Hilab | 26 jul 2021
Cuidar da saúde não significa somente ir ao médico ou tomar remédios quando se está doente. Na verdade, vai muito além disso: como diz o ditado “é melhor prevenir do que remediar”. E é justamente aí que a medicina preventiva atua. Neste artigo, vamos entender o que é essa prática, suas características e qual a sua importância nos dias de hoje.
A medicina preventiva é, como o próprio nome indica, a ação de evitar doenças e morbidades nas pessoas. É o trabalho de cuidar da saúde da população de forma a melhorar sua qualidade de vida, para que elas não fiquem doentes.
Isso é feito de diversas maneiras: orientar quanto à alimentação, realizar diagnósticos precoces e estimular a vacinação são alguns exemplos de medidas que visam prevenir problemas de saúde. Mas não é só isso: esse trabalho vai muito além dos médicos e pacientes, pois engloba todos os âmbitos da sociedade, em especial a saúde pública.
Para que as medidas preventivas sejam efetivas, é necessário um extenso trabalho dividido em níveis. Muito além de evitar doenças, a prática envolve acompanhar todos os estágios de um paciente, desde sua saúde plena até situações mais críticas, com o primordial objetivo de garantir seu bem-estar.
Existem quatro níveis diferentes para assegurar a prevenção de doenças e a qualidade de vida de uma população. Esses níveis visam ajudar na manutenção da saúde da melhor forma possível, começando enquanto estão saudáveis (para que continuem assim) e continuando por todas as etapas de uma doença, de sua infecção, tratamento e controle, a fim de evitar sua disseminação.
Cada nível trabalha em diferentes frentes e em diferentes momentos. Vamos entender agora como essa divisão funciona:
A prevenção primária é o monitoramento de fatores de risco, com o objetivo de evitar o contágio por doenças. Esse trabalho é realizado através de orientações quanto ao estilo de vida das pessoas. Sobre como melhorar a alimentação, diminuir o consumo de álcool e tabaco, praticar exercícios físicos e outras boas práticas.
No primeiro nível também entram as campanhas de vacinação e outras questões de saúde pública, como saneamento básico, educação e as condições de vida de uma cidade ou região. Tudo isso influencia na assertividade da prevenção primária, pois são fatores diretamente ligados ao combate de doenças. A Dengue, por exemplo, está relacionada à proliferação de mosquitos, que utilizam água parada para colocar seus ovos. Um foco da doença pode ser fruto de diversos outros problemas sociais que afligem uma comunidade.
No caso da COVID-19, a prevenção primária atua principalmente na conscientização: distanciamento social, uso de máscaras em locais públicos, higienização correta das mãos, etc. A ideia é sempre prevenir que as doenças se espalhem.
A prevenção secundária diz respeito ao diagnóstico precoce de doenças, para um tratamento imediato. Seu objetivo é identificar, em cenários individuais e comunitários, doenças em seus estágios iniciais, para que seja possível tratá-las com rapidez, ou, em casos extremos, seja possível pelo menos a atenuação dos sintomas.
Esse nível da medicina preventiva atua por meio da saúde pública e da vigilância epidemiológica, rastreando casos de doenças em uma população através dos serviços de saúde. Coleta de dados de incidências de doenças por regiões e outros indicadores são utilizados para que possam ser aplicadas medidas preventivas eficientes..
São rastreados principalmente casos de doenças crônicas, que progridem para estágios mais severos com o tempo. Além da abordagem massiva, há também o rastreio individual, que geralmente só é possível pela iniciativa dos próprios pacientes, que, ao realizarem exames de rotina, por exemplo, geram dados que permitem identificar enfermidades com relativa antecedência.
Quando o paciente já está doente e apresentando sintomas, a prevenção terciária age para minimizar seus efeitos negativos e garantir o melhor tratamento possível. Em outras palavras, trata-se do controle do avanço da doença em um paciente.
Esse nível trata da reabilitação das pessoas para que voltem a ter uma vida normal, seja com o acompanhamento do início ao fim do tratamento, ou, em caso de doenças crônicas, com o auxílio contínuo para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida, o que vai além do trabalho médico.
