Hilab | 23 jun 2021
No mundo dos testes e exames laboratoriais, existem diversas metodologias e abordagens distintas, que ajudam médicos e especialistas a diagnosticarem muitos tipos de doenças e direcionar pacientes para o tratamento mais adequado. Uma dessas metodologias é a colorimetria. Neste artigo, você vai entender melhor o que é, e como ela funciona.
Se formos analisar a etimologia do termo, veremos que ele é construído com base em dois vocábulos do latim: COLOR (cor) e METRIA (medida). Logo, colorimetria é um método de análise baseado na comparação de cores ou mais especificamente, à faixa de comprimento de uma cor com base em outra que é utilizada como padrão.
Na prática, o processo compara a cor produzida por uma reação química com uma cor padrão. De acordo com a intensidade do tom alcançado, infere-se a concentração da substância que está sendo analisada.
Em alguns casos, a análise do resultado obtido pode ser feita a olho nu. Porém, o método mais seguro de se verificar a coloração de uma reação é através de um espectrofotômetro, equipamento laboratorial que compara a intensidade da cor obtida na reação com uma cor padrão, que geralmente é chamado de branco – que diz respeito à solução-padrão em que o espectrofotômetro detecta um valor igual a zero.
Com base na reação química realizada, o resultado da espectrofotometria é apresentado em um gráfico, chamado de espectro, que fornece as informações de intensidade da cor com base no comprimento de onda da fonte de luz.
Para tornar o diagnóstico mais assertivo, a faixa de comprimentos de onda desejados pode ser especificada antes da realização das medições. Isso contribui com a eficácia dos resultados, uma vez que o equipamento trabalha calibrado para detectar apenas determinados comprimentos de onda, ignorando os que não forem relevantes para aquele exame.
Por ser um exame de utilização bastante amplo, a colorimetria é um dos métodos mais usados em análises laboratoriais de bioquímica clínica, mas também pode ser utilizada para análise quantitativa em várias outras áreas, como: Química, física e biologia, bem como ter aplicações industriais. Qualquer análise que envolva substâncias químicas pode usar esta técnica, em conjunto com o espectrofotômetro.
A colorimetria é uma das metodologias que pode ser utilizada em alguns tipos de testes para detectar a COVID-19. Mas, antes da pandemia, a técnica já era bastante utilizada em outros tipos de exames clínicos bem importantes.
Também chamado de lipidograma, este exame laboratorial tem como objetivo verificar o perfil lipídico do paciente. Lipídios são basicamente gorduras, moléculas orgânicas geradas a partir da associação entre ácidos graxos e álcool. Em excesso, essas substâncias podem fazer mal ao organismo.
O teste de perfil lipídico visa medir a quantidade de LDL (lipoproteína de baixa densidade, o chamado mau colesterol), HDL (lipoproteína de alta densidade, o colesterol bom), VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa, outro tipo de colesterol ruim), triglicerídeos e colesterol total.
Em geral, um lipidograma deve indicar níveis de colesterol LDL abaixo de 130 mg/dl. No caso do HDL, o ideal é que o valor esteja acima dos 40 mg. O VLDV não deve ficar acima dos 30 mg. Para os triglicerídeos, o valor desejável em um teste de perfil lipídico é menor que 150 mg/dl. Por fim, o colesterol total deve estar em um valor abaixo de 190.
Vale ressaltar que estes são valores adequados para uma pessoa adulta em boa saúde, e podem variar conforme o quadro clínico de cada um: histórico de doenças ou a presença de outros fatores de risco cardiovasculares.
Quando os valores lipídicos de um paciente estão desbalanceados ou fora do normal, significa que representam um grande risco para a saúde. Problemas de colesterol podem levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares como infarto, AVC ou trombose venosa.
Adultos saudáveis devem realizar o teste de perfil lipídico a cada 5 anos e as pessoas com comorbidades relacionadas devem acompanhar mais frequentemente os níveis de colesterol.
Esse muita gente conhece: o teste de glicemia visa auferir a quantidade de glicose (mais conhecida como açúcar) no sangue de uma pessoa. A concentração de glicose no sangue é controlada por dois hormônios diferentes: a insulina, que é responsável por diminuir a concentração de açúcar na corrente sanguínea, e o glucagon, que aumenta os níveis de glicose quando necessário.
A hiperglicemia – excesso de açúcar no sangue – pode evoluir para um quadro de diabetes tipo 1 ou 2, síndrome metabólica que ocorre quando o organismo deixa de produzir insulina. Já a hipoglicemia – escassez de glicose – causa sonolência, tontura, fraqueza e desmaios.
Há várias maneiras de fazer um teste de glicemia e o mais comum é o teste de glicemia capilar, que usa uma gota de sangue (geralmente retirada da ponta do dedo) para fazer a análise. Embora médicos utilizem testes colorimétricos, existem aparelhos que fazem a medição da glicemia de maneira automática.
