Hilab | 03 dez 2021
Dor é algo que ninguém gosta de sentir. Existem dores que a gente sente, mas não sabe exatamente qual é a sua origem, ou o que ela pode significar.
A dor nos rins, por exemplo, pode ser um indício de alguma doença ou problema na região, mas também pode ser confundida com uma dor muscular.
Dor lombar, dor nas costas ou dor nos rins? Para saber identificar a origem dessas dores e saber como agir caso elas apareçam, é importante conhecer como os rins funcionam e que tipo de enfermidades podem afetar esse par de órgãos que têm grande importância para o nosso corpo.
A principal função dos rins é cuidar da eliminação de substâncias nocivas do corpo humano, filtrando tudo o que não presta da nossa corrente sanguínea.
Além disso, eles são responsáveis por regular a pressão arterial do corpo, estimular a produção de glóbulos vermelhos e produzir certos tipos de hormônios e vitaminas.
Embora tenhamos, em média, apenas 5 litros de sangue no corpo, se somarmos o volume de sangue filtrado ao longo do dia pelos rins de uma pessoa saudável, chegaríamos à impressionante marca de 180 litros!
Em cada passagem pelos rins, ficam impurezas e toxinas como uréia, excesso de sais minerais, ácido úrico e vestígios de drogas, que serão eliminadas por meio da urina.
Quando estes órgãos deixam de cumprir sua função, essas (e outras) substâncias nocivas passam a se acumular em nosso organismo, o que pode ter efeitos muito perigosos para a saúde.
Diversas doenças podem acometer os rins. Algumas delas são decorrentes de maus cuidados com alimentação, ou mesmo pela falta de um hábito simples: manter-se hidratado e beber água regularmente. Mas existem aquelas enfermidades que não têm relação com os hábitos do paciente.
Uma doença que pode atingir os rins é a nefrite, uma inflamação que ocorre dentro das estruturas de filtragem do sangue. Essa doença é causada por uma infecção bacteriana e caracteriza-se pela presença de sangue na urina.
A nefrite normalmente cura-se por conta própria, mas é bom procurar um especialista, uma vez que ela pode evoluir para um quadro crônico, causando, além de dor nos rins, náuseas, vômitos e fadiga.
Outra doença que pode atingir os rins é a infecção urinária – que também pode se desenvolver na bexiga ou na uretra. O problema é caracterizado por incontinência urinária e dores ao urinar, com possibilidade de sangue na urina. Em casos mais graves, uma infecção urinária pode causar febre e dores agudas, ou mesmo espalhar-se para outros órgãos, configurando um quadro de sepse.
A alteração mais comum nos rins é o surgimento do cálculo renal, popularmente conhecido como “pedra nos rins”. Isso ocorre quando minerais e outras substâncias se acumulam na região e cristalizam-se.
Geralmente, o surgimento de um cálculo renal se dá pela má hidratação de um paciente, ou seja, ele não bebe uma quantidade suficiente de água no seu dia a dia.
Os cálculos renais causam fortes dores nos rins e nos canais urinários. Quando os cálculos se desprendem, há a possibilidade de causarem obstrução urinária – quando ficam presos no canal, dificultando ou impossibilitando a passagem da urina.
Ocasionalmente, o cálculo renal pode acabar sendo expelido junto com a urina, mas isso causa dores agudas ao paciente, além de ferimentos ao longo do trato urinário. Existem medicamentos que ajudam a dissolver as “pedras”, e até procedimentos que as eliminam com laser.
Uma outra condição grave que pode acometer os rins é a insuficiência renal crônica, quando os rins não fazem seu trabalho, ou seja, não conseguem realizar a filtragem e eliminação de substâncias nocivas do corpo. Doenças renais crônicas também podem resultar em pressão alta, e geralmente demandam sessões de hemodiálise ou mesmo transplantes.
Por fim, os rins também podem sofrer com o surgimento de um câncer. Neste caso, exames especializados devem ser realizados para identificar a natureza dos tumores – que podem ser benignos ou malignos – e a melhor estratégia de tratamento.
Problemas nos rins costumam causar imenso desconforto, mas costumam ser fáceis de se identificar graças a seus sinais e sintomas, principalmente pela dor nos rins, que, por ser uma região sensível, tende a ser muito aguda.
As causas das dores nessa região podem ser bem variadas, o que pode causar alguma confusão na identificação da origem do problema. A dor nos rins pode manifestar-se na região lombar, no abdômen ou no fundo das costas.
Os sintomas geralmente surgem de forma súbita, com dor intensa e constante. A dor nos rins costuma ser incapacitante, e não diminui nem se a pessoa se deita – ela pode até se intensificar, conforme o movimento. O alívio só vem mediante o uso de medicamentos, que devem ser administrados em postos de saúde, hospitais e pronto-socorros.