Exemplos disso são medidas de acessibilidade, como rampas para cadeirantes e calçadas de piso tátil para cegos, que permitem que indivíduos com deficiência possam viver com conforto e dignidade. Outros exemplos, em casos de menor gravidade, são o acompanhamento médico pré e pós-operatório e sessões de fisioterapia.
Com tudo o que já vimos, pode ficar a pergunta: “até onde vai a prevenção?”. O trabalho de prevenção é muito amplo, e não pode ser feito de forma incorreta ou irresponsável. Por conta disso, criou-se a prevenção quaternária.
Trocando em miúdos, o quarto nível seria “a prevenção da prevenção”, ou seja, são métodos para impedir tratamentos e intervenções médicas desnecessárias. Aqui entram conceitos éticos sobre como tratar pacientes de forma adequada, evitando procedimentos dispensáveis ou garantindo o encaminhamento do paciente para um tratamento mais adequado e menos nocivo.
Entre casos a serem tratados, há o de pacientes hipocondríacos (transtorno psicológico em que a pessoa desenvolve uma preocupação exagerada com a própria saúde), por exemplo. Se a pessoa não precisa de um tratamento ou de medicamentos, não se deve administrá-los. Com a prevenção quaternária, o paciente tem acesso a um acompanhamento médico apenas quando necessário; caso contrário, ele receberá outras orientações para manter a boa saúde.
Graças à medicina preventiva no combate à propagação de doenças, os setores de saúde conseguem reduzir gastos com tratamentos e internações. Essa é uma das mais importantes consequências dessa prática, principalmente para a saúde pública.
A medicina preventiva ajuda a melhorar o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), visando diminuir o número de internações e o caos da superlotação de hospitais, que gera atrasos e filas de agendamentos para exames e procedimentos. Menos pessoas doentes geram uma redução de custos para o sistema, que pode ser convertida em melhorias.
Graças à prevenção, é possível oferecer melhor qualidade de vida à população, além de evitar o desperdício de suprimentos médicos e propiciar um melhor gerenciamento de investimentos. Esses benefícios são válidos também para os sistemas de saúde suplementar, ou seja, os planos de saúde.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), órgão do Ministério da Saúde que é responsável por regulamentar os planos de saúde no país, atualiza anualmente o Índice de de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), que avalia a qualidade dos planos privados no país. Entre outras coisas, o estudo qualifica como um plano realiza a promoção de saúde preventiva para seus clientes.
Embora a ANS não tenha vínculo com o SUS, ambas trabalham para sustentar o sistema de saúde do país da melhor forma possível. Para isso, é necessário que seja oferecido um serviço de qualidade aos pacientes – e boas condições de trabalho aos profissionais da saúde – seja no cenário público ou privado.
Através da medicina preventiva, os planos privados e a iniciativa pública conseguem prestar melhores atendimentos e reduzir custos, o que permite um melhor investimento de seus recursos, seja na contratação e especialização de seus funcionários, investimento em tecnologias e infraestrutura, etc.
Todo esse intenso trabalho tem em sua linha de frente a ação dos médicos. Por isso, o especialista em medicina preventiva é um profissional cada vez mais visado. Seu trabalho é focado em aplicar na prática os quatro níveis preventivos que vimos anteriormente.
A primeira forma de fazer isso é através da educação: um profissional da área deve educar seus pacientes quanto aos cuidados com a saúde, orientando principalmente mudanças em seus estilos de vida, eliminando costumes nocivos e incentivando práticas benéficas.
Outra importante forma de atuação se dá por meio de diagnósticos precoces. Ao solicitar exames de rotina, os famosos check-ups, o médico pode detectar fatores de risco precocemente, como os primeiros sintomas de uma doença, ou alguma outra anormalidade que merece atenção. Um simples exame de sangue, por exemplo, pode revelar um quadro de predisposição à diabetes.
