Micheli Pecharki | 16 jan 2020
Um Teste Laboratorial Remoto, conhecido pela sigla de TLR é, segundo a RDC 302/2005 da Anvisa, um teste realizado por meio de um equipamento laboratorial situado fisicamente fora da área de um laboratório clínico.
O TLR é, muitas vezes, denominado point of care testing (PoCT).
Segundo a RDC 36/2015, entende-se por PoCT a testagem conduzida próximo ao local de cuidado ao paciente, inclusive em consultórios e locais fora da área técnica de um laboratório, por profissionais de saúde ou por pessoal capacitado pelo Ministério da Saúde e ou Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais.
Com os TLRs, é possível fazer exames de sangue em qualquer lugar e não necessariamente dentro de uma laboratório convencional. Isso o torna uma ferramenta essencial para ampliar o acesso à saúde, principalmente em locais onde um laboratório de análises clínicas está a quilômetros de distância do paciente.
O Teste Laboratorial Remoto é, ainda, um diferencial que pode auxiliar a rotina de vários estabelecimentos de saúde como clínicas, consultórios, hospitais e farmácias, além de empresas que estão preocupadas em oferecer ao colaborador cuidados com a saúde e bem estar.
Acompanhe o artigo e conheça os benefícios de adotar esse tipo de serviço no seu estabelecimento de saúde.
A realização de um exame de sangue de forma remota baseia-se em três princípios básicos:
1 – Coleta da amostra por meio de punção digital (para amostras de sangue total, utilizadas no exame de Beta-hCG, glicemia, perfil lipídico, entre outros) ou da retirada de secreção da nasofaringe (Influenza A e B, Coronavírus antígeno).
2 – A amostra é inserida no equipamento.
3 – O paciente recebe o resultado do exame.
Importante destacar que, existem diferenças entre um Teste Laboratorial Remoto e um teste rápido, embora muitas vezes, por motivos de simplificação, os TLRs sejam também chamados de testes rápidos.
Segundo o Ministério da Saúde, “Testes rápidos são todos os testes cuja execução, leitura e interpretação do resultado são feitas em no máximo 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. A leitura dos resultados é feita a olho nu”.
Já no caso dos Testes Laboratoriais Remotos, a leitura dos resultados não é realizada pelo profissional da saúde que aplicou o teste e sim pelo próprio equipamento de TLR. No Brasil, existe ainda, uma health tech que vai além e oferece ao paciente um resultado que passa por um processo de dupla verificação: além do resultado gerado pelo dispositivo com a ajuda de tecnologias como a Inteligência Artificial, profissionais da saúde também avaliam este resultado, emitem e assinam o laudo que é enviado ao paciente por sms ou e-mail.
Em relação às semelhanças, tanto os testes rápidos quanto os TLRs podem ser realizados em locais situados fisicamente fora da área de um laboratório clínico e oferecem um resultado em poucos minutos, o que contribui para ampliar o acesso à saúde em regiões remotas.
Não é de hoje que os Testes Laboratoriais Remotos são uma ferramenta importante para a telemedicina diagnóstica e, com a pandemia do novo Coronavírus os exames remotos têm adquirido cada vez mais relevância, tanto por agilizarem o diagnóstico médico quanto por custarem menos quando comparados aos exames realizados por laboratórios convencionais.
Sendo assim, os TLRs têm sido essenciais para minimizar os danos causados pela pandemia uma vez que possibilitam ampliar a testagem em massa, uma das ferramentas mais importantes para detectar e isolar as pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2.
A estratégia de testagem está sendo adotada em comunidades do Rio de Janeiro. Por meio do projeto Favela sem Corona, criado com o objetivo de diminuir o impacto da epidemia de coronavírus nas favelas do município do Rio de Janeiro, moradores das comunidades têm a oportunidade de realizar testes gratuitamente.
Além de ampliarem o acesso em regiões remotas, a agilidade e a praticidade dos TLRs têm atraído a atenção de inúmeros estabelecimentos de saúde como farmácias, clínicas, laboratórios e empresas de saúde ocupacional. Veja quais são os benefícios que esses testes podem trazer para diferentes segmentos.
Os TLRs já são uma realidade presente em farmácias e drogarias de todo Brasil. Por serem de baixo curso, fácil utilização e pouco invasivos são ideais para que os farmacêuticos possam prover o rastreamento em saúde.
Esses testes são vistos não somente como uma forma de vencer a concorrência acirrada do mercado farmacêutico, mas também como forma de complementar o rol de serviços farmacêuticos já oferecidos como revisão da farmacoterapia e acompanhamento farmacoterapêutico.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Abrafarma, mais de 96% dos farmacêuticos consideram a prática dos serviços clínicos um passo importante para o avanço da profissão, sendo que mais de 93% concordam que a prática pode atrair mais clientes para a loja e 89% entendem que pode ser lucrativo para as farmácias.
