Exame de Proteína C Reativa: marcador de infecções e inflamações


Entenda como funciona o Point-of-Care Testing que faz a determinação quantitativa de proteína C Reativa.

Sepse: uma síndrome de alta mortalidade e morbidade

A sepse é uma das principais causas de morte no mundo. A identificação e o tratamento precoce desta síndrome é essencial para reduzir a morbimortalidade, assim como os custos na área da saúde pública.

Um dos biomarcadores estudados como ferramenta para diagnóstico dessa condição é a Proteína C Reativa (PCR). A quantificação de PCR é frequentemente pesquisada em pacientes com suspeita de sepse.

  • Constatam-se no mundo, 215.000 mortes por ano de sepse;
  • A identificação precoce da sepse é essencial para um melhor prognóstico e pode reduzir a mortalidade em 16% na sepse grave e no choque séptico;
  • Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento da sepse, a mortalidade mundial mantém-se elevada, variando em torno de 20% a 80%.
Glicemia

Como funciona o exame de Proteína C Reativa (PCR) Hilab?

O exame de Proteína C Reativa (PCR) Hilab é um Point-of-Care Testing para detecção quantitativa de proteína C reativa em amostras de sangue, obtidas na ponta do dedo, um método rápido e indolor.

O resultado de uma reação química da amostra é digitalizado e verificado por nossa inteligência artificial, antes de ser analisado por um profissional de saúde. O laudo é enviado por e-mail e SMS.*

Uma vez que a proteína C reativa é uma proteína inespecífica produzida pelo fígado e estimulada por mediadores inflamatórios, trata-se de um marcador para avaliar a presença de diversas inflamações e infecções.

*Verificar disponibilidade em farmácias e consultórios isolados.

Quem deve realizar o exame de Proteína C Reativa (PCR)?

O analito auxilia no diagnóstico, sendo importante para o monitoramento de atividade inflamatória durante a evolução clínica, o acompanhamento da efetividade do tratamento antibiótico ou anti-inflamatório, além da detecção de complicações infecciosas pós-operatórias.

Exame Glicemia



Informações Técnicas

Analito detectado: Proteína C Reativa (PCR)
Método: Imunocromatografia
Tipo de Amostra: Sangue total
Tempo total até a liberação do laudo: 12 minutos
Coeficiente de correlação linear (r): 0,994
Reg. Anvisa: 80583710045

Orientações para antes de fazer o exame

  • Não é necessário estar em jejum.
  • Para realizar o exame de Procalcitonina Hilab é necessário que o paciente leve um documento oficial com foto.

O que pode alterar o resultado do exame?

Pacientes obesos, fumantes, com diabetes, que fazem reposição hormonal, uso de anticoncepcional oral e mulheres na menopausa podem ter níveis de PCR elevados mesmo sem estarem com algum tipo de inflamação e/ou infecção relevante.

Como interpretar o resultado do exame de Proteína C Reativa (PCR)?

Inferior a 10 mg/L

Os valores de proteína reativa C estão dentro da normalidade em pacientes que não possuem nenhum tipo de inflamação ou infecção relevante.

Entre 10 mg/L e 40 mg/L

Estes valores de proteína reativa C podem ser indicativos de inflamação leve ou infecção viral relevante.

Superior a 40 mg/L

Estes valores de proteína reativa C podem ser indicativos de inflamação importante ou infecção bacteriana relevante.

Atenção: este exame não substitui um diagnóstico médico e o laudo deve ser avaliado.

Perguntas frequentes sobre Proteína C Reativa

A proteína C reativa (PCR), é uma proteína de fase aguda e inespecífica, produzida pelo fígado e estimulada por mediadores inflamatórios. Proteínas de fase aguda são aquelas cuja concentração sérica aumenta ou diminui pelo menos 25% durante estados inflamatórios.

Apesar de ser uma proteína de fase aguda, essa proteína pode ter suas concentrações alteradas também em processos inflamatórios crônicos, artrite reumatóide, neoplasias, doença cardiovascular aguda, lúpus com serosite ou vasculite, politrauma, pancreatite necrotizante, bem como no pós-operatório e em infecções ocultas.

A sepse é a expressão de uma complexa rede de mediadores. Em todo o mundo, a falência de múltiplos órgãos e choque séptico são as principais causas de óbito nas UTIs. Indicadores biológicos podem ser de grande utilidade no reconhecimento e tratamento da infecção e sepse. A proteína C reativa é um dos marcadores utilizados.

Os sinais clínicos de sepse são semelhantes aos de outras causas não infecciosas de inflamação sistêmica e incluem aquelas associadas ao foco infeccioso em questão. No sistema cardiovascular por exemplo, alguns sinais, sintomas e alterações laboratoriais da sepse são taquicardia, hipotensão, hiperlactatemia, edema, elevação de enzimas cardíacas e arritmia.

São condições que elevam os níveis de PCR no sangue:

  • Condições inflamatórias agudas ou crônicas;
  • Necrose de tecido ou lesão de tecido;
  • Isquemia;
  • Infarto;
  • Infecção;
  • Inflamação;
  • Síndrome metabólica;
  • Tumores malignos, especialmente de mama, pulmão e trato gastrointestinal;
  • Pancreatite aguda;
  • Pós-cirurgia;
  • Leucemia;
  • Queimaduras;
  • Tabagismo;
  • Terapia de reposição hormonal;
  • Obesidade.

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