Câncer no fígado e hepatite: entenda a relação entre eles

Hilab | 23 jul 2019

O câncer no fígado pode ser de dois tipos: primário (quando se inicia no próprio órgão) e secundário (quando começa em outro órgão mas atinge também o fígado). Segundo o Instituto Nacional do Câncer, dentre os tumores que têm origem no fígado, o mais comum é o hepatocarcinoma, que é a sexta causa de mortalidade por câncer em todo mundo.

Aproximadamente metade dos pacientes que desenvolvem esse tipo de câncer apresentam cirrose hepática, que é uma doença associada ao alcoolismo ou às hepatites crônicas. Entenda por que pessoas com hepatite correm risco de desenvolver câncer no fígado e saiba o que você pode fazer para evitá-lo.

O que são hepatites?

A hepatite é uma inflamação no fígado. As hepatites podem ser causadas por diferentes fatores como uso de álcool e outras drogas, doenças genéticas ou vírus. As causadas por vírus são denominadas hepatites virais.

No Brasil, as mais comuns são aquelas causadas pelos vírus A, B e C. Existem também os vírus D e E, no entanto, não são muito comuns.

As hepatites têm sintomas?

Nem sempre as hepatites têm sintomas. Em muitos casos a doença é silenciosa. Quando presentes, os sintomas incluem cansaço, febre, mal-estar, tontura, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Se a doença muitas vezes é silenciosa, como descubro se tenho hepatite?

Para saber se você tem hepatite, é importante fazer os exames de rotina, principalmente para detectar as hepatites B e C, que são responsáveis pela maior parte dos óbitos por hepatites.

Os exames iniciais para detectar essas infecções já podem ser feitos em muitas farmácias.

Como as hepatites virais são transmitidas?

A forma de contágio das hepatites A e E é fecal-oral, ou seja, as doenças são transmitidas quando as condições de saneamento básico e água e a higiene pessoal e dos alimentos são precárias.

As hepatites B, C e D são transmitidas via contato com sangue contaminado (compartilhamento de lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que cortam) e durante a gravidez e parto. A relação sexual desprotegida pode transmitir as hepatites A, B, C e D.

As hepatites têm tratamento?

No caso da hepatite A, o tratamento se baseia em dieta e repouso. As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas.

No caso da hepatite C, a infecção tem cura em mais de 90% dos casos, quando a pessoa segue o tratamento corretamente. Tratar as hepatites é essencial para evitar complicações graves como a cirrose e o câncer de fígado.

Como posso me prevenir da hepatite?

O principal meio de prevenção da hepatite A é a higiene: sempre lave bem as mãos e os alimentos que serão consumidos crus. Cozinhe bem as carnes, principalmente os frutos do mar.

Para prevenir os demais tipos de hepatites é importante não compartilhar objetos de uso pessoal como escovas de dente, giletes e alicates. Certifique-se que os materiais utilizados para fazer tatuagens e colocação de piercings são descartáveis. Além disso, use preservativo em todas as relações sexuais.

Para prevenir as hepatites A e B existem vacinas. Verifique a sua carteirinha de vacinação e, em caso de dúvidas procure uma unidade básica de saúde.

Se você costuma fazer sexo sem proteção ou tem mais de 40 anos, não deixe de fazer os exames para detectar a hepatite B (HbsAg) e C (Anti-HCV). 

Lembre-se que as hepatites são doenças tratáveis. Fazer exames de rotina é importante para detectar as infecções precocemente e assim, evitar a cirrose e o câncer no fígado. Cuide da sua saúde!

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Referências Bibliográficas

Ministério da Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. O que são hepatites virais? Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-hepatites-virais>. Acesso em: 31 de janeiro de 2019.

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Hepatites Virais 2018. Ano VI – nº 01.

A. , Gustavo Pilotto Domingues et al. Avaliação do tratamento dos nódulos do hepatocarcinoma nos pacientes em lista de espera para transplante hepático. Rev. Col. Bras. Cir.,  Rio de Janeiro,  v. 44, n. 4, p. 360-366,  Aug. 2017.

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