A dor nos rins pode tornar-se tão intensa a ponto de afetar outras áreas próximas, ocasionando dores abdominais e até mesmo dores nos órgãos genitais – que geralmente chegam acompanhadas de enjoos e náuseas.
Por ser uma região com muitos órgãos e músculos, as pessoas costumam ter dificuldade em distinguir o que estão sentindo: afinal, é dor nos rins ou dor nas costas?
Não é tão difícil diferenciar uma da outra. Como já vimos, quando há algum problema renal, a dor é aguda, intensa e surge de repente, necessitando intervenção médica imediata para reverter o problema. A dor nos rins não é gradativa.
Já a dor nas costas é mais sutil, fruto de má postura ou esforço excessivo – o famoso “mau jeito”. Geralmente concentrada nas laterais da coluna vertebral – próxima do nervo ciático -, essa dor se caracteriza por ser um incômodo constante, com ocasionais pontadas mais pronunciadas. Por afetar os nervos, ela pode espalhar-se para as pernas e se intensifica com movimentos mais bruscos.
Ou seja, se a dor fica mais ou menos forte quando se movimenta ou se muda de posição ao estar sentado ou deitado, trata-se de dor nas costas.
Além disso,a dor muscular acaba se ramificando para outros pontos, enquanto a dor nos rins, em geral, se mantém fixa numa mesma região.
A melhor forma de tratar uma doença renal é a prevenção. Quando os rins são comprometidos de alguma forma, exigem ação imediata: internações são comuns e, no caso de doenças crônicas, os tratamentos tendem a se prolongar pelo resto da vida do paciente.
A prevenção envolve um comprometimento do indivíduo com sua própria saúde. Cuidar da alimentação, manter uma rotina de exercícios, evitar o consumo de substâncias nocivas, como álcool e nicotina, são hábitos que influenciam diretamente na saúde dos rins.
E não podemos esquecer de algo simples: beber água. A quantidade de água adequada varia conforme o peso da pessoa, seu nível de atividade física e até mesmo a temperatura do ambiente, mas é fato que a água é uma grande aliada da nossa saúde – e dos nossos rins.
Quando alguém está sofrendo de dor nos rins e é encaminhado a um hospital, o médico que irá atendê-lo geralmente será o clínico geral. Ele está capacitado a administrar medicamentos e aplicar os primeiros cuidados – que podem ser suficientes, em casos menos complexos.
Porém, doenças mais graves pedem a atenção do médico especialista em saúde renal, chamado nefrologista. Este profissional é quem trata os rins de forma mais aprofundada, fazendo um acompanhamento em casos mais graves e cuidando de doenças crônicas e de todo tipo de enfermidade que pode acometer os rins. Do tratamento de cálculos renais até sessões de hemodiálise e transplantes, o nefrologista é quem entende do assunto.
Como vimos, prevenir é a melhor solução quando se trata de doença renal. E existem exames simples e rápidos de serem realizados para verificar se os rins estão funcionando corretamente, como o exame de urina e sangue.
Através da coleta destas amostras, é possível fazer o exame de função renal, que verifica as taxas de creatinina e ureia. Níveis de ureia muito elevados podem ter diferentes significados: alimentação muito rica em proteínas, disfunções renais ou até mesmo um infarto.
A ureia é produzida pelo fígado durante a metabolização de proteínas e liberada na corrente sanguínea até chegar aos rins, onde é filtrada e eliminada. Se a taxa de ureia está muito alta, talvez os rins não estejam filtrando o sangue de forma correta, o que demanda um olhar clínico mais apurado.
Outro exame é a contagem de creatinina, subproduto da queima de energia e do funcionamento dos músculos que não tem real utilidade para o organismo e deve ser eliminada. Taxas altas de creatinina no sangue significam que os rins não estão filtrando adequadamente o sangue. A produção de creatinina é normal – homens e pessoas que praticam muitos exercícios têm taxas mais elevadas -, mas ela não deve continuar presente no sangue.
Em resumo, quem quer cuidar da saúde deve se prevenir. Isso envolve cuidar da alimentação, beber bastante água, praticar exercícios e realizar exames esporádicos para monitorar o bom funcionamento do organismo.
Felizmente, como vimos, os exames que identificam problemas renais são simples e podem ser feitos com rapidez e segurança até mesmo em farmácias – caso elas contem com um mini laboratório de exames remotos. Não espere a dor nos rins aparecer, previna-se e viva com mais saúde.
Somos especialistas em Point-of-Care Testing. Criamos dispositivos para exames PoCT, realizados com apenas algumas gotas de sangue e resultados entregues em poucos minutos. Nosso propósito é democratizar o acesso à saúde.
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