Hilab | 05 nov 2020
O colesterol é uma substância gordurosa encontrada em alguns alimentos e também produzida pelo corpo. Nosso organismo precisa de gordura para se manter saudável, mas quando os níveis estão altos, é o momento de baixar o colesterol.
Equilibrar os níveis de colesterol faz bem para a saúde do coração, saúde dos olhos, dos ossos, da digestão e até mesmo para o bem estar mental.
Acompanhe o texto a seguir e saiba o que é preciso fazer para baixar o colesterol.
Quando os níveis de colesterol estão altos, essas gorduras podem grudar nas paredes das artérias e deixar os vasos sanguíneos mais estreitos ou até mesmo entupidos.
O colesterol viaja pelo sangue em proteínas chamadas lipoproteínas. Um tipo deles, o colesterol HDL, é considerado o colesterol “bom”. É ele que carrega o colesterol de tecidos de outras partes do corpo e os leva de volta para o fígado, que em seguida é excretado pelo intestino.
O outro tipo, LDL, é conhecido como colesterol “ruim”. Isso porque quando os níveis estão altos, essa gordura é levada para as paredes das artérias, o que estreita os vasos sanguíneos.
Com o entupimento das artérias devido ao alto colesterol, pode acontecer a obstrução da circulação de sangue para o cérebro e outros órgãos, o que pode ocasionar um acidente vascular cerebral (AVC) e outras graves doenças cardiovasculares.
Ao manter seus níveis de colesterol equilibrados você diminui os principais fatores de risco para doenças arteriais e cardíacas. Além de trazer saúde e bem estar, a prevenção é essencial para evitar a necessidade de cirurgias e outros procedimentos e/ou tratamentos invasivos.
Muitas vezes não é possível reconhecer à primeira vista todos os ingredientes dos alimentos processados e ultraprocessados. Escondido e escrito em letras miúdas, nomes estranhos são listados no verso dos pacotes.
O problema principal com alimentos ultraprocessados é o risco de serem vistos como produtos saudáveis. Esses produtos geralmente prometem diversas vantagens à saúde e podem parecer inofensivos, sem limite de consumo. É o caso de barras de cereais ou de proteína, condimentos ultraprocessados e alguns embutidos como o peito de peru, que escondem em sua composição açúcar, sódio e outras substâncias nocivas em excesso.
No geral, mesmo sem conter gordura trans, os alimentos processados enganam o nosso organismo, causando o aumento do colesterol como reação adversa pelo uso de conservantes, saborizantes, melhoradores de farinha e aromatizantes. Essas são substâncias químicas e sem valor nutricional, utilizadas na indústria para adicionar propriedades aos produtos alimentícios, muitas vezes derivadas de matérias como petróleo e carvão.
Ficar atento às informações nutricionais e ler os rótulos é a melhor maneira de rastrear ingredientes nocivos e saber o que está sendo consumido.
Muitos hábitos de vida estão arraigados em culturas ou carregam algum tipo de carga emocional. O desenvolvimento de compulsão alimentar, por exemplo, traz maior risco de desenvolver obesidade e dislipidemias (alterações nos níveis de colesterol no sangue).
A recuperação de níveis saudáveis de colesterol pode ser vista como uma mudança desconfortável e radical, mas em nome da saúde é necessário reconsiderar estilo de vida e hábitos alimentares, incluindo na rotina aquilo que faz bem.
Frutas, vegetais, grãos e hortaliças são a base da alimentação para baixar o colesterol, por causa da baixa quantidade de gordura desses alimentos. Contudo, é preciso evitar frituras e o uso indiscriminado de óleos vegetais saturados nos seus preparos.
Uma boa dica é aproveitar o uso de ervas, raízes e compostos aromáticos como orégano, manjericão, pimenta preta, canela, entre outros temperos naturais que agradem ao paladar. Isso pode mudar totalmente a experiência de comer frutas, vegetais, grãos e hortaliças.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que o consumo máximo de açúcares seja de 5% em calorias da alimentação total. Esses açúcares incluem a sacarose, xarope de milho e até mesmo sucos de frutas concentrados, mesmo aqueles que não são adoçados com açúcar comum.