Uma outra pesquisa realizada pela mesma associação, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Farmacêuticos e Farmácias Comunitárias (SBFFC), revelou que grande parte dos farmacêuticos atuantes nas farmácias (94,2%) aprovam a realização de TLRs nas farmácias.
A realização de exames remotos não é aprovada somente pelos profissionais que os realizam. Pesquisas mostram que os exames laboratoriais também agradam os clientes.
De acordo com um estudo realizado pelo ICTQ, 40% dos entrevistados gostariam de realizar TLRs em farmácias e drogarias. A pesquisa qualitativa foi realizada com 2090 pessoas, com idade superior a 16 anos. As entrevistas foram feitas de forma pessoal e individual, com abordagem em pontos de fluxo populacional, em 120 municípios de todas as regiões do país.
Além de já estarem presentes em farmácias de todo o Brasil, os Testes Laboratoriais Remotos já fazem parte da rotina de outros estabelecimentos de saúde como laboratórios de análises clínicas e consultórios.
Gestores de laboratórios frequentemente buscam nesses testes a solução para otimizar a gestão de exames de urgência, ampliar o portfólio de exames oferecidos além de oferecer resultados mais rápidos para os clientes.
Fazer exames é parte da rotina de muitos ambulatórios de empresas e indústrias. Devido à sua agilidade e praticidade, os TLRs estão cada vez mais populares no mercado de saúde ocupacional e a procura por eles só aumenta.
A principal vantagem desses tipos de testes para o segmento de saúde ocupacional reside no fato de que, com eles, não há necessidade de levar a buscar amostras e papéis do laboratório físico o tempo todo. A coleta é feita na própria empresa. Assim, tanto a empresa quanto o cliente evitam custos com deslocamento.
Para minimizar os danos causados pela pandemia, empresas de diversos segmentos têm utilizado desta tecnologia para testar seus colaboradores em massa, isolando as pessoas possivelmente infectadas e evitando a disseminação da COVID-19 para outras pessoas.
O SESI-PR (empresa que oferece soluções em segurança, saúde e educação para a indústria), a GNSYS (empresa de gestão inteligente da saúde que combina inovação e inteligência de dados, para auxiliar empresas na atuação preventiva e no processo de tomada de decisão), a Loft (startup de compra e venda de imóveis residenciais) e a Bemol (empresa que possui e-commerce, lojas físicas de móveis e eletrodomésticos, farmácias e loterias) são apenas alguns exemplos de empresas que realizaram a testagem em massa dos colaboradores.
Como vimos, os TLRs fazem a diferença nos estabelecimentos de saúde. No entanto, antes de decidir pela marca é importante levar em consideração algumas questões:
Levando em consideração essas questões, você poderá oferecer ao seu paciente o melhor serviço disponível no mercado.
Felizmente já existe um serviço que preenche todos os requisitos acima: o Hilab.
O serviço conta com a inteligência artificial, IoT e profissionais de saúde para analisar o resultado e emitir um laudo em apenas 15 minutos.
Nas farmácias, clínicas, empresas ou laboratórios, o profissional da saúde do próprio estabelecimento realiza a coleta de sangue no dedo do paciente e oferece todas as orientações necessárias. As orientações acerca do significado dos resultados bem como informações relacionadas às indicações dos testes são abordadas durante o treinamento realizado pela equipe do Hilab.
A qualidade dos exames é garantida pelos controles de qualidade interno e externo, conforme prevê a resolução 302/2005 da Anvisa. O Hilab é certificado pela ISO 9001-2015, que assegura a qualidade dos processos internos, a estabilidade e a segurança nos resultados.
Também participamos do Ensaio de Proficiência Clínica da Controllab, que avalia o desempenho do laboratório por meio de comparação interlaboratorial. A principal característica deste programa é indicar a exatidão analítica do laboratório. Desta forma, nosso desempenho é periodicamente avaliado, garantindo a qualidade do nosso serviço.
Além disso, os profissionais de saúde do laboratório Hilab realizam todo o processo de qualidade laboratorial seguindo a RDC 302 da ANVISA, que dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos.
Atualmente, o Hilab disponibiliza mais de 17 exames como Beta hCG, Hemoglobina Glicada, Glicemia, Dengue, Zika, HIV, Sífilis, Hepatites, PSA e Influenza.
Seu estabelecimento de saúde também pode oferecer este serviço, acesse.
ICTQ – Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade. PESQUISA – DEMANDA DE EXAMES LABORATORIAIS EM FARMÁCIAS E DROGARIAS (2018). Disponível em: <https://www.ictq.com.br/pesquisa-do-ictq/793-pesquisa-demanda-de-exames-laboratoriais-em-farmacias-e-drogarias-2018>. Acesso em: 16 de janeiro de 2020.
Micheli é Bióloga. Acredita que transformar o conhecimento técnico em algo acessível é essencial para que as pessoas saibam como cuidar mais da própria saúde e vivam, assim, com mais qualidade de vida.
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