Micheli Pecharki | 11 mar 2021
O Dia Mundial do Rim é comemorado toda segunda quinta-feira do mês de março. Essa data foi criada pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) e a Federação Internacional de Fundações do Rim (IFKF) com o intuito de conscientizar a população sobre a saúde deste órgão.
Em 2021, a data será comemorada no dia 11/03 e terá o tema “Vivendo bem com a doença renal”. O objetivo é orientar os pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) quanto aos seus sintomas, para que possam ter mais qualidade de vida.
No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a DRC já atinge um a cada 10 adultos e estimativas indicam que este número está aumentando. Hoje no Brasil, 133 mil pessoas dependem de diálise, sendo que, nos últimos 10 anos, houve um crescimento de 100%. Por ano, mais de 20 mil pacientes entram em hemodiálise, com taxa anual de mortalidade de 15%.
A detecção precoce é essencial para que a DRC seja prevenida. Normalmente, essa condição é silenciosa até chegar aos estágios mais avançados. A maioria dos pacientes somente procura atendimento quando apresenta uma ou mais complicações da doença ou comorbidades.
O diagnóstico da condição é realizado por meio de exames laboratoriais que detectam biomarcadores importantes para a função renal.
Alguns dos biomarcadores utilizados na área de nefrologia são a ureia, a creatinina e o ácido úrico. Saiba mais sobre cada um deles:
Derivada principalmente do metabolismo da creatina muscular. Esse resíduo é produzido pela quebra da creatina fosfato. Sua produção é diretamente proporcional à massa muscular. A creatinina é filtrada pelos rins e excretada pela urina. O aumento desse resíduo é um importante indício de que há algo errado com os rins, uma vez que, quando os rins não estão funcionando adequadamente, a filtração de creatinina é comprometida, fazendo com que boa parte da creatinina não seja excretada, o que eleva a sua concentração no sangue. Sendo assim, quanto mais alto o nível de creatinina no sangue, mais grave o caso de insuficiência renal. Por este motivo, a Sociedade Brasileira de Nefrologia recomenda a dosagem periódica de creatinina.
A ureia é utilizada, assim como a creatinina, como um biomarcador renal clássico, apesar de não ser um composto específico e sofrer alterações em seus valores. A ureia é o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de proteínas pelo organismo. 90% deste analito é excretado pelos rins, o restante é eliminado pelo trato gastrointestinal e pela pele. A determinação da razão ureia:creatinina séricas constitui a principal utilidade clínica deste analito. Essa relação é útil quando é necessário avaliar pacientes que apresentam quedas abruptas da taxa de filtração glomerular (TFG), que pode apresentar-se alterada em diferentes estados patológicos.
O ácido úrico é o produto final do metabolismo da purina em seres humanos. A purina pode ser gerada a partir de fontes endógenas, pela síntese de novo e degradação de ácidos nucléicos, ou de exógenas, a partir da ingestão de purina da dieta. Normalmente o ácido úrico é excretado pela urina, porém, níveis elevados dessa substância (hiperuricemia) podem estar relacionados a patologias como a gota, doença que causa dores intensas e é caracterizada pela deposição de cristais de uratos nas articulações e em alguns órgãos como os rins.
Os três marcadores podem ser avaliados por meio de um único Teste Laboratorial Remoto, o Exame de Função Renal da Hilab.
O Teste Laboratorial Remoto de Função Renal Hilab é um imunoensaio colorimétrico que avalia os níveis de ureia, creatinina e ácido úrico em amostras de sangue. Para realizar o exame, basta fazer um cadastro rápido do paciente e coletar algumas gotas de sangue da ponta do dedo.
A amostra é colocada em uma cápsula e enviada via internet para o laboratório de análises clínicas da Hilab, onde profissionais da saúde emitem e assinam o laudo. O resultado também é avaliado por uma inteligência artificial, criada pela própria empresa, o que aumenta ainda mais a confiabilidade do resultado enviado até o paciente, que recebe o laudo assinado, pronto para levar ao médico, em até 30 minutos.
Todo indivíduo que se encontra no grupo de risco para desenvolver a doença renal crônica deve realizar o exame periodicamente. Segundo a literatura, pacientes que apresentam hipertensão arterial, diabetes mellitus ou história familiar para doença renal crônica são os que têm maior probabilidade de desenvolver essa condição. O diabetes mellitus, por exemplo, é a causa mais frequente de doença renal crônica no mundo e já é a segunda etiologia mais comum entre os pacientes em diálise no Brasil.
O diagnóstico da DRC, principalmente nos seus estágios iniciais, quando ela é assintomática – na maioria dos casos – é essencial para redução de custos associados ao cuidado em saúde, além de trazer mais qualidade de vida e longevidade para a população.
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LUGON, Jocemir R. Doença Renal Crônica no Brasil: um problema de saúde pública. Braz. J. Nephrol., v. 31, n. 1 suppl. 1, p. 2-5, fev. 2009. Disponível em: <https://bjnephrology.org/wp-content/uploads/2019/11/jbn_v31n1s1a02.pdf>.
Senado. Doença renal crônica é epidêmica, diz Sociedade Brasileira de Nefrologia. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/03/12/doenca-renal-cronica-e-epidemica-diz-sociedade-brasileira-de-nefrologia>. Acesso em: 09 de março de 2021.
Sociedade Brasileira de Nefrologia. Ebook: Biomarcadores na Nefrologia. Disponível em: <https://arquivos.sbn.org.br/pdf/biomarcadores.pdf>. Acesso em: 09 de março de 2021.
Sociedade Brasileira de Nefrologia. Creatinina. Disponível em: <https://www.sbn.org.br/noticias/single/news/creatinina/>. Acesso em: 10 de março de 2021.
Micheli é Bióloga. Acredita que transformar o conhecimento técnico em algo acessível é essencial para que as pessoas saibam como cuidar mais da própria saúde e vivam, assim, com mais qualidade de vida.
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