Exame de HBsAg: detecte a infecção pelo vírus causador da Hepatite B


Entenda como funciona e por que fazer o exame imunocromatográfico que avalia se o indivíduo está infectado pelo vírus que causa a Hepatite B (HBV).

Hepatite B: desafios de uma doença silenciosa

As hepatites virais agudas são assintomáticas na maioria dos casos. Os indivíduos sintomáticos geralmente apresentam fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, anorexia e icterícia. A hepatite crônica, em geral, cursa de forma assintomática. Os sintomas aparecem quando a doença está em estágio avançado, com relato de fadiga, ou ainda cirrose.

  • A Hepatite B é a segunda maior causa de óbitos entre as hepatites virais no Brasil1;
  • No Brasil, 74.864 óbitos relacionados às hepatites virais foram registrados de 2000 a 2018. Desses, 21,3% tiveram a Hepatite B como causa básica2;
  • No mundo, segundo a OMS, a maior parte das pessoas infectadas pelos vírus que causam hepatites virais não estão diagnosticadas (apenas 9% no caso da Hepatite B)3.
Exame Hepatite B

Como funciona o exame HBsAg Hilab?

O exame de HBsAg Hilab é um Point-of-Care para a detecção qualitativa do antígeno do vírus da Hepatite B em amostras de sangue coletadas na ponta do dedo, um método rápido e indolor.

O resultado de uma reação química da amostra é digitalizado e verificado por nossa inteligência artificial, antes de ser analisado por um profissional de saúde. O laudo é enviado por e-mail e SMS.*

O exame é importante para detectar se o indivíduo está infectado pelo vírus que causa a Hepatite B (HBV), uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) assintomática na maior parte dos casos, mas que pode levar à cirrose e ao câncer no fígado.

*Verificar disponibilidade em farmácias e consultórios isolados.

Quem deve realizar o exame de HBsAg?

O exame é indicado principalmente para pessoas que nunca realizaram o teste ou que fizeram procedimentos odontológicos, de manicure ou pedicure em locais que não obedecem às normas de biossegurança. Também é indicado para pessoas com vida sexual ativa e gestantes.

Exame Hepatite B



Informações Técnicas

Analitos detectados: Antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBsAg).
Método: Imunocromatografia.
Tipo de Amostra: Sangue total.
Tempo total até a liberação do laudo: 25 minutos.
Especificidade: >99%
Sensibilidade: >99%

Orientações para antes de fazer o exame

Para realizar o exame HBsAg Hilab é necessário levar um documento oficial com foto.

  • Não é necessário estar em jejum;
  • Menores de 14 anos não poderão realizar o exame HBsAg com o Hilab. Neste caso, o paciente deverá procurar a Unidade de Saúde mais próxima;
  • Pessoas entre 14 e 17 anos poderão realizar o exame, desde que informem o nome e o contato do responsável legal.

Como interpretar o resultado do exame de HBsAg?

Não reagente

Não reagente

Indica a ausência do antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBsAg).É necessário continuar com as medidas preventivas. Caso a suspeita de infecção pelo HBV persista, um novo exame deverá ser realizado após 30 dias.

Reagente

Reagente

Indica a presença do antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBsAg). É necessário levar o resultado ao médico. O diagnóstico da infecção pelo HBV deverá ser confirmado com a realização de um teste molecular.

Atenção: este exame não substitui um diagnóstico médico e o laudo deve ser levado para avaliação.

Perguntas frequentes sobre Hepatite B

A hepatite é um grave problema de saúde no Brasil e também em todo o mundo. As hepatites virais são classificadas por letras: A, B, C, D e E. As hepatites B e C, juntamente com a hepatite A, são as mais comuns no Brasil.

A hepatite B é uma doença causada pelo vírus B (HBV). É uma doença infecciosa, considerada uma IST (infecção sexualmente transmissível). Em pessoas adultas infectadas com o vírus, 90 a 95% se curam e 5 a 10% permanecem com o HVB por mais de 6 meses, evoluindo para a forma crônica da doença.

A maioria dos casos de Hepatite B não apresenta sintomas. Os mais comuns costumam aparecer de um a seis meses após a infecção. O período inicial da infecção corresponde à fase aguda da doença. Os sintomas tendem a desaparecer espontaneamente até 6 meses após seu início. Caso o vírus persista no organismo, a doença pode evoluir para a forma crônica, que é assintomática até que evolua para cirrose. Os sintomas da fase aguda incluem:

  • Cansaço;
  • Tontura;
  • Enjoo e/ou vômitos;
  • Febre;
  • Dor abdominal;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Urina escura e fezes claras.

  • Relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada;
  • Da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação;
  • Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);
  • Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam);
  • Compartilhamento de materiais utilizados para confecção de tatuagem e colocação de piercings não esterilizados;
  • Transfusão de sangue contaminado.

É possível evitar a infecção por meio da vacinação. A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação da criança. Além disso, ela está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as pessoas, independentemente de idade e/ou condições de vulnerabilidade.

Outras formas de prevenir a infecção incluem: usar preservativo; não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure; não compartilhar agulhas e seringas; não reutilizar material para confecção de tatuagem e colocação de piercings; acompanhamento pré-natal da gestante.

Referências bibliográficas

1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 121 p.

2 Ministério da Saúde. Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. Número Especial, jul. 2020.

3 Global Hepatitis Report 2017. Geneva: World Health Organization; 2017.