Como aliviar rinite a alérgica? Confira algumas dicas

Hilab | 24 fev 2021

Para aliviar os sintomas de rinite alérgica é necessário seguir 3 pilares: controle ambiental, tratamento farmacológico e imunoterapia.

O primeiro envolve evitar os alérgenos conhecidos pelo indivíduo por causar as crises ou piorá-las. O segundo baseia-se no uso de fármacos que visem diminuir a resposta do organismo às substâncias irritantes à mucosa nasal.

A imunoterapia, o terceiro pilar, é o uso de vacinas para alergia na tentativa de diminuir a sensibilidade do organismo aos alérgenos.

Acompanhe o artigo a seguir e saiba o que fazer para aliviar os sintomas de rinite alérgica.

O 1º pilar: medidas de controle ambiental 

As medidas de controle ambiental e a evasão aos alérgenos envolvem tanto evitar as substâncias conhecidas pelo indivíduo como causadoras de alergia quanto outros gatilhos irritantes não específicos.

Esta abordagem inclui o controle de ácaros, fungos, pelos de animais, e outros possíveis irritantes, mantendo ambientes sempre arejados, sem carpetes e outras forrações.

Também é relevante o uso de capas impermeáveis em colchões e travesseiros, além de lavar as roupas de cama, a cada duas semanas, com água acima de 60ºC.

O 2º pilar: tratamento farmacológico 

O tratamento farmacológico nada mais é do que o uso de medicações que venham a aliviar os sintomas causados pelas alergias ou diminuir a resposta do organismo aos alérgenos responsáveis por elas.

A administração de anti-histamínicos é preconizada neste pilar, uma vez que a histamina é a responsável pelos sintomas clássicos da alergia. Também está indicado o uso de corticoides nasais tópicos, que atuam diretamente sobre a mucosa nasal reduzindo a inflamação e a sensibilização aos alérgenos.

O 3º pilar: imunoterapia 

A imunoterapia baseia-se na administração de altas doses das chamadas vacinas para alergia, que reduzem sintomas e a necessidade do uso de medicações.

Este é um processo a longo prazo, as melhoras no quadro começam a ser observadas dentro de 6 a 12 meses, entretanto é indicado que a terapia seja realizada durante 3 a 5 anos.

Apesar de promissora, esta alternativa está indicada em casos de doença severa relacionada às alergias, baixa resposta individual ao tratamento medicamentoso e na presença de comorbidades ou complicações.

O que é a rinite alérgica?

A rinite é a inflamação das membranas nasais, que é caracterizada por espirros, congestão nasal, coceira no nariz e coriza, em qualquer combinação.

A mais comum das rinites é a alérgica que, apesar de não ser considerada uma ameaça à vida, quando acompanhada de asma severa ou anafilaxia possui morbi-mortalidade significante.

Os sintomas da rinite são causados pela exposição crônica da mucosa nasal a alérgenos presentes no ar, que são vistos pelo sistema imunológico como uma ameaça. Em resposta, o organismo ativa células de defesa que liberam histamina, responsável pelo inchaço local, coceira, coriza, etc.

Quais são os sintomas da rinite alérgica?

A maioria dos sinais ocasionados pela rinite são semelhantes aos de um resfriado comum, porém este geralmente está associado a febre e outros sintomas. A clínica apresentada pelos indivíduos com rinite alérgica envolve:

  • Espirros seguidos ou em crise
  • Obstrução nasal
  • Coriza
  • Coceira
  • Lacrimejamento
  • Olhos vermelhos e inchados
  • Tosse

A longo prazo, a rinite, quando não tratada adequadamente, pode levar o indivíduo a perder o olfato e o paladar.

Como é feito o diagnóstico de alergia?

Durante uma consulta, o profissional de saúde pode levantar a suspeita de alergia através da história contada pelo paciente. Entretanto, a confirmação do alérgeno causador da sintomatologia é realizada através de exames.

O exame de IgE – anticorpo responsável pelas alergias – pode ser feito a fim de quantificar a presença deste anticorpo no sangue total do indivíduo. Elevadas taxas de IgE sugerem maior chance de asma severa, anafilaxia e hipersensibilidade a alérgenos, indicando uma alergia mais severa. Entretanto, esta imunoglobulina também está aumentada na presença de certos vermes e parasitas no organismo da pessoa, não sendo totalmente específica.

O teste mais realizado pelos alergologistas é o prick test – teste cutâneo de alergia – que avalia, na pele do paciente, a reação a determinados alérgenos. Com uma agulha muito pequena, o médico realiza pequenos “furos” na pele do paciente e neles insere líquidos contendo alérgenos como pêlos de animais, ácaros, fungos, gramíneas, pólen, entre outros.

Após algum tempo, é comparada a reação do organismo a estes e à histamina, que funciona como controle.

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Referências Bibliográficas:

Medscape. Allergic Rhinitis. Disponível em:<https://emedicine.medscape.com/article/134825-overview>. Acesso em: 18 de outubro de 2019.

Sociedade Brasileira de Pediatria. Rinite Alérgica. Disponível em:<https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/noticias/nid/rinite-alergica/>. Acesso em: 18 de outubro de 2019.

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