Sequelas da COVID-19: quais são as principais e o que fazer?

Hilab | 20 jul 2021

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil conta com mais de 17 milhões de pessoas recuperadas da infecção pelo novo coronavírus. No entanto, embora elas não façam parte da trágica marca de 537 mil mortos, muitas precisam aprender a conviver com as sequelas da Covid-19.  E não é raro: segundo a pesquisadora e pneumologista Margareth Dalcomo, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), 80% dos infectados precisam conviver com algum rastro deixado pela doença.

Os relatos são inúmeros e variados: cansaço, fraqueza muscular, enxaqueca, dificuldade de respiração, trombose, perda de olfato e paladar e mais. O problema maior tem sido identificar os sintomas e também relacioná-los à Covid-19, uma vez que a doença pode se manifestar de forma branda em alguns casos. Por isso, muitos pacientes que se queixam de alguma alteração na saúde sequer sabem que foram contaminados.

Quer entender melhor sobre as sequelas da Covid-19 e como detectar e tratar esses sintomas? Então confira o artigo que a Hilab preparou para você e fique atento!

“Tempestade inflamatória”: conheça o fenômeno

A infecção pelo vírus SARS-CoV-2, o novo coronavírus, pode levar a uma resposta exagerada do sistema imunológico, denominada “tempestade de citocinas” ou “tempestade inflamatória”. As evoluções graves da Covid-19 estão relacionadas a este fenômeno. Mas como isso acontece? 

Quando falamos de inflamação, remetemos o termo a algo negativo ao organismo, mas não é bem assim. Na verdade, a resposta inflamatória é um mecanismo natural do nosso corpo, que tem a função de auxiliar no combate aos agentes infecciosos, como o coronavírus.

Quando as células de defesa do organismo detectam a presença do vírus, elas sinalizam para o resto do corpo o acontecido e estimulam a produção de proteínas específicas, as chamadas citocinas. Estas citocinas possuem diversas funções, dentre elas a geração da resposta imunológica e recrutamento das células imunológicas, importantes no combate ao vírus.

Estas citocinas podem ser basicamente classificadas como pró-inflamatórias e antiinflamatórias, ou seja, podem promover a inflamação ou atuar como um “freio” nesse processo, impedindo uma resposta exagerada. E é justamente esse balanço entre as citocinas que mantém o funcionamento do organismo em equilíbrio.

O grande problema é quando há um desequilíbrio na resposta do organismo e há excesso de produção de citocinas – e mais células imunológicas são recrutadas. Quando isso acontece, parte delas acaba promovendo um combate ao próprio organismo em vez de combater o agente invasor. O resultado? Um ciclo vicioso que eleva a quantidade de citocinas cada vez mais e desencadeia, por fim, a tempestade inflamatória.

Importante ressaltar que as citocinas podem causar manifestações em diferentes órgãos e gerar complicações, como obstrução do fluxo sanguíneo nos vasos ou mesmo hemorragias internas. Para detectar o aumento no número de citocinas, o ideal é fazer um exame de sangue em um laboratório de análises clínicas.

Quais as principais sequelas da Covid-19?

As sequelas da Covid-19 podem ser inúmeras – o que também dificulta as pesquisas e a divulgação de dados. Isso porque nem sempre médicos e pacientes associam as queixas à infecção pelo coronavírus. Veja abaixo quais são as consequências mais comuns nos estados de pós-Covid.

Perda do paladar e olfato

Um dos sintomas mais característicos da infecção pelo novo coronavírus é a perda do olfato e do paladar. Diferentemente de outros vírus respiratórios que acometem os neurônios, na Covid-19 ocorre uma inflamação local no epitélio olfatório que prejudica a chegada dos odores para o órgão responsável pela percepção da maioria dos cheiros e gostos.

Apesar de 90% dos pacientes com perda de olfato pela Covid-19 apresentarem recuperação parcial ou total da capacidade de sentir cheiros e gostos após um mês da doença, 10% persistem com perda total desses sentidos. Em alguns casos, o quadro pode ser irreversível. 

O impacto na qualidade de vida do paciente com anosmia (perda total da capacidade de sentir cheiro) é grande. Pode, inclusive, levar o paciente a quadros depressivos. 

Fadiga

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (UEL) ouviu pacientes que foram infectados pelo novo coronavírus nos seis meses anteriores. De acordo com o estudo, a fadiga e o cansaço são as queixas mais comuns: dos 1800 pacientes, 25% afirmaram sentir menos energia e disposição. As pessoas afetadas passam a ter dificuldade para realizar tarefas cotidianas, andar, trabalhar ou mesmo trocar de roupa, em casos mais graves.

A fadiga, por outro lado, pode ser uma resposta persistente do corpo humano ao vírus mesmo quando a infecção já ficou para trás. No caso de uma pneumonia, esse forte cansaço pode durar até seis meses. 

Alguns casos, ainda, podem evoluir para a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), condição em que o cansaço é tão grande que pode desencadear outros incômodos. A doença é caracterizada por mal-estar pós-esforço, sono não reparador, dor generalizada, sensibilidade à luz e ao som, além de outros sintomas, como linfonodos sensíveis, dores de cabeça e problemas gastrointestinais. 

Falta de ar

A falta de ar também afeta 1 em cada 4 pacientes que foram infectados pelo novo coronavírus. Ela costuma ocorrer quando os pulmões estão lutando contra a invasão do coronavírus, mas pode estar ligada também a fatores cardiovasculares, emocionais, neuromusculares e sociais, entre outros.