Exemplo disso são os dispositivos que, colados à pele, fazem uma monitoria constante, e utilizam a internet das coisas para enviar os dados coletados para um app. Os valores de referência de glicose no sangue devem estar idealmente entre 70 a 100 mg/dL quando a pessoa está em jejum. Duas horas após as refeições, o índice deve ser menor que 140 mg/dL.
A qualquer hora do dia, o ideal é uma medição abaixo de 100 mg/dL. Valores acima disso vão demandar uma investigação mais aprofundada, pois podem indicar uma alteração pontual, ou um quadro de diabetes.
Com a chegada da pandemia, foi desenvolvido um tipo de teste para COVID-19 com base na metodologia da colorimetria. É o teste de RT-LAMP, que se destacou por ser um método, que usa uma técnica similar ao teste RT-PCR, com a vantagem de que entrega o resultado mais rápido.
LAMP é a sigla para loop-mediated isothermal amplification, ou amplificação isotérmica mediada por loop. Assim como a RT-PCR, o RT-LAMP utiliza a amplificação de ácido nucleico para detectar o RNA do vírus. A amostra para realização é a mesma nos dois exames: a secreção da nasofaringe, que é coletada com o uso de um swab (haste flexível de algodão).
No entanto, no RT-LAMP o processo é realizado em um ambiente isotérmico, sem as alterações de temperatura que são necessárias no exame PCR. No primeiro exemplo, a amplificação do DNA é obtida em uma única temperatura, que é um dos seus diferenciais, já que permite a emissão de um resultado mais ágil. Ao contrário do RT-PCR que leva em média 48 horas para ficar pronto.
Aqui na Hilab, temos um equipamento específico para realizar testes RT-LAMP, o Hilab Molecular. Depois que a amostra da secreção é coletada, ela é dissolvida no tubo de extração e colocada dentro do equipamento. Ali, o capsídio viral é rompido para que o material genético do vírus fique disponível na amostra. Na etapa de reação, o RNA viral é transformado em DNA.
Feito isso, regiões específicas do vírus são replicadas milhões de vezes para que o indicador do vírus seja identificado na amostra. Em seguida, o dispositivo usa as amostras de controle positivo, negativo e interno para validar a reação.
Aí entra o processo de dupla verificação da Hilab: o resultado é enviado ao nosso laboratório e analisada por nosso time de especialistas. Feito isso, o paciente recebe um laudo assinado em seu e-mail e celular em até 1 hora.
Por ser uma metodologia que não demanda uma estrutura laboratorial complexa, o RT-LAMP também é um exame que pesa menos no bolso do paciente. O menor custo não é sinônimo de menor qualidade: nossos testes apresentaram especificidade de 98,8% e sensibilidade de 92%, que são equivalentes ao teste RT-PCR. Já a acurácia fica acima de 97% quando comparado ao RT-PCR.
A Hilab é um laboratório de análises clínicas pioneiro em testes laboratoriais remotos. Estamos há mais de 15 anos promovendo a democratização da saúde. Por meio da tecnologia e da experiência de uma equipe altamente qualificada, estamos transformando a forma de se fazer exames laboratoriais no Brasil, sempre com segurança e confiabilidade.
Um Teste Laboratorial Remoto é um equipamento altamente especializado capaz de realizar testes e exames clínicos fora do ambiente laboratorial. Sua fácil utilização permite que ele esteja disponível em farmácias, casas de repouso, consultórios médicos, laboratórios e muitos outros ambientes.
O acesso é facilitado e a praticidade do dispositivo permite que ele seja operado por farmacêuticos, enfermeiros e profissionais da saúde em geral, mediante a realização de um treinamento que é aplicado pelo nosso time.
Todo equipamento de TLR da Hilab, possui uma inteligência artificial capaz de realizar uma análise clínica instantânea, através do cruzamento de dados. Além disso, o nosso diferencial é a dupla verificação: como descrevemos acima, a amostra não é analisada apenas por uma inteligência artificial, mas por um especialista, que inclusive assina digitalmente o laudo, reafirmando nosso compromisso com a confiabilidade da nossa metodologia.
Apostamos na tecnologia e na capacidade do nosso time para acessibilizar a saúde e entregar resultados mais rápidos e precisos, sempre de acordo com os rigorosos padrões de qualidade estabelecidos pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde.
Se você quer ter toda a nossa expertise no seu estabelecimento, entre em contato conosco.
Somos especialistas em Point-of-Care Testing. Criamos dispositivos para exames PoCT, realizados com apenas algumas gotas de sangue e resultados entregues em poucos minutos. Nosso propósito é democratizar o acesso à saúde.
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