Hilab | 11 mar 2021
Os exames laboratoriais podem auxiliar na confirmação de diagnósticos e até mesmo monitorar a progressão de doenças e a eficiência de tratamentos.
Mas você já deve ter ouvido a história de alguém que testou negativo e depois descobriu que estava doente, não é mesmo?
Algumas vezes os testes podem sim apresentar resultados errôneos, como falsos positivos – quando o paciente não tem a doença mas o teste acusa que tem – e falsos negativos – quando o paciente tem a doença mas o resultado acusa que não tem.
Saiba mais sobre os falsos negativos no texto a seguir!
O resultado é considerado falso negativo quando o teste se mostra negativo, porém o paciente tem a doença.
Alguns fatores que podem gerar falsos negativos são coleta incorreta, degradação da amostra e realização do teste em momento inadequado.
Leia abaixo para saber mais:
Um exemplo desse interferente é a coleta de swab de nariz e garganta para detecção do coronavírus. Por ser um procedimento invasivo e um pouco incômodo, o swab (o famoso “cotonete”) pode acabar não coletando nenhuma partícula viral. Dessa forma, o vírus não será detectado no exame, mesmo que a pessoa esteja infectada.
É possível que durante o transporte da amostra para o laboratório, o microrganismo ou a substância que será analisada sejam degradados por condições externas, como por exemplo altas temperaturas ou armazenamento em recipiente inadequado.
Muitos exames detectam substâncias cuja concentração varia com o decorrer da doença ou da condição que está sendo investigada.
Um exemplo é o exame de gravidez, que detecta o hormônio Beta-hCG. No início da gravidez, a quantidade desse hormônio é tão baixa que os testes laboratoriais não conseguem detectá-lo. Por isso, se o exame é feito em menos de duas semanas após a fecundação, o resultado provavelmente será negativo.
Outros exemplos são os exames para detecção de material genético do coronavírus, como a PCR e o LAMP. Caso eles sejam realizados algumas semanas após a infecção, o resultado será negativo pois a carga viral diminui gradativamente ao longo dos dias. Por este motivo, estes testes devem ser feitos nos primeiros dias de infecção, e o inverso ocorre com os exames sorológicos.
Além disso, características próprias de cada teste também influenciam na geração de resultados falsos negativos, principalmente a sensibilidade do método. Entenda melhor:
Com todos estes fatores envolvidos, você pode estar se perguntando se os exames laboratoriais são realmente confiáveis, não é?
Atualmente a maioria dos testes são desenvolvidos sob rigorosos processos de qualidade e validação para diminuir o máximo possível as chances de resultados falsos negativos e falsos positivos.
Além disso, a maior parte dos problemas nos resultados é decorrente de erros na fase pré-analítica (cerca de 70%!). Essa fase abrange as etapas de preparação do paciente e coleta da amostra, armazenamento e transporte da mesma. Por isso, é sempre bom perguntar ao médico ou ao laboratório se é necessário algum procedimento especial antes da coleta, como estar em jejum ou pausar alguma medicação antes da sua coleta.
E ainda, vale ressaltar: os exames laboratoriais são ferramentas importantíssimas, mas sozinhos não oferecem um diagnóstico definitivo. É necessário que, junto aos resultados, seu médico analise seu exame físico, histórico familiar e fatores de risco para chegar à interpretação correta, e assim decidir a conduta mais adequada para a sua situação.
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