Rafael Benedetti | 22 mar 2023
O uso da vacina bivalente contra COVID-19 foi aprovado em novembro de 2022. O primeiro lote chegou no início de dezembro, porém a aplicação na população só foi iniciada no fim de fevereiro.
A chegada desse imunizante levantou dúvidas, principalmente a respeito da necessidade de recebê-lo, bem como de quem deve tomá-lo. Confira o artigo a seguir para tirar essas e outras dúvidas sobre a vacina bivalente.
Estamos acostumados a participar do calendário de vacinação elaborado pelo PNI (Plano Nacional de Imunização) e são em poucos imunizantes que ouvimos o termo bivalente, trivalente ou tetravalente. Descomplicando os nomes, a vacina bivalente busca abranger mais de um patógeno em uma única dose de vacina, ou seja, a imunização é dois em um. Portanto, podemos receber na mesma vacina um tipo de patógeno e suas mutações (variantes), ou diversos patógenos diferentes, como é o caso da tetravalente para varicela, sarampo, caxumba e rubéola. Ainda, é bom ressaltar que as vacinas monovalentes não são menos eficazes. Elas também são essenciais para a imunização, e a aplicação de cada tipo vai depender da situação e do patógeno em questão.
A vacina bivalente será aplicada primeiramente em grupos de indivíduos imunossuprimidos e idosos, por apresentarem um processo de imunossenescência (diminuição das defesas do organismo pela idade) e geralmente outras comorbidades que podem piorar o prognóstico da Covid-19.
São considerados imunossuprimidos ou imunocomprometidos as pessoas que não têm o completo funcionamento do sistema imunológico. Essa condição impacta diretamente no seu desempenho de combate a infecções e, consequentemente, podem desenvolver formas mais graves de doenças.
Os imunossuprimidos são divididos em dois grupos: os que já nascem com essa patologia (origem genética); e aqueles que desenvolvem doenças graves ou crônicas que impactam no sistema imunológico, como pessoas com câncer, portadores de HIV e doenças autoimunes.
A população em geral costuma apresentar uma resposta imunológica mais eficiente que os grupos prioritários e, em casos de infecção de COVID-19, a gravidade da doença será menor. Portanto, a vacinação desses grupos se dá após os grupos prioritários e é organizada de acordo com a disponibilidade de vacinas, produção, distribuição e oferta de locais, bem como e recursos humanos treinados para aplicação.
A vacinação bivalente já foi iniciada no território nacional, mas como já citado, a ordem de vacinação se inicia com os grupos prioritários. Assim como na vacinação inicial de COVID-19, procure esta informação junto ao órgão responsável pelo sistema de vacinação de sua região ou diretamente nas unidades básicas de saúde. Programe-se para quando você estiver apto para imunização, para dirigir-se tranquilamente ao seu local de vacinação e receber sua dose.
A pandemia de Coronavírus está diminuindo em intensidade devido, mas a doção de medidas preventivas segue sendo de extrema importância. É o caso da testagem rápida e da aplicação das vacinas monovalentes e bivalentes. Portanto, não deixe de se vacinas e caso sinta algum sintoma da COVID-19, procure atendimento médico e faça o exame. Os testes de COVID-19 Hilab que detectam não somente a cepa original, como suas variantes. Procure nosso parceiro mais próximo e não fique na dúvida!
Conselho Regional de Farmácia-PR. Orientação ao Farmacêutico: vacina bivalente Disponível em: https://www.crf-pr.org.br/noticia/visualizar/9194. Acesso em 22 de março de 2023.
Agência Brasil. Covid-19: Anvisa reforça que doses da vacina bivalente são seguras. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-03/covid-19-anvisa-reforca-doses-da-vacina-bivalente-sao-seguras. Acesso em 22 de março de 2023.
Ministério da Saúde. Vacinas bivalentes e monovalentes são igualmente eficazes e protegem contra a Covid-19. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/vacinas-bivalentes-e-monovalentes-sao-igualmente-eficazes-e-protegem-contra-a-covid-19-saiba-mais. Acesso em 22 de março de 2023.
O Rafael é Biomédico (CRBM:2080), especialista em Biologia Molecular e mestrando em Engenharia Biomédica. Ele faz parte do time de Inovação Laboratorial Hilab. Acredita que o conhecimento não pode ter barreiras e deve trazer impacto direto para a saúde da população.
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