Exame de Zika IgM e IgG: detecte os anticorpos da doença


Entenda como funciona e por que fazer o exame imunocromatográfico que detecta os anticorpos que combatem o Zika vírus.

Zika: a arbovirose com o maior risco neurológico

A Zika é uma arbovirose causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus, com maior transmissão nos períodos chuvosos de cada região. O risco de complicações neurológicas é maior, incluindo microcefalia de bebês de gestantes infectadas e a síndrome de Guillain Barré.

É considerada uma doença tropical negligenciada por acometer a população vulnerável de países em desenvolvimento localizados em zonas tropicais.

Em 2020:

  • Em 2020, foram 7.387 casos prováveis de Zika no Brasil
  • A Bahia concentrou 47,9% dos casos de Zika em 2020
  • Entre 2015 e 2020, 3.577 bebês tiveram síndromes congênitas do Zika vírus confirmadas
Dengue IgM e IgG

Como funciona o exame da Hilab?

O Point-of-Care Testing Hilab de Zika IgM e IgG é um imunoensaio cromatográfico para detecção qualitativa de anticorpos IgM e IgG contra o vírus da Zika em amostras de sangue obtidas por punção digital, um método rápido e indolor.

A reação da amostra é digitalizada e verificada por nossa inteligência artificial, antes de ser analisada por um profissional de saúde. O resultado é enviado por e-mail e SMS.*

*Verificar disponibilidade em farmácias e consultórios isolados.

Quem deve realizar o exame de Zika IgM e IgG?

  • Pessoas com sintomas de Zika ou que possivelmente foram expostas ao vírus;
  • Gestantes com ou sem sintomas que possivelmente foram expostas ao vírus;
  • Pessoas que vão se submeter a procedimentos de fertilização in vitro ou se disponibilizaram a doar material biológico em bancos de células e tecidos.

Quem não deve realizar esse exame?

Pessoas que estão com sintomas há menos de 3 dias

Exame Dengue IgM e IgG



Informações Técnicas

Analitos detectados: Anticorpos IgM e IgG contra o Zika vírus.
Método: Imunocromatografia.
Tipo de Amostra: Sangue total.
Tempo total até a liberação do laudo: 25 minutos.
Especificidade: >98,8%
Sensibilidade: >94,4%
Reg. Anvisa: 80583710031

Orientações para antes de fazer o exame

Não é necessário jejum.

Para realizar o exame é necessário levar um documento oficial com foto.

Importante: Outras arboviroses podem interferir no resultado do teste, principalmente a dengue. Considere a janela imunológica e também a data de início dos sintomas.

Como interpretar o resultado do exame de Zika IgM e IgG?

Não reagente

IgM e IgG não reagentes:

Indica que não há anticorpos detectáveis contra o vírus do Zika. Caso o resultado seja divergente do quadro clínico, consulte um médico e refaça o teste depois de 3 dias.

Reagente

IgM reagente e IgG não reagente:

Presença de anticorpos IgM indica infecção aguda pelo vírus do zika e deve receber acompanhamento médico.

Não reagente

IgM não reagente e IgG reagente:

Presença de anticorpos IgG e ausência de anticorpos IgM indica infecção passada. Caso esteja com sintomas, busque acompanhamento médico.

Reagente

IgM reagente e IgG reagente:

Presença de anticorpos IgM e IgG indica infecção aguda e deve receber acompanhamento médico.

Atenção: este exame não substitui um diagnóstico médico e o laudo deve ser levado para avaliação.

Perguntas frequentes sobre Zika

O Zika vírus é transmitido pela picada do Aedes aegypti ou Aedes albopictus, o mesmo mosquito da dengue, chikungunya e febre amarela. A doença causada pelo vírus tem risco maior de causar complicações neurológicas como microcefalia e a Síndrome de Guillain Barré.

Como o mosquito vetor da doença precisa de água parada para proliferar, o período de maior transmissão do vírus do Zika são os meses chuvosos de cada região.

Pela picada do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus, por meio de relação sexual desprotegida com pessoa infectada ou por transmissão da mãe para o feto durante a gravidez.

Os principais sintomas são semelhantes aos de outras infecções por arbovírus. Geralmente são ligeiros, duram de dois a sete dias e incluem:

  • Vermelhidão e coceira pelo corpo.
  • Febre baixa, muitas vezes não perceptível.
  • Conjuntivite.
  • Mialgia e dor de cabeça.
  • Dor nas juntas.

Na presença desses sintomas, procure atendimento médico, principalmente se você for gestante.

Não existe tratamento específico para o Zika vírus. Caso o paciente apresente sintomas, o médico recomenda o uso de antitérmicos e analgésicos. No caso de sequelas neurológicas ou outros sintomas agravados, deve haver acompanhamento médico.

Segundo o Ministério da Saúde, as infecções por Dengue, Chikungunya e Zika, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus, podem resultar em síndromes clínicas, dentre elas a Síndrome de Guillain Barré.

Geralmente, os pacientes percebem a doença pela sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores e, em seguida, nas extremidades superiores. Em pelo menos 50% dos casos, ocorre dor neuropática lombar (nervos, medula da coluna ou no cérebro) ou nas pernas. O sinal mais perceptível ao paciente é a fraqueza progressiva. A síndrome pode levar à morte quando ocorre acometimento dos músculos respiratórios e não são adotadas as medidas de suporte respiratório.

Não em todos os casos, mas a relação entre a infecção de grávidas pelo Zika vírus e o aumento de casos de microcefalia em bebês é comprovada, com maior risco nos três primeiros meses de gestação, além de causar outras síndromes neurológicas congênitas.

A melhor forma de prevenir a doença é acabar com o mosquito transmissor, mantendo o domicílio sempre limpo e eliminando os possíveis criadouros.

  • Não deixe água parada em pneus e vasos de plantas, por exemplo;
  • Mantenha o lixo sempre bem fechado;
  • Não deixe calhas entupidas;
  • Utilize roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia para proporcionar proteção contra as picadas;
  • Mantenha as caixas d’água vedadas e utilize telas nas janelas;
  • Repelentes e inseticidas também podem ser usados de acordo com as instruções do rótulo.

Atualmente não há vacina disponível contra o Zika vírus.

Referências bibliográficas

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guillain Barré: causas, sintomas, tratamentos e prevenção. Disponível em:http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/guillain-barre. Acesso em: 28 de maio de 2021.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Zika vírus. Disponível em:

SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Boletim epidemiológico nº 3, v. 52. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/media/pdf/2021/fevereiro/01/boletim_epidemiologico_svs_3.pdf. Acesso em: 28 de maio de 2021.

SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Boletim epidemiológico nº 4, v. 52. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/fevereiro/11/boletim_epidemiologico_svs_4.pdf. Acesso em: 28 de maio de 2021.