Micheli Pecharki | 26 jan 2022
Em todo o mundo, a população está envelhecendo. O aumento da longevidade humana é considerado, a nível mundial, um dos fenômenos mais importantes da atualidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que o número de idosos, com 60 anos ou mais, duplique até 2050 e mais do que triplique até 2100, passando de 962 milhões em 2017 para 2,1 mil milhões em 2050 e 3,1 mil milhões em 2100.
Embora a longevidade dependa de características individuais e não exista uma fórmula para todos seguirem, a ciência já mostrou que adotar ou abandonar determinados hábitos é essencial para viver mais e melhor. Confira as principais dicas e saiba como aplicá-las no seu dia a dia.
Adotar uma dieta saudável, rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes e verduras e pobre em alimentos ultraprocessados (bebidas açucaradas, salgadinhos e pratos congelados como nuggets) é importante para evitar doenças como o câncer, diabetes e doenças cardiovasculares.
Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Sorbonne, em Paris, na medida em que a proporção de alimentos ultraprocessados na dieta aumentasse 10%, a quantidade de câncer detectada aumentaria 12%. Portanto, fique longe deste tipo de alimento. Além disso, esses alimentos aumentam o risco cardiovascular e têm aditivos químicos com efeitos desconhecidos no nosso organismo, como conservantes, estabilizantes, corantes e aromatizantes.
Se você tem dificuldade em adotar uma alimentação saudável e não sabe por onde começar, uma dica interessante é consultar o Guia Alimentar para a População Brasileira. O documento apresenta as diretrizes alimentares oficiais para a nossa população. O guia, do Ministério da Saúde, apresenta um conjunto de informações e recomendações, que promovem a saúde de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade brasileira como um todo.
Quanto mais você se movimenta, maior a proteção contra o câncer e outras doenças comuns na velhice como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
A atividade física promove o equilíbrio hormonal, fortalece as defesas do organismo e reduz o tempo de trânsito gastrointestinal. Além disso, contribui para diminuição do estresse, um grande inimigo da longevidade.
A convivência social de qualidade pode influenciar na nossa longevidade. Cultivar amizades e manter uma vida social ativa é importante para ter uma vida mais saudável. Segundo estudos, a solidão é um grave problema para os idosos. O sentimento pode propiciar o declínio da saúde mental e está relacionado a quadros de depressão bem como consumo de substâncias ilícitas.
O tabagismo e a exposição passiva ao cigarro são importantes fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão, que é um dos mais comuns em homens e mulheres e também um dos mais agressivos. Entre fumantes, a mortalidade por este tipo de câncer é 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram.
De acordo com pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, o estresse crônico eleva o número de glóbulos brancos na circulação e, essas células de defesa, em excesso, podem ocasionar a formação de coágulos, que podem vir a obstruir a passagem do sangue para o tecido muscular cardíaco, causando o infarto.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 18 milhões de pessoas são vítimas das doenças cardiovasculares anualmente. Deste total, 85% são decorrentes de infartos do miocárdio e de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas com menos de 70 anos) por doenças crônicas não transmissíveis, 82% acontecem em países em desenvolvimento, com 37% ocorrendo devido a doenças cardiovasculares.
As vacinas foram uma das criações mais importantes da ciência para a longevidade dos indivíduos. Dificilmente você teria chegado até aqui sem as vacinas que tomou durante a sua vida. Caso você esteja em dúvida sobre quais vacinas você deve tomar, consulte a unidade de saúde mais próxima da sua casa ou acesse as orientações da Sociedade Brasileira de Imunizações.
Manter os exames laboratoriais em dia é essencial para a saúde. As recomendações variam de acordo com a faixa etária do paciente, o gênero e com a existência de gestação. No entanto, alguns devem ser realizados com mais frequência. É o caso de exames como glicemia ou hemoglobina glicada (importantes para o diagnóstico de diabetes), perfil lipídico – o famoso exame de colesterol e triglicerídeos, além dos exames para Infecções Sexualmente Transmissíveis, como HIV, sífilis e hepatites. Para fazer estes exames você pode solicitar uma guia em uma consulta com o seu médico, ou realizar testes laboratoriais remotos em farmácias, laboratórios e drogarias, sem a necessidade de uma guia.
Estes exames são importantes para avaliar a existência de condições que interferem na longevidade do indivíduo, caso não sejam tratadas.
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Centro Regional de Informação das Nações Unidas. Envelhecimento. Disponível em: <https://unric.org/pt/envelhecimento/>. Acesso em: 21 de janeiro de 2022.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Tabagismo. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/tabagismo>. Acesso em: 21 de janeiro de 2022.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. – Rio de Janeiro: INCA, 2017. 128 p.
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Micheli é Bióloga. Acredita que transformar o conhecimento técnico em algo acessível é essencial para que as pessoas saibam como cuidar mais da própria saúde e vivam, assim, com mais qualidade de vida.
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