Diagnóstico das IST: confira os motivos para fazer os exames

Todos nós sabemos que muitas pessoas acabam se descuidando e não utilizam preservativos durante as relações sexuais. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 56,6% dos brasileiros entre 15 e 24 anos usam camisinha com parceiros eventuais. Com parceiros fixos, o número é ainda menor: apenas 34,2% utilizam camisinha.

Por este motivo, é essencial manter os exames em dia. Como estão os seus?

Confira,  neste artigo os principais motivos para fazer os exames que detectam as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

1. O tratamento é gratuito

As ISTs são assim chamadas porque geralmente são transmitidas por contato sexual. Também podem ser transmitidas por contato sanguíneo, e da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Quando você descobre que tem uma IST, pode fazer um tratamento, que é gratuito nos serviços de saúde do SUS.

Hoje, uma pessoa que descobre que tem HIV, por exemplo, tem uma expectativa de vida semelhante a de uma pessoa que não tem HIV, desde que faça o tratamento adequado.

2. Nem sempre as ISTs têm sintomas

Os sintomas das ISTs podem passar despercebidos. No caso da sífilis por exemplo, o primeiro sinal é uma ferida na região genital, que não dói e se cura espontaneamente. Assim, a pessoa continua com a doença, transmite a infecção para outras pessoas e não sentirá nada, até que outros sinais surjam um tempo depois.

O mesmo acontece com o HIV: como a infecção tem um longo período sem sintomas, muitas pessoas não sabem que têm o vírus. Com o diagnóstico tardio, o tratamento fica mais difícil.

Outra IST que pode permanecer assintomática durante anos é a Hepatite B. Quando não tratada, a infecção pode levar à cirrose e câncer de fígado.

É por este motivo que é tão importante fazer exames com frequência.

3. O Brasil vive uma epidemia de sífilis

A sífilis é uma infecção que quando não tratada pode pode causar danos cerebrais irreversíveis e levar até a morte.

O tratamento da sífilis é simples e eficaz, feito por uso de penicilina. No entanto, como a infecção tem um longo período sem sintomas, muitas pessoas não sabem que têm a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de sífilis no Brasil tem aumentado a cada ano. Comparando o ano passado ao ano de 2016, observou-se aumento de 28,5% na taxa de detecção em gestantes, 16,4% na incidência de sífilis congênita (transmitida da mãe ao bebê) e 31,8% na incidência de sífilis adquirida (transmitida via contato sexual).

4. Diagnóstico das IST: você pode fazer os testes em farmácias ou em Unidades de Saúde

A falta de tempo não deve ser uma desculpa para não cuidar da saúde. Atualmente, as pessoas podem se beneficiar com as novas tecnologias, já disponíveis em muitas farmácias.

Existem testes rápidos para as principais ISTs. Fazendo um teste como esse, você pode receber seu resultado em apenas 15 minutos, levar ao médico, fazer os exames complementares e ter acesso ao tratamento.

Viu só como fazer exames é importante para o diagnóstico das IST?

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Referências Bibliográficas

Boletim Epidemiológico de Sífilis Volume 49. Nº 45. Outubro de 2018. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde.

Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Ministério da Saúde convoca nova geração a usar camisinha. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/ministerio-da-saude-convoca-nova-geracao-usar-camisinha>. Acesso em: 01 de março de 2019.

Nações Unidas no Brasil. Aumentam casos de sífilis no Brasil, diz Ministério da Saúde. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/aumentam-casos-de-sifilis-no-brasil-diz-ministerio-da-saude/>. Acesso em: 01 de março de 2019.