Hilab | 27 jan 2020
Você sabia que existem condições especiais que podem aumentar o risco de evolução desfavorável da dengue? Uma destas condições é o diabetes mellitus.
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações e a Sociedade Brasileira de Diabetes, as infecções que acometem as pessoas vivendo com diabetes costumam ter apresentação clínica semelhante à da população em geral. No entanto, muitas vezes, apresentam maior gravidade e mortalidade.
Isso porque a elevação da glicemia (hiperglicemia) pode comprometer o sistema imunológico, deixando o organismo mais suscetível à doenças infecciosas e dificultando o combate a elas.
Dentre todas as infecções que podem atingir a população, a dengue está entre as mais comuns nesta época do ano. Por isso, é importante que todas as pessoas que vivem com diabetes estejam atentas à doença.
Acompanhe o artigo a seguir e tire todas as suas dúvidas sobre a dengue.
A dengue é uma infecção causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Existem 4 sorotipos do vírus da dengue: DENV-1, o DENV-2, o DENV-3 e o DENV-4, todos circulantes no Brasil.
Uma primeira infecção pela dengue pode ocorrer de três maneiras: assintomática (sem sintomas); doença febril leve, não específica; ou o clássico complexo sintomático da dengue.
Após uma primeira infecção, as subsequentes tendem a ser piores e possuem maior chance de evolução para a forma grave da doença (conhecida como dengue hemorrágica).
A primeira manifestação da dengue é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC) de início abrupto.
Associada à febre, surgem outros sintomas: dor de cabeça, fraqueza, dores nos músculos e articulações, dor ao movimentar os olhos, com presença ou não de manchas avermelhadas na pele e/ou coceira.
Anorexia, náuseas, vômitos e diarréia podem ser observados por 2 a 6 dias.
As complicações ocorrem, geralmente, quando a pessoa é exposta a um segundo sorotipo do vírus, o que pode levar à dengue severa, anteriormente chamada de dengue hemorrágica.
Apesar de os sorotipos 2 e 3 serem considerados os mais agressivos, qualquer reinfecção por dengue pode acarretar um quadro mais grave.
O diagnóstico da dengue deve ser feito por um médico. Por isso, na presença de sinais e sintomas compatíveis com a doença, não deixe de procurar atendimento o quanto antes.
Sim. A vacina é composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus da dengue. É indicada para pessoas de 9 a 45 anos de idade.
A eficácia na prevenção da dengue é de 65,5%; na prevenção de dengue grave e hemorrágica é de 93% e de internação é de mais de 80%.
No entanto, nem todas as pessoas podem tomá-la. Além da restrição em relação à idade, ela é indicada somente para pessoas que já tiveram dengue alguma vez na vida.
Se você deseja tomar a vacina da dengue, é necessário fazer um exame de dengue IgG e IgM. Assim, você saberá se é soropositivo para a dengue.
Após a realização do exame de dengue IgG e IgM, serão 4 os possíveis resultados:
Tome a vacina contra a dengue assim que o IgM for não reagente.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016. 58 p. : il.
Sociedade Brasileira de Diabetes. Sociedade Brasileira de Imunizações. Diabetes. Guia de Imunização SBIm/SBD. 2019-2020. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/guias/guia-diabetes-sbim-sbd-2019-2020.pdf>. Acesso em: 27 de dezembro de 2019.
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