ferro (anemia ferropriva) e pode-se estar deficiente em ferro sem apresentar anemia.
A anemia é definida como concentração de hemoglobina menor que 2 desvios padrão da referência para idade e sexo. Já a deficiência de ferro é o estado insuficiente de ferro para manter as funções fisiológicas normais dos tecidos.
As anemias podem ser classificadas de diferentes formas. O tempo de instalação, a causa da anemia e o volume corpuscular médio (VCM) são alguns dos critérios utilizados para classificar os diferentes tipos de anemias.
As anemias não são consideradas, em si, um diagnóstico definitivo, mas uma manifestação de um processo de doença subjacente. Uma vasta gama de patologias, como inflamações, infecções e malignidades, podem estar associadas à anemia.
Algumas condições comumente associadas a este déficit de hemoglobina são:
Na presença dos sintomas clínicos mencionados anteriormente, surge a suspeita de anemia. Sinais como palidez e a redução da coloração vermelha de mucosas também podem estar presentes. Entretanto, é necessária a realização de exames laboratoriais para que se possa confirmar e categorizar a anemia.
O hemograma é o exame de escolha para a avaliação das células sanguíneas. Nele são abordadas tanto as características quanto a quantidade celular de hemácias e pigmentos de hemoglobina. A quantificação da hemoglobina é o pilar do diagnóstico de anemia.
Além do hemograma, outro exame utilizado para essa avaliação é o exame de ferritina. A ferritina analisa os estoques de ferro no sangue, podendo diferenciar as anemias por deficiência desse metal das demais. Por sua detecção pró-inflamatória, este teste pode auxiliar no diagnóstico das anemias por doença crônica e outras situações.
A maior parte dos casos de complicações em anemias crônicas decorrem do baixo volume de oxigênio oferecido aos tecidos do organismo por período prolongado. No caso das anemias agudas, a solução está ligada ao tratamento da causa base, que, geralmente, requer manejo imediato.
A falha no acompanhamento e no tratamento das anemias pode acarretar severas consequências aos pacientes. Crianças, gestantes, idosos e imunocomprometidos possuem elevado risco para complicações. A evolução do quadro é dependente de diversos fatores. A condição médica e física do indivíduo ditará o prognóstico, pois doenças crônicas, a dieta do paciente, a presença de outras doenças e o acesso ao atendimento médico são elementos que influem no resultado.
Como vimos, a deficiência de ferro é a principal causa da anemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), detectar essa deficiência no início da gravidez e em crianças pequenas é essencial.
A deficiência de ferro em crianças com menos de dois anos pode ter efeitos significativos e irreversíveis no desenvolvimento do cérebro.
O desenvolvimento cognitivo de uma criança também pode ser afetado se a mãe tiver deficiência de ferro durante o último trimestre da gravidez. As novas diretrizes da OMS sobre o uso de concentrações de ferritina para avaliar o status de ferro em indivíduos e populações ajudarão profissionais de saúde a detectar precocemente a deficiência de ferro e evitar impactos mais graves.
As anemias causadas por deficiências são tratadas, preferencialmente, através da educação do paciente. A adoção de uma dieta saudável e balanceada proporciona a ingestão dos minerais e vitaminas necessários ao funcionamento natural do organismo.
Na persistência do quadro anêmico relacionado à má alimentação, o tratamento será realizado através de medicações orais, com o intuito de repor a substância faltante no organismo. A falta de ferro no organismo pode ser suplementada através dos seguintes fármacos:
Agora, no caso das anemias por deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, a suplementação vitamínica será avaliada e, caso o profissional de saúde ache necessário, recomendada.
Gostou de saber mais sobre os sintomas de anemia? Aproveite também para ler o conteúdo sobre o Hemograma.
Referências Bibliográficas:
Anemia ferropriva em lactentes: revisão com foco em prevenção – Departamento Científico de Nutrologia, Sociedade Brasileira de Pediatria, 2012.
Medscape. Chronic Anemia. Disponível em:<https://emedicine.medscape.com/article/780176-overview>. Acesso em 29 de setembro de 2021.
Medscape. Acute Anemia. Disponível em:<https://emedicine.medscape.com/article/780334-overview#a1>. Acesso em 29 de setembro de 2021.
Medscape. Hemolytic Anemia. Disponível em: <https://emedicine.medscape.com/article/201066-overview>. Acesso em 29 de setembro de 2021.
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de alguns dias pra-cá estou sintindo alguns sintomas sobre essa doença e vim pesquisar, eu não sabia quase nada sobre anemia e este artigo veio esclarecer muita coisa que eu ignorava e pra ser sincero me agradou tanto que eu salvei nos favoritos para futuras consultas,fico muito grato por ter encontrado este site, talvez não ao a caso mas quem sabe guiado pela mão do SENHOR DEUS.
obs:não sou médico apenas um leitor
Olá, Mauricio! Tudo bem?
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Abraços,
Equipe Hilab.
BOM DIA.ACHEI MARAVILHOSO A EXPLICAÇÃO E OS DETALHES BEM EXPLICADOS.EXCELENTE.GRATIDAO.
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Abraço,
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Não fiz o exame ainda mais tenho quase certeza que tô com anemia e não é a primeira vez que eu tenho, o estranho que passa uns dias e os sintomas desaparecem mas depois volta de novo, gostei da Explicação ❤