O especialista em prevenção pode ainda se tornar um gestor, realizando um trabalho mais dedicado à coleta de dados para promover ações preventivas, ou gerenciando equipes para um melhor cuidado com pacientes. O profissional também pode agir na contribuição geral para a melhoria da qualidade de vida em uma região, ou dentro de uma operadora de planos de saúde.
Para atuar nessa área, o profissional pode buscar cursos de pós-graduação oferecidos por diversas universidades, que ensinam aos profissionais as técnicas adequadas para a promoção da saúde preventiva.
O profissional dessa área precisa ter conhecimentos específicos, entre eles: saber realizar a estratificação de risco (identificar diferentes graus de risco de pacientes e empregar o tratamento adequado), realizar o rastreamento e diagnóstico precoce de doenças, educar e recomendar pacientes quanto à forma adequada de seguir com seus tratamentos com base em evidências científicas.
No cenário atual, essa é uma especialidade médica de enorme importância tanto na saúde pública quanto privada. A demanda por médicos capacitados é grande, com muitas oportunidades por todo o país, além da necessidade de gestores para garantir a contínua evolução desse trabalho.
A medicina se beneficiou muito com os avanços da tecnologia ao longo da história, que seguem otimizando o trabalho dos agentes de saúde. No âmbito da medicina preventiva não é diferente: há diversas ferramentas novas que permitem um trabalho muito mais eficaz, principalmente na coleta de dados da população.
Tecnologias como a internet das coisas, por exemplo, que interconecta diferentes dispositivos inteligentes, como smartphones e smartwatches (relógios inteligentes), permitem um acompanhamento mais preciso, uma vez que auxiliam no monitoramento da frequência cardíaca e dieta de seus usuários.
Softwares de gestão e análise de dados facilitam o ofício dos médicos, que têm acesso às informações de seus pacientes com muita rapidez. A busca por perfis epidemiológicos também torna-se mais dinâmica se o profissional se vale do cruzamento de informações de bancos de dados para identificar as melhores áreas de testagem.
O diagnóstico precoce é mais uma das importantes ferramentas que auxiliam no exercício da medicina preventiva. Aí a tecnologia também ajuda: os Testes Laboratoriais Remotos (TLRs) são maneiras rápidas e confiáveis de obter um diagnóstico, mesmo longe de um laboratório clínico.
Um equipamento de TLR é capaz de realizar uma grande variedade de exames, e o fato de poder ser instalado em farmácias, consultórios e outros estabelecimentos que cuidam da saúde torna o acesso muito mais fácil para o público.
Muitos dos chamados exames de rotina podem ser realizados em um TLR, o que contribui com a qualidade de vida das pessoas e com a prática da medicina preventiva. Monitorar a saúde dos pacientes torna-se mais fácil, uma vez que os resultados são rápidos e os equipamentos estão mais perto das pessoas.
Com 16 anos de experiência, a Hilab é um laboratório de análises que usa as mais avançadas tecnologias para oferecer um serviço completo de Testes Laboratoriais Remotos de alta performance, que obedece aos mais rígidos padrões de qualidade da Anvisa e do Ministério da Saúde.
Nosso exclusivo processo de dupla verificação garante muito mais confiabilidade aos testes: uma inteligência artificial analisa a amostra; em seguida envia uma cópia digitalizada para nosso laboratório remoto. Lá, um especialista valida o resultado e emite um laudo assinado, que chega diretamente no e-mail ou celular do paciente em cerca de 30 minutos.
Um TLR da Hilab pode realizar 20 tipos de exames que auxiliam na prevenção de muitas doenças, como diabetes, dengue, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e, claro, COVID-19, que pode ser identificada por meio de três testes diferentes.
Queremos democratizar o acesso à saúde. Nossa tecnologia é uma poderosa ferramenta para auxiliar na prática da medicina preventiva. Fale conosco, e tenha toda nossa estrutura à disposição de seus pacientes.
Somos especialistas em Point-of-Care Testing. Criamos dispositivos para exames PoCT, realizados com apenas algumas gotas de sangue e resultados entregues em poucos minutos. Nosso propósito é democratizar o acesso à saúde.
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