Medicina da família e da comunidade: conheça a especialidade

Hilab | 04 ago 2021

Cada vez mais a saúde precisa ser vista como um direito universal. Durante a pandemia do novo coronavírus é possível perceber a vulnerabilidade de pessoas de localidades remotas e comunidades afastadas. Desta forma, a Medicina da Família e da Comunidade (MFC) aparece como especialidade clínica essencial para a promoção da saúde e para a compreensão das doenças como um resultado complexo e que reflete a relação do indivíduo com suas famílias e com as pessoas que moram em regiões próximas a ele.

Como a Hilab tem com um dos princípios o acesso à saúde a qualquer cidadão, vemos que a medicina deve ser cada vez mais vista como algo global e abrangente, em uma relação que vai além da consulta clínica e da realização de exames laboratoriais. 

Quer entender melhor sobre o conceito de Medicina da Família e da Comunidade, como ela é empregada no Brasil e no mundo e como trabalhar sob esses preceitos? Então confira agora o post completo que a Hilab preparou para você.

O que é a Medicina da Família e da Comunidade (MFC)?

A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade clínica que desenvolve práticas de promoção, proteção e recuperação da saúde, dirigidas a pessoas, famílias e comunidades. É uma especialidade estratégica que contribui para o acesso à saúde e para ressignificação das bases estruturais da medicina, recuperando o papel fundamental da profissão na democratização dos serviços médicos.

A MFC tem potencial transformador tanto no âmbito da prática médica quanto na formação de recursos humanos e no desenvolvimento de pesquisas, contribuindo para uma maior efetividade dessas áreas, inspiradas em bases mais humanas e comunitárias. Ela tem, também, assumido papel relevante principalmente na promoção de Atenção Integral à Saúde. Isso porque seus princípios estão relacionados aos da Atenção Primária à Saúde (APS), sendo como a especialidade reconhecida internacionalmente como a especialidade médica de excelência da APS. 

A MFC, portanto, é considerada, assim como a APS, uma especialidade médica com potencial estruturante para os Sistemas Nacionais de saúde, em especial em cenário de crise e reforma sanitária nacional e internacional, como o período que estamos vivendo em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Os princípios e as práticas da MFC são centrados na pessoa, e não na doença, e também na relação entre médico e indivíduo. Também é foco a relação do indivíduo com sua família e com a comunidade em que vive. Desta forma, a MCF percebe o processo de adoecimento como um fenômeno complexo e que envolve fatores biológicos, psicológicos, socioambientais e espirituais, ou seja, influenciado pela estrutura familiar e comunitária.

A MFC atende pessoas em todas as etapas do ciclo de vida, desde recém nascidos, acompanhando crianças, adultos, gestantes e os idosos. Além disso, também atende demandas gerais de saúde, recebendo demandas diversas e de qualquer parte do corpo.

Por causa disso, essa especialidade é muito capacitada para cuidar de condições de saúde mais comuns e que têm mais impacto para a população. Também presta assistência aos estágios iniciais de qualquer condição de saúde e é mantido o acompanhamento mesmo após um possível encaminhamento a outra especialidade, se necessário.

Outra parte central da Medicina de Família e Comunidade é o grande destaque às medidas de prevenção de doenças e na promoção da melhoria na qualidade de vida. Nesse sentido, o estímulo aos hábitos de vida saudáveis e os exames de rastreio são ferramentas importantíssimas para essa especialidade.

Medicina da Família e Comunidade no Brasil

De acordo com um levantamento do Conselho Federal de Medicina, hoje há 7.149 médicos especializados em medicina da família e comunidade no Brasil. O número de especialistas na área cresceu 30% em dois anos e 171% na última década.

A tendência apontada pela Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade é que este número aumente ainda mais nos próximos anos, acompanhado da demanda da rede particular de saúde por estes profissionais. 

Ainda de acordo com a SBMFC, cerca de 80% dos problemas de saúde da população podem ser resolvidos no atendimento primário, evitando exames e hospitalizações desnecessárias.

A medicina da família e comunidade é uma especialidade voltada à atenção primária dos cidadãos. Os profissionais dessa área prestam atendimento médico geral e integral à população.

O médico da família é habilitado para atender pessoas desde a infância até a velhice e busca conduzir a consulta de forma a compreender o meio em que a pessoa vive. Ao tomar decisões, este profissional considera a saúde mental, os hábitos e a qualidade de vida do paciente.

O desenvolvimento da Medicina de Família e Comunidade no Brasil teve início na década de 1970, ainda antes do SUS (Sistema Único de Saúde), com programas de residência no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco. 

Naquele período as iniciativas não eram apoiadas por gestores e profissionais da medicina, o que dificultou a implantação do Programa Saúde da Família em 1994 – anos depois. Isso porque havia poucos profissionais especializados na área. Desta forma, a Reforma Sanitária, especialmente no que diz respeito à Atenção Primária à Saúde (APS), levou mais tempo para ser implantada no Brasil.

A Medicina da Família e da Comunidade e a Atenção Primária à Saúde

A APS tem a seguinte definição de Bárbara Starfield (2002):  “Atenção de primeiro contato. Contínua, global e coordenada que se proporciona à população sem distinção de gênero, ou enfermidade, ou sistema orgânico.”

A APS no Brasil teve início na Reforma Sanitária e passou a ser vista como um princípio ético-normativo que insere a saúde como parte dos direitos humanos, além de um princípio científico, que compreende a determinação social do processo de saúde e cura de doenças. 

