Hilab | 09 maio 2022
Em 2022, o número de casos de dengue no país cresceu com relação aos anos anteriores, chegando a 43,9% segundo o Ministério da Saúde. Entre 2 de janeiro e 12 de março de 2022, foram 161.605 notificações de prováveis infectados. Um cenário complicado em tempos de coronavírus, visto que ambas doenças têm sintomas parecidos e muitas pessoas têm dificuldade de saber as diferenças entre dengue e covid-19.
Confira neste post as principais diferenças entre as doenças, como elas são transmitidas, formas de prevenção e ainda, se é possível a co-infecção entre elas.
Alguns sintomas dessas doenças se confundem, como febre, dor de cabeça e dor no corpo. Em certos casos, o diagnóstico é previamente apresentado como dengue, mas depois pode ser confirmado como COVID-19. Em alguns casos, pode acontecer uma co-infecção, onde os dois vírus infectam uma mesma pessoa ao mesmo tempo.
A COVID-19 é uma doença respiratória aguda, na qual as pessoas infectadas geralmente apresentam febre, cansaço e tosse seca, que pode ser acompanhada de dor de garganta e dificuldade para respirar. Embora a maioria apresenta sintomas leves, a infecção pode evoluir para doenças respiratórias mais graves, como pneumonia.
Esses sintomas respiratórios não são frequentes na dengue, e apesar de as duas doenças serem febris e causarem dor de cabeça, dor pelo corpo e cansaço, esses sinais são mais intensos quando provocados pela dengue.
A dengue é caracterizada por dores nas articulações, problemas gastrointestinais e manchas avermelhadas pelo corpo. Em alguns casos, pode ocorrer a queda no nível de plaquetas do sangue, causando sangramentos que caracterizam a forma grave da dengue.
Confira o quadro abaixo com os sintomas de cada doença:
COVID-19 | DENGUE |
Febre
Dor de cabeça Tosse seca Falta de ar Dores musculares Cansaço Dor de garganta |
Febre
Dor de cabeça Dor nas articulações Dor atrás dos olhos Irritação e coceira na pele É comum apresentar perda de peso, vômito, e náuseas |
A COVID-19 e a dengue são doenças virais, mas são provocadas por vírus diferentes, com comportamentos distintos. Confira como cada uma delas ocorre:
O novo coronavírus é transmitido de uma pessoa infectada para outra. Uma pessoa doente, elimina partículas virais através de espirros, gotículas de saliva, catarro e outras secreções. Ao ter contato próximo com outra pessoa, ela pode transmitir o vírus ou infectar objetos, superfícies e/ou ambientes.
Sendo assim, a pessoa também pode se infectar com o vírus que causa a COVID-19 através do contato com objetos contaminados. Nesse caso, a contaminação acontece quando a mão contaminada com o vírus, é levada até às mucosas (olhos, boca e nariz), que são a porta de entrada para a doença.
Já a transmissão da dengue ocorre pela picada do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Neste caso, a doença não é transmitida de uma pessoa doente para outra diretamente, mas sim pela picada do mosquito.
O ciclo da dengue ocorre quando o mosquito fêmea é infectado por sugar o sangue de alguém que já está doente. Após isso, entre 10 a 12 dias, o vírus se dissemina pelo organismo do inseto, contaminando sua saliva e tornando-o um transmissor da doença.
De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, a dengue é transmitida no momento da picada do mosquito infectado. Assim, as partículas virais são injetadas na corrente sanguínea da pessoa.
A principal forma de se proteger da COVID-19, é tomar a vacina contra o coronavírus. Além disso, também é importante continuar seguindo medidas não farmacológicas, como:
Agora, para se proteger da dengue, é preciso conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, combatendo a sua reprodução.
O ambiente ideal para o criadouro do mosquito é aquele no qual há água parada, mesmo que a quantidade seja mínima. Para evitar que o inseto se procrie, você deve evitar deixar a água parada em locais abertos e livres.
Algumas medidas devem ser tomadas para evitar focos de mosquito da dengue. São elas:
Já para prevenir o seu contato com o mosquito infectado, você pode usar repelentes, inseticidas e colocar telas de proteção nas janelas da sua casa.
Sim, é possível!
No Brasil, no estado do Paraná, um homem de 31 anos foi diagnosticado com as duas doenças através de exames de biologia molecular (RT-PCR). Essa condição é perigosa, pois ela pode agravar o quadro sintomático do paciente, por isso, é importante reforçar todos os cuidados de prevenção que citamos anteriormente, evitando a transmissão dessas doenças.
Ao identificar os primeiros sintomas faça um exame de COVID-19 Antígeno ou, no caso de suspeita de dengue, faça um exame Dengue NS1 ou Dengue IgM e IgG. Caso os sintomas persistam, busque um médico.
Agora que você sabe a diferença entre o coronavírus e a dengue, aproveite para ler sobre outros assuntos de saúde no nosso blog!
=====
Referências Bibliográficas:
CONASS. Painel Conass Covid-19. Disponível em: <https://www.conass.org.br/painelconasscovid19/> Acesso em: 05/05/2022
SECRETÁRIA DE SAÚDE. Paraná confirma laboratorialmente primeiro caso de co-detecção de Covid-19 e Dengue. Disponível em: < https://www.saude.pr.gov.br/Noticia/Parana-confirma-laboratorialmente-primeiro-caso-de-co-deteccao-de-Covid-19-e-Dengue > Acesso em: 05/05/2022
Somos especialistas em Point-of-Care Testing. Criamos dispositivos para exames PoCT, realizados com apenas algumas gotas de sangue e resultados entregues em poucos minutos. Nosso propósito é democratizar o acesso à saúde.
Deixe um comentário