A camisinha estourou? Tire suas dúvidas e saiba o que fazer

Hilab | 08 nov 2021

Abrir preservativo corretamente evita que a camisinha estoure

“A camisinha estourou.” Essa é a última frase que alguém quer ouvir depois de uma relação sexual. Especialmente nos casos em que o relacionamento é casual. Mesmo assim, é importante entender que esse imprevisto pode acontecer e, principalmente, evitável em situações posteriores.

Em relações heterossexuais, a maior preocupação é a gravidez indesejada, mas vale lembrar que o rompimento do preservativo envolve, também, a transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Neste caso, não importa se a relação é com pessoas do mesmo sexo ou do oposto, a camisinha é a principal proteção contra gonorreia, sífilis, Aids e hepatites virais.

Segundo os mais recentes boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde, no Brasil foram registrados 37.308 casos de infecção pelo HIV, em 2019, além de 115.371 ocorrências de sífilis adquirida e 15.830 diagnósticos confirmados de hepatites virais.

A principal maneira de evitar a transmissão dessas e outras ISTs ainda é o uso da camisinha. Mas se a camisinha não funcionou como você esperava, acalme-se. Vamos explicar, neste texto, como descobrir, o que fazer e como evitar que o preservativo se rompa ou esteja furado na hora certa.

Estourou, o que fazer quando acontece? 

Se a camisinha estourou, não se desespere, pois é possível se proteger tanto de ISTs, quanto de uma gravidez indesejada. Você deve agir imediatamente após descobrir que teve uma relação sexual desprotegida.

Mas atenção: agir significa buscar orientação médica ou de algum profissional da saúde. Só eles serão capazes de te orientar de acordo com uma análise clínica do seu caso.

Em geral, serão feitas duas abordagens, como veremos a seguir.

Como evitar uma gravidez indesejada? 

Se a camisinha estourou e você quer evitar uma gravidez indesejada, sua alternativa é o uso da pílula do dia seguinte. Trata-se de um contraceptivo de emergência, que a pessoa deve tomar em até 72 horas (3 dias). Entretanto, o medicamento costuma ser mais eficaz quando é usado nas horas seguintes à relação sexual em que a camisinha estourou. 

Apesar de não exigir prescrição médica, a pílula do dia seguinte não é um método que deve ser utilizado com frequência, pois causa efeitos colaterais e pode perder efeito por conta da repetição exagerada. Lembrando que o uso deste medicamento deve ser um desejo da pessoa que irá tomá-lo, sem que qualquer outro indivíduo possa obrigar e/ou exigir sua administração.

Se depois de usar essa pílula você ainda suspeitar de uma gestação, o mais indicado passa a ser a realização de um exame de gravidez. Já é possível fazer testes confiáveis, como o Beta hCG da Hilab, e receber o resultado em apenas alguns minutos.

Ainda assim, a ida ao médico não deve ser descartada, afinal, este método contraceptivo não previne as ISTs. Sem contar que ele pode trazer outras orientações e formas de como evitar uma gravidez indesejada.

É possível prevenir IST se a camisinha estourar? 

Além da pílula do dia seguinte, quando a camisinha estoura, existe um tratamento, denominado PEP (Profilaxia Pós-Exposição). Trata-se de uma profilaxia que consiste no uso de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de infecção em situações de exposição ao vírus HIV, hepatites virais e outras ISTs.

No caso da PEP para o HIV, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível – preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração é de 28 dias e você deverá ser acompanhado por uma equipe de saúde, além de fazer os exames necessários.

Também é importante conversar com o(s) parceiro(s) com quem teve a relação sexual desprotegida, tanto para comunicá-lo(s) do problema, como para saber sobre seu estado de saúde. Dependendo da orientação médica, todos envolvidos podem precisar da PEP.

A PEP é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Saiba onde encontrá-la no site do Ministério da Saúde e não deixe de procurar atendimento quando este tipo de incidente acontece.

Como e por que a camisinha estoura?

O rompimento do preservativo pode ocorrer por diversos motivos. Alguns deles são: 

  • Armazenamento inadequado;
  • Prazo de validade esgotado;
  • Embalagem avariada;
  • Uso de lubrificantes inadequados;
  • Presença de ar;
  • Falta de espaço na extremidade para recolher o esperma;
  • Uso de duas camisinhas ao mesmo tempo;
  • Uso do mesmo preservativo em uma relação prolongada
  • Perda de ereção durante o ato;
  • Tamanho inadequado da camisinha;
  • Retirada do pênis sem segurar a base do preservativo.

Como saber se estourou?

Se a camisinha estourar, a tendência é que fique bem claro, pois nesse caso é provável que o preservativo rasgue e a ejaculação escape. Dificilmente esse incidente se traduzirá em um furo pequeno.

Se mesmo assim você estiver desconfiado, dê um nó na camisinha e confira se existe algum vazamento.

Como evitar que a camisinha se rompa?

A primeira medida para evitar que o preservativo estoure é verificar sua data de validade. Tome cuidado na hora de guardá-lo, evite colocá-lo em lugares quentes como bolso de calça, carteira ou porta-luvas do carro. 

Quando for usar a camisinha, verifique se ela não apresenta sinais de ressecamento e tenha alguns cuidados na hora de manipulá-la.

5 erros na hora de usar a camisinha

  1. Abrir a embalagem da camisinha com os dentes;
  2. Desenrolar o preservativo antes de colocá-lo no pênis;
  3. Desenrolar com as unhas ou com a boca;
  4. Não deixar um espaço na ponta da camisinha;
  5. Não usar lubrificantes (à base de água) quando necessário.


Esperamos que este conteúdo possa te deixar mais calmo, caso tenha passado por algum episódio de estouro da camisinha. Se este não for o seu caso, esperamos que agora saiba o que fazer para evitar o problema e como agir caso passe por ele. Não se esqueça de procurar um médico imediatamente e conte com a Hilab para realizar os seus exames.

Além do Beta hCG, oferecemos testes de HIV, sífilis e para as hepatites B e C. Nossos laudos são duplamente verificados e entregues por SMS ou e-mail, apenas alguns minutos após a coleta. Encontre nosso parceiro mais próximo de você e não fique na dúvida em relação à sua saúde.

Referências Bibliográficas

Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV). Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/pep-profilaxia-pos-exposicao-ao-hiv>. Acesso em: 08 de novembro de 2021.

Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de Sífilis 2021. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2021/boletim-epidemiologico-de-sifilis-2021>. Acesso em: 08 de novembro de 2021.

Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Hepatites Virais | 2021. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2021/boletim-epidemiologico-hepatites-virais-2021>. Acesso em: 08 de novembro de 2021.

Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2020. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/boletim-epidemiologico-hivaids-2020>. Acesso em: 08 de novembro de 2021.

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