Hilab | 05 jan 2022
O verão é o período de maior risco de transmissão da febre amarela, uma doença infecciosa febril aguda, transmitida por mosquitos. A doença é de alta letalidade, ou seja, tem altas chances de levar à óbito.
A maioria das pessoas sabe que a vacinação é uma das medidas mais importantes para prevenir e controlar a doença. No entanto, nem todos sabem quem pode receber a vacina, com que frequência ela deve ser tomada e quais são as reações adversas.
Acompanhe o post a seguir e tire todas as dúvidas sobre a vacina da febre amarela.
A vacina é disponibilizada gratuitamente em postos de saúde. Se você já foi vacinado, não há necessidade de tomar a vacina novamente.
Desde 2017, o Ministério da Saúde segue a orientação da Organização Mundial da Saúde e recomenda apenas uma dose da vacina por toda a vida.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é recomendada em grande parte do território brasileiro.
Para saber se você deve tomá-la, basta procurar a unidade de saúde mais próxima. Você pode também baixar o Conecte SUS Cidadão, um aplicativo oficial do Ministério da Saúde, onde é possível visualizar seu histórico de vacinas.
Todas as pessoas que moram em áreas recomendadas para a vacina devem buscá-la, principalmente neste período, onde o risco de transmissão é maior.
Crianças a partir de nove meses e adultos até 59 anos podem se vacinar.
No entanto, pessoas com mais de 60 anos devem se vacinar somente se residirem em regiões de transmissão da febre amarela ou forem viajar para áreas de transmissão da doença. Deve-se avaliar o risco de efeitos adversos.
Em geral, a vacina não é recomendada para gestantes e mães que estão amamentando crianças menores de 6 meses.
Grávidas e mulheres amamentando devem ser vacinadas de acordo com o risco de contrair a doença, ou seja, se residirem em locais próximos onde ocorreu a confirmação de circulação do vírus ou se irão viajar para áreas de risco. Mesmo assim, os riscos e benefícios devem ser discutidos, uma vez que a vacina é feita com o vírus atenuado, que pode ser transmitido ao bebê através da placenta e da amamentação.
O aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias após a vacinação. Mulheres que estão amamentando também devem procurar um serviço de saúde para orientação e acompanhamento.
Pessoas que têm HIV podem se vacinar desde que não apresentem imunodeficiência grave. Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável.
Como vimos, gestantes devem ser avaliadas de acordo com o risco de contrair a doença, dependendo da área em que moram ou para a qual irão viajar.
Você deve tomar a vacina apenas se for viajar para áreas com indício de febre amarela. A vacina deve ser administrada no mínimo 10 dias antes do deslocamento para a área de risco.
Se você não pode tomar a vacina, o recomendável é evitar áreas de mata em regiões onde a doença está presente. Também é importante usar repelentes, calças compridas, colocar telas em janelas e evitar perfume em áreas de mata.
A vacina pode ser tomada em unidades básicas de saúde. Procure a unidade mais próxima à sua casa.
Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua residência para fazer um novo cartão. Você poderá se vacinar normalmente, no entanto, é importante guardar o seu cartão com cuidado, pois nele seu histórico de vacinação está registrado.
A vacina pode causar febre, dor local, dor de cabeça e dor no corpo.
A vacinação é essencial para deixar a população protegida contra doenças. Independente da sua idade e se há ou não campanha de vacinação, você deve procurar a unidade de saúde mais próxima para verificar se está com todas as vacinas em dia. A febre amarela é uma doença de alta letalidade.
Os sintomas iniciais aparecem 3 a 6 dias após a pessoa ter sido infectada e incluem febre de início súbito, dores nas costas, náuseas e vômitos, fadiga, fraqueza e dores no corpo.
Grande parte das pessoas apresenta melhora após os sintomas iniciais, no entanto, cerca de 15% apresenta um período de horas sem sintomas e depois desenvolve a forma grave da doença. Por isso, é importante procurar uma unidade de saúde e ficar atento.
Os sintomas da forma grave incluem febre alta, hemorragia e icterícia (pele amarelada). A pessoa também pode desenvolver choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a forma grave podem morrer.
Se você identificou alguns destes sintomas, independente de serem graves ou não, procure a unidade de saúde mais próxima. Informe se você fez qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, se você já tomou a vacina contra a febre amarela (também é importante informar a data) e se você observou macacos mortos próximos aos locais onde você esteve (acione o centro de zoonoses do seu município).
O tratamento é sintomático. Medicamentos como AAS (Aspirina) devem ser evitados, uma vez que podem favorecer o aparecimento de hemorragias.
O paciente deve permanecer hospitalizado, em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas quando indicado. Nas formas graves da doença, o paciente deve ser atendido na UTI.
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Brasil. Ministério da Saúde. Orientações sobre vacinação. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/orientacoes-sobre-vacinacao>. Acesso em: 26 de novembro de 2018.
Brasil. Ministério da Saúde. Febre Amarela: causas, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao>. Acesso em: 26 de novembro de 2018.
Brasil. Ministério da Saúde. Vacinação febre amarela. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/artigos/920-saude-de-a-a-z/febre-amarela/10771-vacinacao-febre-amarela>. Acesso em: 26 de novembro de 2018.
Medscape. Debate sobre segunda dose da vacina de febre amarela volta à tona. Disponível em: <https://portugues.medscape.com/verartigo/6504051?src=mkm_ptmkt_191012_mscmrk_ptexcnws_nl&uac=329291MK&impID=2126497&faf=1> . Acesso em: 14 de outubro de 2019.
saude.mg.gov.br. Tire suas dúvidas. Disponível em: <http://www.saude.mg.gov.br/duvidasfebreamarela>. Acesso em: 26 de novembro de 2018.
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