Durante a metabolização desses açúcares, as substâncias acabam se transformando em gordura. Isso impacta os níveis de gordura hepática e aumenta a produção de colesterol.
Carne de boi, porcos e de outros mamíferos possuem naturalmente uma grande quantidade de colesterol LDL. Além disso, o consumo de gorduras visíveis das carnes ou pele de aves precisa ser evitado.
Como substituição destas fontes de proteína, é possível incluir no cardápio carnes magras como peixes e frangos, além de leguminosas como feijões.
O consumo de alimentos com fibras solúveis (psyllium, pectina, goma, mucilagem e b-glucano) retardam o esvaziamento gástrico e o trânsito no intestino delgado. Esse processo aumenta a tolerância do organismo à glicose e reduz o colesterol LDL.
As principais fontes de fibras solúveis incluem as farinhas de aveia e de centeio integral, cereais (arroz, aveia e milho), frutas (banana, maçã, pêra), leguminosas (lentilhas, feijões, ervilhas) e em alguns legumes (couve-flor, abobrinha, cenoura).
Como precisamos de gorduras para manter o corpo saudável, essa reposição pode ser feita com boas gorduras, que aumentam o colesterol HDL e que podem baixar o colesterol LDL. Elas podem ser encontradas em frutas oleaginosas como nozes e castanhas, azeites do tipo extravirgem, abacate, coco e abacate, por exemplo.
Evidências científicas já demonstraram que atividades físicas de moderada intensidade tem um papel muito importante no controle do colesterol. A prática de exercícios físicos é essencial para a função vascular e também é uma ação eficaz contra o excesso de peso.
Há muito tempo os especialistas reconhecem que o estresse é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. O estresse libera hormônios como adrenalina e noradrenalina, substâncias que estreitam os vasos sanguíneos e elevam a pressão arterial.
Se você sente o peso do estresse, respirar fundo e reservar um tempo para momentos de meditação podem ajudar a manter a cabeça no lugar. Cantar, dançar e realizar outras atividades prazerosas também são eficientes contra o estresse.
Fique de olho na genética da sua família! De acordo com pesquisadores da Harvard Medical School, afrodescendentes têm mais dificuldade para controlar a doença em comparação com outras etnias.
Ainda existe a hipercolesterolemia familiar, uma doença crônica hereditária que afeta os níveis saudáveis de colesterol.
Além das mudanças de hábitos, existem diversos medicamentos que atuam no controle e no metabolismo das gorduras. Os tratamentos para baixar o colesterol devem ser indicados somente pelo médico: o único profissional que receita medicamentos específicos para o metabolismo de cada paciente.
Estes tratamentos medicamentos podem envolver o uso de:
Não há uma fase da vida específica para procurar baixar o colesterol. Ainda assim, o grupo que mais é prejudicado pelos altos níveis é o da terceira idade.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o ideal é que as preferências por hábitos e alimentos benéficos ao colesterol sejam introduzidos ainda na infância. Assim é maior a chance desses hábitos se tornar permanentes.
Jornal da UNICAMP. Hipertensão é mais persistente entre negros, aponta estudo. Disponível em: <https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2017/07/13/hipertensao-e-mais-persistente-entre-negros-aponta-estudo> Acesso em: 05/11/2020
Rui Fontes. Metabolismo do colesterol e ácidos biliares. Disponível em: <https://users.med.up.pt/~ruifonte/PDFs/PDFs_arquivados_anos_anteriores/2008-2009/2G07_colesterol_ac_biliares.pdf> Acesso em: 05/11/2020.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose – 2017. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf> Acesso em: 05/11/2020
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005002500001> Acesso em: 05/11/2020.
Sociedade Brasileira de Diabetes. Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Disponível em: <https://www.diabetes.org.br/publico/noticias-nutricao/2113-colesterol-e-alimentacao> Acesso em: 05/11/2020
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