Teste rápido de HIV em farmácias: como atender o seu paciente?

O HIV é uma doença que está presente em praticamente todos os países do mundo: há mais de 37 milhões de pessoas vivendo com o vírus pelo mundo. Muitas vezes, se a pessoa tem dúvidas se contraiu ou não o vírus, um teste rápido de HIV de farmácia pode ser a solução mais prática.

HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana, e é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). O vírus ataca o sistema imunológico do portador, destruindo as medidas de defesa do corpo contra doenças, em especial a tuberculose. É importante mencionar que HIV e AIDS não são a mesma coisa. A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), é o estágio final da infecção do HIV, caso ela não seja tratada corretamente ou a tempo.

Por conta disso, é possível viver com HIV sem ter AIDS, e felizmente o acesso a exames para confirmar a infecção está muito mais simples graças às novas tecnologias da medicina – que possibilitam a realização de um teste rápido de HIV em farmácias.

O que é um teste rápido de HIV?

Um teste rápido de HIV é um exame que pode ser realizado em locais de fácil acesso, como farmácias, postos de saúde e outros locais. Trata-se de um exame que, através da coleta de uma pequena amostra de saliva ou sangue, é capaz de gerar um resultado em cerca de 30 minutos.

Um teste rápido de HIV de farmácia é capaz de fazer a identificação de anticorpos contra o HIV na amostra coletada. Se nenhum anticorpo for encontrado, o resultado é considerado não-reagente (negativo). Já se forem identificados anticorpos, o resultado é considerado reagente (positivo).

No entanto, é muito importante salientar que os testes rápidos não devem ser tratados como diagnósticos definitivos. A razão disso é que esses testes são preliminares, exercendo a função de um exame de triagem. Tanto os resultados reagentes quanto não-reagentes podem não ser 100% corretos, por conta de alguns fatores como a janela imunológica e uma possível carga viral indetectável.

Apesar disso, em caso de resultado reagente, o paciente deve ser imediatamente encaminhado para um serviço de saúde para a realização de mais exames para confirmar ou não a infecção pelo HIV.

Como funciona o teste rápido de HIV em farmácias?

Existem dois tipos de testes rápidos de HIV em farmácias: o teste de saliva e o teste de sangue. Ambos ficam prontos em cerca de 30 minutos, mas são realizados de formas ligeiramente diferentes.

O teste de saliva é feito com uma haste flexível de algodão, que é friccionada na língua, nas gengivas e na parte interna das bochechas do paciente. A saliva é então colocada em um tubo com um reagente, que irá indicar se há a presença de anticorpos na saliva. É importante que o paciente esteja a pelo menos 30 minutos sem comer, beber, fumar e escovar os dentes antes do teste.

O teste de sangue é feito através de uma pequena amostra de sangue coletada da ponta do dedo. Essa amostra é colocada no dispositivo de teste, que atualmente se beneficia da tecnologia e praticidade dos Testes Laboratoriais Remotos (TLRs). O sangue então entra em contato com o reagente para a verificação da presença de anticorpos. Esse é o exame mais utilizado para a identificação do HIV em farmácias.

Exame laboratorial remoto de HIV

Graças aos avanços da tecnologia na medicina, exames de todos os tipos agora são facilmente acessíveis à população. Com esses testes, é possível analisar amostras coletadas com muito mais rapidez, e a tecnologia para oferecer ainda mais confiabilidade aos resultados.

A Hilab oferece em seus Testes Laboratoriais Remotos uma grande variedade de exames – inclusive o teste de HIV. A portabilidade dos equipamentos permite que os exames sejam realizados em diversos lugares, como farmácias, postos de saúde e até mesmo aeroportos.

Nosso teste utiliza o sistema de dupla verificação, o que quer dizer que a amostra de sangue é analisada por uma inteligência artificial e por um especialista, que trabalha diretamente de um laboratório remoto. Ele valida o resultado da máquina e emite um laudo assinado eletronicamente, que é enviado diretamente para o e-mail ou SMS do paciente.

Autoteste de HIV

Os testes rápidos de HIV de farmácia ainda possuem uma versão que pode ser feita pelo próprio paciente, o chamado autoteste. A diferença fundamental entre esse teste para os outros é que, enquanto os outros são feitos com o auxílio de um farmacêutico, o autoteste pode ser comprado e feito pelo próprio paciente, em casa.

O autoteste funciona da mesma maneira, possuindo também dois tipos: teste de saliva e de sangue. Para sua realização, é necessário estar atento à janela imunológica: o teste de sangue deve ser feito 30 dias após a data de suspeita da infecção; já o teste de saliva deve ser feito após 90 dias. Vale ressaltar novamente que esse é um teste de triagem, não servindo como diagnóstico definitivo.

Quando fazer o teste rápido de HIV?