Também é um princípio político que assume a saúde como um direito universal, inerente à cidadania, em uma sociedade democrática. Além disso, a APS é um princípio sanitário, que compreende a proteção e a promoção da saúde por meio da ação curativa e de reabilitação.

É onde entra a Medicina da Família e da Comunidade, que é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde e presta um acesso ilimitado a todos os serviços médicos de uma sociedade, prevenindo e entendendo as doenças como um fenômeno que envolve diversos fatores. 

Diagnóstico precoce de doenças

Um dos preceitos da MFC é o diagnóstico precoce de doenças. A ideia é evitar que problemas de saúde se agravem e que as pessoas possam ter acesso a especialistas nos estágios iniciais das enfermidades. Nesse sentido, é essencial democratizar o acesso a exames de qualidade. Uma forma de fazer isso é oferecendo Testes Laboratoriais Remotos, que chegam a pessoas de qualquer lugar do mundo.

Testes Laboratoriais Remotos

Um Teste Laboratorial Remoto, conhecido pela sigla de TLR é, segundo a RDC 302/2005 da Anvisa, um teste realizado por meio de um equipamento laboratorial situado fisicamente fora da área de um laboratório clínico. 

Segundo a RDC 36/2015, entende-se por PoCT a testagem conduzida próximo ao local de cuidado ao paciente, inclusive em consultórios e locais fora da área técnica de um laboratório, por profissionais de saúde ou por pessoal capacitado pelo Ministério da Saúde e ou Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais.

Com os TLRs, é possível fazer exames de sangue em qualquer lugar e não necessariamente dentro de um laboratório convencional. Isso o torna uma ferramenta essencial para ampliar o acesso à saúde, principalmente em locais onde um laboratório de análises clínicas está a quilômetros de distância do paciente. Desta forma, podemos ver o TLR como um aliado da Medicina da Família e da Comunidade no Brasil.

O Teste Laboratorial Remoto é, ainda, um diferencial que pode auxiliar a rotina de vários estabelecimentos de saúde como clínicas, consultórios, hospitais e farmácias, além de empresas que estão preocupadas em oferecer ao colaborador cuidados com a saúde e bem-estar. 

A realização de um exame de sangue de forma remota baseia-se em três princípios básicos.

  1. Coleta da amostra por meio de punção digital (para amostras de sangue total, utilizadas no exame de Beta-hCG, glicemia, perfil lipídico, entre outros) ou da retirada de secreção da nasofaringe (Influenza A e B, Coronavírus antígeno). 
  2. A amostra é inserida no equipamento. 
  3. O paciente recebe o resultado do exame.  

Importante destacar que existem diferenças entre um Teste Laboratorial Remoto e um teste rápido, embora muitas vezes, por motivos de simplificação, os TLRs sejam também chamados de testes rápidos. 

Segundo o Ministério da Saúde, “Testes rápidos são todos os testes cuja execução, leitura e interpretação do resultado são feitas em no máximo 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. A leitura dos resultados é feita a olho nu”. 

Já no caso dos Testes Laboratoriais Remotos, a leitura dos resultados não é realizada pelo profissional da saúde que aplicou o teste e sim pelo próprio equipamento de TLR. No Brasil, existe ainda, uma health tech que vai além e oferece ao paciente um resultado que passa por um processo de dupla verificação: além do resultado gerado pelo dispositivo com a ajuda de tecnologias como a Inteligência Artificial, profissionais da saúde também avaliam este resultado, emitem e assinam o laudo que é enviado ao paciente por sms ou e-mail. 

Sobre a Hilab

Com o objetivo de democratizar cada vez mais o acesso à saúde, em 2017 nasceu o Hilab, um serviço de Testes Laboratoriais Remotos completo. Levamos os exames conhecidos como Point-of-Care a outro patamar.

Com o serviço laboratorial Hilab, qualquer pessoa pode fazer um exame de sangue com uma amostra de apenas algumas gotas de sangue da ponta do dedo.

Em até 30 minutos, o paciente recebe o laudo assinado por profissionais da saúde do laboratório de análises clínicas Hilab, pronto para levar ao médico. Em 2018, essa inovação trouxe para a Hilab mais um prêmio: o Inova Saúde na categoria Médico-Hospitalar.

Como nosso objetivo é levar a saúde para todos, a Hilab participa de projetos que contribuem com o acesso a exames laboratoriais de qualidade. No início da pandemia da Covid-19, a Hilab ingressou em um projeto encabeçado pelo Governo Federal – com participação dos Ministérios da Defesa, Saúde, Minas e Energia – que tem como objetivo ampliar o acesso à saúde em locais com pouco ou nenhum acesso, principalmente nas fronteiras brasileiras e em comunidades indígenas.

Um dos primeiros desafios do projeto foi a Missão Kayapó, que começou na última semana de novembro em Ourilândia do Norte, no estado do Pará, e tem como objetivo reforçar o combate à COVID-19 nas comunidades indígenas da região. 

Se você também acredita na força da Medicina da Família e da Comunidade, ofereça Testes Laboratoriais Remotos no seu espaço de saúde. Clique aqui e veja como contratar os serviços da Hilab.

 

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Somos especialistas em Point-of-Care Testing. Criamos dispositivos para exames PoCT, realizados com apenas algumas gotas de sangue e resultados entregues em poucos minutos. Nosso propósito é democratizar o acesso à saúde.

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