Além do incômodo, a falta de ar pode ser perigosa. Casos mais críticos podem evoluir para fibrose pulmonar (substituição do tecido pulmonar normal por um cicatricial) ou uma bronquiolite obliterante (doença pulmonar crônica em que as células não conseguem se recuperar após uma inflamação ou infecção).

Isso acontece porque as células dos alvéolos, quando infectadas pelo coronavírus, sofrem alterações que levam à sua morte. Esse processo nos leva a uma inflamação ou edema pulmonar que quebram o ciclo de trocas gasosas, que desemboca na falta de ar. É essa falta de ar que pode ocasionar a fadiga, citada anteriormente.

Dor de cabeça

Os sintomas das dores de cabeça pós-Covid são relativamente parecidos com os que podem ser notados em pacientes que têm enxaqueca crônica ou outras dores de cabeça comuns. Desta forma, a cefaleia em indivíduos com Covid-19 costuma estar acompanhada de enjoos, náuseas e sensibilidade à luz ou barulho, assim como acontece com os pacientes que têm enxaquecas recorrentes.

De acordo com estudos realizados pela Unicamp (Universidade de Campinas), a cefaleia acontece por conta dos efeitos do novo coronavírus no sistema nervoso, o que desencadeia complicações neurológicas.

A Covid-19 pode deixar consequências em diversas partes do organismo como pulmão, coração, vasos sanguíneos e rins. Como se trata de uma doença nova, não se sabe ao certo por quanto tempo esses efeitos podem permanecer.

Outras sequelas da COVID-19: dificuldades cognitivas

Um levantamento inédito feito pelo Instituto do Coração (InCor) com recuperados de COVID-19 descobriu que 80% dos participantes da pesquisa tiveram sequelas cognitivas, como dificuldade de concentração ou atenção, perda de memória e diminuição da coordenação motora.

Além de confusão mental, dificuldade de concentração ou atenção, perda de memória, problemas de compreensão ou entendimento e mudanças comportamentais e emocionais, o estudo também detectou diminuição na capacidade visuoperceptiva – o que faz com que o paciente perca a coordenação motora e corra risco de quedas.

Além das sequelas citadas acima, os pacientes ainda podem passar por episódios de trombose, queda de cabelo, depressão, ansiedade e fraqueza muscular.

Síndrome pós-covid: saiba orientar seu paciente

As sequelas da Covid-19 têm desafiado profissionais das diversas áreas da saúde. Por isso, cada vez mais o atendimento multidisciplinar é necessário para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A depender dos sintomas, uma única pessoa pode precisar de auxílio de fisioterapeuta, neurologista, pneumologista, psiquiatra e psicólogo, por exemplo.

Na hora de ouvir o paciente, portanto, é preciso ser respeitoso com as queixas. Um cansaço pode ser mais do que isso e ter evoluído para a SFC, por exemplo. O ideal é requisitar exames de sangue, avaliar os sintomas do paciente e encaminhá-los para tratamentos com especialistas.

Pacientes que apresentam algumas das sequelas acima, mas nunca fizeram a testagem do novo coronavírus também podem realizar TLRs (Testes Laboratoriais Remotos) para atestar se houve ou não a infecção.

Sobre a Hilab

A Hilab trabalha com Testes Laboratoriais Remotos (TLRs) para o início, durante e depois da infecção por coronavírus. Os exames não usam seringa na coleta e o laudo assinado por um profissional de saúde fica disponível em poucos minutos. Veja abaixo os três testes de Covid-19 que disponibilizamos.

Teste de antígeno

O exame de antígeno possui alta correlação com o período de maior transmissibilidade da doença. Ideal para identificar transmissores, inclusive assintomáticos. Indicado do 5º ao 12º dia após a exposição ou do 1º ao 7º dia após o início dos sintomas. Além disso, o exame é indicado para a estratégia de rastreamento de contatos, fundamental no combate à pandemia. Com ela, é possível interromper a cadeia de transmissão por meio da testagem rápida e isolamento de infectados.

A testagem pode ser realizada em farmácias, escolas, empresas, eventos, consultórios, clínicas e laboratórios e é indicada para a fase inicial da infecção. O resultado do exame de antígeno Hilab sai em apenas 25 minutos.

Coleta com swab para teste rápido de antígeno

Coleta com swab para Teste Laboratorial Remoto de antígeno.

Teste de PCR-LAMP

O exame RT-LAMP detecta o RNA do SARS-CoV-2. Análogo ao RT-PCR (apresenta altos níveis de sensibilidade e especificidade), no entanto o ensaio mais ágil que não requer insumos e equipamentos de alto custo. Indicado do 3º ao 15º dia após a exposição ou do 1º ao 10º dia após o início dos sintomas. Ideal para identificar infecção recente. A testagem deve ser feita em laboratórios, clínicas e consultórios e é indicada para a fase inicial da infecção. O resultado é obtido em apenas uma hora. 

Teste de anticorpos IgM e IgG

Ensaio qualitativo que identifica a presença dos anticorpos que são produzidos pelo organismo para combater a infecção. Ideal para identificar quem já teve contato com o vírus. Esse exame é feito com apenas a coleta de algumas gotas de sangue da ponta do dedo. A testagem pode ser feita em farmácias, escolas, empresas, eventos, consultórios, clínicas e laboratórios. Ideal para a fase final da infecção.

 

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Somos especialistas em Point-of-Care Testing. Criamos dispositivos para exames PoCT, realizados com apenas algumas gotas de sangue e resultados entregues em poucos minutos. Nosso propósito é democratizar o acesso à saúde.

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