O teste rápido de HIV pode ser realizado por qualquer pessoa com vida sexual ativa, e deve preferencialmente ser feito por indivíduos que tenham suspeitas de ter sido expostos ao HIV, como profissionais do sexo e pessoas do grupo de risco (homossexuais, pessoas trans, usuários de drogas injetáveis, população privada de liberdade e parceiros de pessoas que vivem com HIV), que são mais expostos ao vírus.

Gestantes também devem fazer o exame durante o pré-natal, ou após sofrerem um aborto espontâneo. Pessoas diagnosticadas com tuberculose devem fazer o exame, mesmo o teste rápido de HIV de farmácia, pois a tuberculose é a principal doença que ataca pessoas que vivem com HIV, representando grave perigo ao sistema imunológico debilitado por causa da infecção.

Como interpretar cada resultado?

Seja realizando o teste rápido de HIV de farmácia ou o autoteste, é importante saber interpretar o resultado dos exames. Como já mencionado, há dois resultados possíveis: reagente e não-reagente. Vamos entender mais detalhadamente o que esses resultados significam.

Resultado positivo ou reagente

Quando o resultado do teste for reagente, ou positivo, significa que foram identificados anticorpos anti HIV-1/2 na amostra coletada, seja de saliva ou sangue. Isso significa que o paciente deve estar infectado com o HIV. Se este for o resultado do exame de triagem, exames mais detalhados acompanhados por um médico serão necessários para confirmar o diagnóstico.

Resultado negativo ou não reagente

O resultado não reagente, ou negativo, significa que não foram encontrados anticorpos anti HIV-1/2 na amostra coletada. Isso significa que possivelmente o paciente não foi infectado pelo HIV. Porém, o HIV possui uma janela imunológica, que é o tempo entre a infecção e a produção de anticorpos. 

Normalmente essa janela dura 30 dias. Assim, se um paciente fizer um teste com menos de 30 dias corridos desde a suspeita da infecção, é possível que o resultado conste como não-reagente. Por isso, é importante ter em mente que é necessário realizar novamente o teste rápido após o término da janela imunológica, para maior certeza do resultado.

Outra possibilidade é a de carga viral indetectável, ou seja, a quantidade de vírus dentro do corpo é muito baixa, não sendo apontada em exames e testes. Isso é um sinal positivo, pois indica que, mesmo vivendo com HIV, o paciente está mais seguro contra seus sintomas. Por outro lado, isso dificulta o diagnóstico de infecção.

A importância de receber atendimento farmacêutico

Fazer um teste rápido de HIV de farmácia é algo que vem acompanhado de muita ansiedade e apreensão, afinal o medo do resultado ser positivo é muito alto, além do medo da exposição ao pedir ajuda para realizar o teste. 30

Nessas horas, o trabalho do farmacêutico é essencial – não apenas para realizar o teste, mas para prestar um atendimento humanizado e empático. Acima de tudo, é preciso deixar o paciente seguro e confortável, antes, durante e depois do teste.

Antes de realizar o teste, é importante que o farmacêutico explique como será o procedimento, além de oferecer informações sobre a infecção de forma a acalmar o paciente, deixando claro que o exame e as informações do paciente são confidenciais, garantindo que ninguém terá acesso a elas, exceto o próprio paciente e o farmacêutico/farmácia.

É no momento logo após o resultado que o paciente precisa de mais apoio. Caso o resultado seja reagente ou positivo, é necessário acalmá-lo e fornecer informações sobre o HIV e sobre a janela imunológica, além de mencionar que o teste rápido não oferece um diagnóstico definitivo. É importante também orientar sobre o que fazer a seguir, quais médicos procurar, que tipos de exames serão necessários, bem como deixar claro que há tratamento e qualidade de vida.

É farmacêutico e quer oferecer o teste rápido de HIV?

Se você é um farmacêutico e quer oferecer um teste rápido de HIV na farmácia, pode contar com a tecnologia da Hilab para oferecer um serviço completo e acessível de testes laboratoriais remotos em seu estabelecimento.

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Referências bibliográficas

Tua Saúde. Teste rápido de HIV: como é feito e quando é indicado. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/teste-caseiro-de-hiv/> . Acesso em 13 de dezembro de 2022.

Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. O autoteste para HIV já está disponível nas farmácias. Disponível em: <http://www.crfsp.org.br/comissoes/556-analises-clinicas-e-toxicologicas/acoes/9272-autoteste-para-hiv-ja-esta-disponivel-nas-farmacias.html>. Acesso em 13 de dezembro de 2022.

Research Foundation to Cure AIDS. The state of AIDs today. Disponível em: <https://rftca.org/StateofAIDS/>. Acesso em 13 de dezembro de 2022.

Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS. Seu paciente fez um teste de HIV que comprou na farmácia. E agora? Disponível em: <https://abiaids.org.br/seu-paciente-fez-um-teste-de-hiv-que-comprou-na-farmacia-e-agora/31325> Acesso em 13 de dezembro de 2022.