Hilab | 06 maio 2021
Embora hoje muito se fale sobre o direito universal à saúde, a sociedade ainda não tem um entendimento completo sobre o que é saúde pública. O conceito é bastante amplo e envolve uma série de fatores sociais e econômicos, mas, em resumo, diz respeito ao direito básico à saúde para todos os cidadãos, independentemente de classe social.
O entendimento desta condição básica para a vida se deu com o aumento da população das cidades e a preocupação com taxas de mortalidade e epidemias. O estado, então, passou a querer garantir o direito à vida das pessoas, mas a história é muito mais cheia de detalhes do que parece.
Atualmente, com a pandemia do novo coronavírus, inclusive, muito se tem falado sobre o que é saúde pública, qual o papel dos governos e de que forma garantir que todas as pessoas possam ter acesso ao tratamento contra a Covid-19 e aos leitos nos hospitais públicos.
Você quer saber melhor sobre saúde pública, entender como ela funciona no Brasil e como a institucionalização da saúde surgiu? Então continue a leitura e aprenda um pouco mais com o Hilab!
A ideia de saúde como bem público surgiu na Europa, entre os séculos 17 e 18, e se deu por conta do aumento das cidades e da necessidade de organizar os espaços para que a população tivesse qualidade de vida. A preocupação com epidemias e questões como taxas de natalidade e mortalidade também foram bastante importantes para que a saúde começasse a ser vista como um direito de todos.
No Brasil, por outro lado, a saúde como bem coletivo teve visibilidade somente na República Velha. Surgiu ao mesmo tempo que a ideia de se sanear os espaços e as cidades com maior concentração de pessoas que dominavam a economia cafeeira. Foi também quando se iniciaram as campanhas de vacinação obrigatória contra a varíola e quando se pensava em erradicar a febre amarela.
Ainda assim, o SUS (Sistema Único de Saúde) existe há menos de 40 anos, já que até antes deste período as famílias mais carentes precisavam recorrer a serviços de saúde bastante precários, o que comumente resultava em diagnósticos falhos, tratamentos desnecessários e morte.
Tudo isso culminou na criação de um modelo de Seguridade Social e de Previdência Privada do trabalhador. Desta forma, a Constituição Brasileira, de 1988, passou a ver a saúde como um direito de todas as pessoas – de todas as classes sociais.
Nos dias de hoje, no Brasil, Saúde Pública é o nome dado às práticas e medidas de responsabilidade do Estado para garantir que todo cidadão tenha acesso à saúde física, mental e social.
Essas ações são também olhadas de perto e, muitas vezes, coordenadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Composta por 194 nações, a entidade é ligada à ONU (Organização das Nações Unidas) e tem o objetivo de ser uma parceira dos governos, contribuindo na prevenção de doenças, no desenvolvimento de vacinas e nas práticas que contribuem com a qualidade da alimentação, do ar e da água consumida pela população mundial.
Atualmente, com a pandemia do novo coronavírus, pudemos perceber diversas intervenções da OMS em países que não cumpriram com o combinado ou que negligenciaram as medidas de prevenção contra a Covid-19.
Recentemente, inclusive, o órgão reafirmou a ineficácia da cloroquina, medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro no tratamento contra a doença que já tirou a vida de mais de 354.617 brasileiros. Outra intervenção aconteceu quando o governo pôs em dúvida a eficácia da máscara de proteção, item que tem sido utilizado em todos os países desde o início da pandemia.
Desta forma, dá para se ter uma ideia de como a organização intervém e informa os países a respeito das melhores medidas com relação à saúde física e mental.
Além das competências do estado, o conceito de Saúde Pública também se refere ao ramo científico que tem como objetivo prevenir e tratar doenças.
Como dito anteriormente, a saúde pública no país passou a ser vista como um dever do estado e como um direito social de todo cidadão. Para isso, a Constituição delegou aos Estados, à União e às prefeituras a função de cuidar da saúde pública para garantir que todos tenham acesso a diagnósticos e tratamentos e a qualidade de vida.
Na prática, isso funciona dentro de um único sistema, em que cada esfera do governo possui um órgão para administrar os serviços de saúde de cada local. É o caso das Secretarias de Saúde municipais, por exemplo, que além de gerir, ainda traçam estratégias de vacinação e executam as ações necessárias para que os postos de saúde e hospitais consigam atender à demanda da população local.
O SUS também foi criado juntamente com a nossa Constituição Federal de 1988. De acordo com a lei que o regulamenta, ele refere-se ao “conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).”
Por isso, o SUS é composto por todas as ações realizadas pelo estado para a melhora e a manutenção da saúde pública. O órgão é financiado por meio dos fundos da seguridade social.
O SUS, para que ele atendesse a todos os locais do Brasil de acordo com as necessidades de cada região, dividiu-se em órgãos regionais que detêm poder administrativo. Descentralizar, portanto, foi uma ação pensada para uma maior eficácia da administração e melhor mensuração de qual a situação da saúde do brasileiro.
Além da descentralização, outro pilar do SUS é a chamada “Integralidade”. Este termo se refere à obrigatoriedade do sistema de atender todos os indivíduos que necessitem, sem nenhuma distinção, além de priorizar campanhas de prevenção e conscientização da população, como no caso da Dengue, da H1N1, entre outras doenças que comumente afetam os brasileiros.
Outro fator importante a respeito da saúde pública no Brasil é que ela conta com diversos princípios previstos em lei. Confira abaixo quais são esses valores.
Este último item foi incluído somente em 2017, mas foi considerado uma vitória por parte dos movimentos que defendem a liberdade e a honra das mulheres.
O SUS é um dos sistemas de saúde mais completos do mundo e vem sendo protagonista no atendimento de casos suspeitos e confirmados de Covid-19. Mesmo assim, em conjunto com hospitais privados, não tem sido suficiente o número de leitos de UTI e respiradores para todos aqueles que foram acometidos pelas formas moderada e grave da doença.
Por conta disso, empresas privadas têm tentado agir em sinergia com o sistema para que haja uma testagem em massa e para que todos os doentes tenham condições dignas de tratamento e diagnóstico.
Atualmente, para evitar a proliferação do vírus, organizações e companhias privadas têm contratado o serviço de testes laboratoriais remotos para seus colaboradores. O objetivo é evitar que trabalhadores infectados trabalhem normalmente e acabem espalhando o vírus para seus colegas, pacientes, clientes e prestadores de serviço.
Os Testes Laboratoriais Remotos (TLRs) surgiram como uma opção interessante para atender a essa demanda. TLRs são exames laboratoriais feitos remotamente, geralmente no local de cuidado do paciente, e com resultados muito mais rápidos quando comparados com exames tradicionais. No caso de alguns laboratórios, a exemplo da Hilab, o laudo assinado por especialistas de saúde fica pronto em no máximo 30 minutos. Em tempos de coronavírus, essa rapidez é ainda mais importante.
Agora que você já sabe o que é saúde pública e como o SUS trabalha para o bem-estar da população durante uma pandemia, não deixe de conferir nosso post sobre os Testes para Covid-19 e qual a diferença entre eles.
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